NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XXV

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XXV

Oii, como vai? Eu ia passar por aqui na semana passada, mas como estava sem energia, acabei deixando para hoje. Na verdade, faz mais de duas semanas que não escrevo uma palavra, porém, percebi que tinha mais de um capítulo pronto. Então, vou postando até eles acabarem.

Boa leitura!

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV / CAPÍTULO XV / CAPÍTULO XVI / CAPÍTULO XVII / CAPÍTULO XVIII / CAPÍTULO XIX / CAPÍTULO XX / CAPÍTULO XXI / CAPÍTULO XXII / CAPÍTULO XXIII / CAPÍTULO XXIV

— Você tem estado muito suscetível a... sugestões. Sou eu ou é algo geral?

— Só você. Acho que... eu confio em você.

— Me sinto honrado. — Percy disse sem nenhuma ironia, o tom de voz baixo e aveludado dando lugar a algo mais normal. — Eu tinha medo que isso acontecesse. Nunca vou abusar da confiança que você me dá.

— Eu sei disso. Nunca duvidei disso.

— É por isso que tenho que falar algo com você.

Essa não. Será que ele estava encrencado?

Nico observou Percy se levantar e pegar uma caixa que estava no pé da cama, um pouco maior que uma caixa de sapatos.

— O que é isso?

— É a surpresa que eu queria te mostrar.

Nico tinha até medo de olhar. O que poderia ser tão importante que Percy sentiu a necessidade de esconder do resto da família? Hesitando, Nico se manteve quieto, encostado contra a cabeceira da cama e esperou Percy se aproximar mais uma vez, se sentando a seu lado.

— Estive pensando sobre o que você me disse, que eu não levo a sério o que você diz.

— Eu sei que você--

— Eu não terminei. — Percy nem mesmo faltou mais alto, porém seu tom de voz demandava obediência. E Nico já estava cansado de lutar contra seus instintos, então, Nico apenas se calou e prestou atenção em Percy.

O problema nisso era que Percy parecia culpado por alguma coisa, seu rosto se contorcendo numa careta. Nico continuou esperando, vendo Percy quase se remexendo de ansiedade. É claro, até Percy suspirar e olhar mais uma vez para ele, parecendo tão conformado quanto Nico.

— Eu não queria falar assim com você. — Percy enfim disse, tentando soar despreocupado.

— Eu não me importo. Se você me disser para fazer, eu vou. É algo natural pra mim, sabe?

— Nico. — Percy suspirou mais uma vez, parecendo cansado.

— Você poderia... apenas... fazer o que parece natural para você também? — Quando Percy levantou as sobrancelhas, parecendo descrente, Nico completou: — É só uma sugestão.

— Vou pensar sobre isso.

— Quer dizer, você sempre teve essa aura de...

— Autoritário?

— É mais, tipo, você espera ser obedecido. E está tudo bem?

— Isso é uma pergunta ou afirmação?

— Depende de você. — Nico acabou dando de ombros, tentando fingir a calmaria que ele não sentia no momento.

— Você quer me dizer que eu posso ser autoritário o quando eu quiser que você vai me obedecer? Sem questionar?

— Hm... provavelmente? — A resposta certa era “com toda a certeza”, mas isso seria humilhação demais para uma pessoa só.

— Mesmo? Até quando você não concorda?

— Eu acho que sim. — Nico deu de ombros novamente e desviou a olhar para longe de Percy. Na maioria das vezes era o que acontecia de qualquer jeito; ele não queria e no fim, Percy estava certo. Se ele tivesse escutado Percy no passado, poderia ter evitado muitas coisas.

— Bebê. — Então, ele ouviu o tom de voz de Percy mudar, se tornando mais suave e aveludada.

Não era que ele tivesse uma vontade incontrolável de obedecer, era o conhecimento que ele seria muito bem recompensado se decidisse ser um bom garoto. E ele foi, imediatamente ao escutar aquela palavra. Percy o segurou pelo pescoço, o fazendo levantar a cabeça e o beijou, juntando suas línguas em um suspiro.

— Eu não quero que você se sinta preso ou que não tem alternativa. — Percy disse algum tempo depois, roçando os lábios junto aos seus.

— Eu não me sinto assim. Me sinto livre sabendo que você vai cuidar de mim.

— Você tem certeza?

— Eu confio em você.

— Tudo bem, então.

Percy se afastou de Nico o suficiente para olhar em seu rosto e sorriu, parecendo dessa vez estar contente, porém ainda o segurando pelo pescoço, possessivo e firme, ainda que sua voz permanecesse suave.

— É por isso que preciso te mostrar o que tem dentro dessa caixa.

Percy, o soltou e pegou a caixa mais uma vez, a colocando entre eles, no próprio colo. Percy a abriu, tirou o laço e a tampa, permitindo que Nico examinasse o conteúdo dentro dela.

— O... que é isso? — Sua voz saiu fraca e suas mãos tremeram, apoiadas no próprio colo.

Nico sabia perfeitamente o que aqueles objetos eram. Sabia exatamente o que eles significam, o problema é que seu cérebro se recusava a acreditar no que via. Por que logo agora? Depois de tanto tempo? Por isso permaneceu parado feito uma estátua, mal conseguindo respirar.

— Eu não te tratei como devia. Ignorei o que estava claro. — Percy disse, voltando a segurar em seu pescoço, o forçando a encará-lo. — Entendo por que você hesitou por tanto tempo, por que as vezes ainda hesita.

— Eu--

— Eu hesito pelo mesmo motivo. — Percy pareceu respirar fundo e tirou uma gargantilha de couro com pedras preciosas a enfeitando. — Quero que você saiba, estou comprometido e nunca mais vou fugir das minhas responsabilidades.

Nico achava que iria desmaiar. Percy estava o pedindo em casamento? Mais uma vez? Agora da forma que ele nunca esperava que fosse acontecer? Nico nem mesmo sabia o que dizer! Era obvio, não? Esperou esse por esse momento desde que colocou os olhos no garoto alto que parecia ter saído de um pornô clichê onde o cara mal iria fazer a mocinha se arrepender de andar sozinha pelas ruas desertas. Nada o preparou quando o momento enfim chegou, Percy segurou a gargantilha delicada entre os dedos, a levou a seu pescoço e a prendeu cuidadosamente, tento certeza que não estaria apertado demais.

Ele... Nico não sabia... seria impressão sua ou... ah, não, Nico não estava enganado. Assim que a gargantilha se acomodou junto a sua pele, Percy envolveu o couro, colocando a mão ao redor de seu pescoço e tocou ao redor da gargantilha, massageando sua pele e admirando a joia. Entretanto, foi o olhar no rosto de Percy que roubou seu ar; Percy o olhava como se ele fosse... como se ele fosse--

— Meu. — Percy disse. — Agora você é meu.

Por que era tão difícil respirar? Por que estava tremendo tanto?

— Eu...

— Eu sei. — Percy disse no tom mais condescendente que Nico já tinha ouvido, quase maldoso, quase zombador, mas ainda... suave, como se Percy falasse com alguém que fosse lento mentalmente. — Sem pressa. Eu mesmo nunca imaginei que iria fazer algo assim.

— Tão malvado. — Nico conseguiu balbuciar, Percy obviamente estava dando tempo para ele absorver os fatos, ainda o segurando pelo pescoço, como se Nico fosse sua possessão e não um ser humano.

— Você não viu nada. Mas acho que ainda não estamos prontos para isso.

— Hmm... — Nico gemeu apenas em imaginar no que poderia acontecer. Será que ele já podia desmaiar? Seria muita humilhação?

Ele ouviu uma risadinha zombadora e então mãos estavam ao redor dele, massageando sua coluna e cabelos do jeito que ele mais gostava. No fim, Percy estava certo mais uma vez. Ele não estava pronto para nada disso. Se só uma coleira ao redor de seu pescoço o fez reagir assim, o que aconteceria quando... quando as coisas realmente acontecessem?

***

— Shhh... tudo bem. Eu não vou ser mal com você, hm?

— Mentiroso. — Sua voz falhou e Percy riu novamente, bem no pé de seu ouvido.

— Talvez um pouquinho. Eu sei que você gosta.

— Para com isso!

Percy estava certo, como sempre. Por algum motivo, Nico se viu rindo, batendo no braço de Percy que apenas riu mais, se divertindo com sua dor.

— Tá bom. Parei. Agora, vamos ao que é importante.

— Como o quê?

— Tem alguma coisa que eu devo saber? Limites fortes ou fracos? Algo que você não gosta de jeito nenhum?

— Oh. — Era uma boa pergunta.

Nico não tinha feito tantas coisas assim. Deixou alguns caras baterem em suas nádegas e algum bondage, mas tirando isso? Nada que fosse interessante. Quer dizer, teve aquela vez em que ele deixou que dois garotos usassem sua boca...

— Nico?

— Eu não sei. Nunca fiz nada muito diferente.

— Que seria?

Agora Percy olhava pare ele parecendo que iria arrancar a verdade de Nico, ele querendo ou não.

— Hm... você sabe...

— Não. Eu não sei.

— Teve uma vez que uns garotos... que eu chupei uns garotos e... um cara usou o cinto em mim...

— E?

— Fui amarado também.

— Isso é tudo?

— Eu prometo.

Na época tinha sido bem aventuresco, entretanto, se ele analisasse a noite passada, ninguém o tinha feito gozar daquela forma e o fazer flutuar por tanto tempo. Talvez fosse algo mais psicológico do que físico.

— Bebê. — E de novo, aquele tom de voz condescendente que o deixava puto da vida e fazia seu estomago se encher de borboletas voltava. — O que aqueles garotos no banheiro iam fazer com você é muito mais interessante do que isso. Tem certeza?

— Quem você pensa que eu sou? Uma puta para deixar qualquer um me usar?

Não! O que ele tinha acabado de falar? Nico até tinha medo de encarar Percy, mas ele fez mesmo assim. Devagar, virou a cabeça em direção a Percy e viu um brilho estranho em seus olhos, um sorriso de canto um tanto cruel.

— Esse é o jeito de falar com seu dono?

Nico não entendeu o que acontecia até escutar o som estalado e agudo, então, veio a ardência que o fez gemer, um lado de sua bunda queimando com o impacto.

— Me-- me desculpa. — Nico murmurou, baixinho, parecendo perder as forças, ainda sentado no colo de Percy.

— Eu entendo. Mas um bom garoto não fala assim com as pessoas, hm?

Nico acenou e Percy beijou seu rosto, massageando a pele levemente avermelhada.

— Agora, sobre o que estávamos falando?

— Limites?

— Sim. Tem algum que eu deva saber?

— Nada nojento? Ou... líquido.

— Eu nunca faria isso. Você é o meu bebê e eu só quero o que for o melhor.

— E você?

— Hm. Acho que bondage, nada que impeça eu de me mover. E garotos desobedientes e malcriados.

— E sobre... garotos arteiros? — Nico tinha que ter certeza.

— Com tanto que você saiba das consequências.

— Oh.

Será que ele iria querer desapontar Percy a esse ponto? E que tal só um pouquinho?

— Eu sei o que você está pensando. Pode parar agora. Você só tem que pedir, não importa o que seja.

— Eu sei. É mais divertido assim.

— É melhor você não me testar, sim?

— Tão malvado. — Nico sabia que ele tão pouco era alguém fácil de se lidar. Ele podia ser mimado e distante, perdido no próprio mundo, e também podia ser imprevisível, fugindo de qualquer coisa que ele não gostasse sem deixar qualquer rastro. — Eu vou me comportar.

— Bom garoto.

— E as outras coisas dentro da caixa?

— É um assunto para outra hora. Agora, nós vamos deitar e ter uma longa soneca. As provas estão chegando e precisamos estar descansados, hm?

Percy beijou seu rosto e o colocou contra os travesseiros, se deitando a seu lado em seguida. Percy estava certo, com tudo o que aconteceu Nico não tinha estudado tudo o que precisava, então, infelizmente algumas horas seriam gastas em frente a uma pilha de livros.

***

“Pense por mim. Me impeça de me preocupar com qualquer coisa que não seja ser seu. Escolha minhas roupas, cuide de mim o dia inteiro. Me faça sorrir por pertencer a você.   Me faça gemer quando você me beijar  e me lembrar que sou sua apenas seu. Me faça arfar quando você me agarrar e decidir me usar como você bem entender. Me faça tremer  sempre que você quiser me mostrar o que realmente significa ser amado por você.”

Nico bocejou e se encostou contra as almofadas, fechando seu diário, enquanto sentia o sol de fim de tarde atingir seu rosto. Assim, disfarçando sem dificuldade os pensamentos que havia acabado de colocar no papel. Quando Nico menos, percebeu faltava uma semana para o início das provas do meio do ano. Agora, eles estavam no jardim perto da piscina, mesas e almofadas para todos os lados, embora Percy e os amigos não estivessem tão interessado no cronograma de estudos que ele tinha criado. Percy, Tyson, Luke e Grover estavam na piscina enquanto ele, Silena e Clarisse, ocupavam uma mesa, com Chris plantado ao lado de Clarisse feito um bobo apaixonado mesmo depois de tantos anos.

Se ele pudesse também estaria se divertindo, Nico podia pensar em várias coisas que gostaria de estar fazendo. Um exemplo disso, era a surpresa que ele tinha aguardado para Percy que ainda não tinha tido a oportunidade certa para fazer. Não que ele ainda precisasse surpreender Percy, porém, não seria legal se ele se esforçasse o tanto que Percy se esforçava?

Nico tinha que ser sincero. Não esperava que Percy fosse levar a sério essa coisa de dominador e submisso. A prova disso era a gargantilha em volta de seu pescoço e, claro, o anel em seu dedo. Ele não podia deixar de tocar no pedaço de couro em sua pele, feito uma coleira, não o deixando esquecer dos últimos dias. Nada tinha realmente mudado, embora ele se sentisse diferente. Mais tranquilo de algum jeito. Seguro. Quer dizer, Percy agora não hesitava quando queria algo dele, o que era um ótimo desenvolvimento. A questão é que... as coisas eram quase como elas costumavam ser no passado, quando eles eram crianças e as coisas eram mais simples. Se ele ignorasse a ansiedade que costumava sentir e a falta de sexo, era como se tivessem evoluído o que eles já tinham. Nico gostava muito disso, lhe dava um conforto que gesto ou palavra alguma conseguiria.

— Nico, você está me ouvindo?

— Hm?

Era Clarisse, irritada com ele. Ela tinha os braços cruzados e revirava os olhos, impaciente.

— Se você vai fazer isso, é melhor você ir lá. Qual foi a última palavra que você leu?

Era uma boa pergunta.

— Desde quando você se tornou tão dependente dele? — Clarisse, insistiu, se levantando.

— Eu não sou dependente de ninguém. De onde você tirou isso?

— Você acha que engana alguém? Ele até te colocou numa coleira!

— Não sei do que você está falando. — Nico nem mesmo levantou a voz, e mesmo que fosse verdade, ele estava feliz de finalmente ser encoleirado.

— Nico! Para de brincar com essa gargantilha e presta atenção!

Clarisse antou até ele, segurou em sua mão e o fez levantar junto com ela. E então, o empurrou em direção a piscina.

— Vai lá. Não volte aqui até que você consiga se concentrar.

— Eu não s--

— O que está acontecendo aqui?

Bem que Nico tinha percebido o sol sumir. Era apenas Percy parado atras dele, fazendo sombra.

— Nico sente sua falta. Cuide disso.

Com isso, Clarisse se sentou nas almofadas mais uma vez e se encostou contra o peito de Cris que sorriu satisfeito, ambos voltando a seus livros.

Isso não era justo! Ele não tinha um peito firme para se encostar enquanto estudava.

Nico se virou em direção a Percy, prestar a dizer exatamente isso a ele, parando antes que pudesse continuar. Nico se lembrava do que aconteceu nas outras vezes que tinha levantado a voz para Percy, e se ele fizesse isso agora Percy também não se reprimiria.

Nico sorriu, engolindo a indignação e olhou para Percy, esquecendo por um momento a raiva. Percy ainda pingava da água da piscina, tinha os cabelos jogados para trás e vestia uma sunga tão justa que não escondia nada. Não que Percy estivesse tentando.

Ele abriu a boca, pensou melhor e disse:

— Você precisa usar algo tão pequeno?

Percy já estava sorrindo, vindo o resto do caminho em sua direção. Percy abriu os braços e imediatamente Nico foi envolvido por ele, sendo puxado contra o peito de Percy e se molhando no processo. Isso também era injusto, nenhum garoto de dezessete anos deveria ser tão alto ou ter aqueles músculos.

— O que foi? Cansou de estudar? — Percy o levantou do chão, o fazendo enrolar as pernas em volta dele. E tudo o que Nico escutou foi “está na hora de ir para o quarto?”

— Percy! Você devia estar estudando comigo!

Oh, não! Nico pensou, mal tendo tempo de segurar nos ombros de Percy, sentindo o impacto que mesmo sobre o tecido dos shorts, o fez gemer.

— Eu sei, bebê. — Então, Percy o segurou pelo queixo e o fez encará-lo, o beijando suavemente, o fazendo esquecer que eles tinham uma plateia. — Nós estudamos bastante essa semana. Nunca estive mais preparado, hm? Que tal a gente descansar um pouco? Só nós dois?

Parecia uma pergunta, mas não era uma. No meio de assobios e gritos, Percy o levou para dentro da casa, subindo as escadas como se Nico não pesasse nada, o encarando bem de perto enquanto ia.

— Qual o problema?

Essa era a questão. Pela primeira vez em muito tempo Nico não tinha nenhuma preocupação que não fosse passar em suas provas. Então, ele não podia dizer que era um problema. Era a solução, de fato. Nico estava estranhando a facilidade que ele tinha em deixar tudo nas mãos de Percy e se manter em seu pequeno e perfeito mundo onde nada parecia ser capaz de afetá-lo se Percy quisesse assim.

— Não é nada. — Ele enfim disse quando chegaram no quarto e Percy o colocou sentado na ponta da cama, se ajoelhando no chão entre suas pernas. — Está tudo bem?

— É claro, bebê. Nunca estive melhor.

Isso era verdade. A cada dia que passava Percy tinha mais energia e vigor, e devagar, tomava conta de todas as decisões que se referia a ambos. Eles fariam uma viagem? Percy decidia para onde. O que eles comeriam de manhã? Geralmente seu prato estaria pronto antes dele ter que pedir. Quer dizer, era sempre o que Nico gostava e do jeito que ele mais gostava, cada decisão parecendo ser algo que Nico escolheria por si mesmo se tivesse a chance. Às vezes, era até melhor. Sinceramente? Era um fardo que ele com muita alegria estava feliz de se livrar. Entretanto, Nico não queria que isso se tornasse um peso para Percy, algo que ele fazia por obrigação.

— Está tudo bem mesmo? Suas notas melhoraram?

Isso pareceu fazer Percy parar por um momento, o observando mais de perto. Percy não tentou sorrir, ele o segurou pela nuca e o abraçou apertado, fazendo algo em seu peito se aquietar.

— É sobre a nossa relação? Está sendo muito?

— Não, eu gosto. — Nico negou, o abraçando de volta tão forte quanto Percy havia o abraçado. — Eu me preocupo com você.

— Bem, não esquente essa sua cabecinha, mm? Está tudo sob controle.

— Tem certeza?

Percy beijou seu pescoço e disse:

— Contanto que você permita, vou cuidar de tudo.

— Você me trata tão bem. Ninguém fez tanto por mim quanto você faz.

— Acho bom. Espero que ninguém faça ou teremos um problema.

Nico queria rir. Ele também esperava que ninguém fizesse, porque se esse fosse o caso, significaria que eles não estariam mais juntos. Ao invés de responder, Nico preferiu deixar que Percy decidisse os próximos passos; se seria sexo, um longo banho ou uma soneca no meio do dia, não importava para Nico. Se eles estivessem juntos, era o suficiente para ele.

***

No fim, eles tinham decidido por um banho na jacuzzi, um longo e relaxante banho onde Percy tinha massageado suas costas e feito a tensão que ele nem sabia que tinha, desaparecer como num passo de mágica. Percy estava sendo tão bom para ele que Nico finalmente havia achado a oportunidade perfeita para colocar seu plano em ação.

Ele deixou que Percy o secasse dos pés à cabeça, como em qualquer dia, o carregasse até a cama e o beijasse antes de Percy se levantar e ir colocar as toalhas no cesto de roupas sujas. Nico aproveitou esse momento para pegar o pacote dentro do fundo de uma gaveta e entrou no closet, uma porta que ficava perto do guarda-roupa e que eles raramente usavam. Felizmente, ele finalmente teria um uso.

Rasgando a embalagem, Nico tirou as duas peças e as segurou entre os dedos, percebendo que talvez tenha comprado em um tamanho menor do que tinha planejado. O tecido era de uma seda deliciada e de cor rosa clarinha, parecendo ser tirada de um tule, porém, bonita e feminina. Ele achava que Percy iria gostar, seria um contraste interessante contra sua pele. Bem, Nico não saberia até experimentar.

Então, pegando a tanga, colocou os pés nos espaços certos, e vestiu a parte de cima, sentindo a seda deslizar por sua pele.

Agora Nico sabia por que as mulheres gostam tanto desse tipo de lingerie, o tecido era tão macio e fino... era como se ele nem estivesse usando nada, mas, mesmo assim, estivesse sendo acariciado.

— Nico? Onde você está? — Ele escutou Percy o chamando.

Era agora ou nunca, certo?

Nico nem mesmo pegou um roupão antes de abrir a porta do closet. Ele apenas arrumou a tanga e caminhou para dentro do quarto, parando perto do batente da porta. Ele se sentiu um pouco ridículo com aquela roupa cheia de fru-fru? Sim. Porém, tudo valeu a pena no exato momento em que encontrou Percy no meio do cômodo, vendo a expressão no rosto de Percy ir de confuso para chocado e então, o puro prazer.

Ele andou o resto do caminho e parou em frente a Percy, decidido a ser o melhor dos submissos. Ele abaixou levemente a cabeça, mostrando respeito e colocou as mãos trás das costas, permitindo que Percy visse sua frente.

— Tão bonito. Tudo isso é pra mim? — Percy disse mais sério do que Nico esperava. Sua voz soando mais firme e grave, ainda sem tocar nele.

— Eu queria fazer uma surpresa. Você gostou?

Nico esperou pacientemente, segurando o folego. Isso era porque Percy não gostava de ser surpreendido. Eles nunca tinham conversado sobre essas coisas, mas no fundo Nico sabia que isso era verdade. Se Percy fosse surpreendido, quer dizer que ele não tinha o controle do que acontecia. Mas ainda assim, Nico queria ver a reação de Percy, talvez assim Percy não fosse tão cuidadoso com ele.

Não o entendam mal, ele amava cada dia que passava ao lado de Percy, mas a... excitação da novidade não acontecia com tanta frequência como ele gostaria. Talvez isso fosse o que eles precisavam.

— Meu bebê está tentando me provocar, é isso?

— Está dando certo?

Nico espiou entre os cílios e viu um brilho estranhos nos olhos de Percy.

Nesses momentos as feições de Percy se transformavam completamente. De calmo ele se tornava sério e... e algo a mais que era difícil definir. Às vezes, era brincalhão, e outras, maldoso, como se Percy se divertisse com sua angústia. Percy nunca perdia a calma, entretanto, era como se algo além disso viesse a superfície, algo que Percy escondia e que apenas se manifestava se provocado.

— Você quer descobrir?

Bem, Nico teria respondido se pudesse, se tivesse sido uma pergunta. Era mais um aviso, um comunicado do que estava prestes a acontecer.

Ainda segurando o folego, Nico continuou a observar Percy, como ele parecia estar se preparando para fazer algo... tinha sido um erro? Será que ele devia ter avisado e-- Percy então se moveu. Apenas um passo para a frente e suas mãos quentes estavam sobre Nico, no pescoço, puxando sua cabeça para trás e em sua cintura, o mantendo no lugar. O que tinha sido uma boa ideia. Sem nenhuma roupa para cobri-lo, as sensações pareciam mais intensas, o fazendo estremecer dos pés à cabeça.

— Nós não conversamos sobre isso. Você sabe o que uma palavra de segurança é?

— Oh. — Ele sabia! Finalmente!

Nico sabia e tinha esperado por esse momento. O problema era que ele se encontrava com dificuldade para falar. Então, acenou, se sentindo preso pelos olhos de Percy que o fitavam, intensos.

— Use suas palavras, bebê. — Nico sabia que o apelido devia suavizar o momento, mas ele só se sentia mais tenso, se preparando para o que estava prestes a acontecer.

— Eu-- eu tenho. Torta?

— Você tem certeza? — E agora tinha um certo tom de humor na voz de Percy, suas covinhas aparecendo.

— Na verdade, não. Sei como funciona, mas nunca usei uma antes.

— Nunca? — Percy franziu a testa, parecendo nada contente. — Isso é muito irresponsável.

— Eu sei, mas…

— Me diga.

— Eu não consigo falar muito, sabe? Durante.

Isso pareceu acender uma luz no rosto de Percy.

— Vamos manter isso em mente. Agora, deixa eu ver... quem comprou isso pra você? — Mas Percy estava sorrindo, deslizando as mãos por seu corpo. Ombros, costas, cintura, andando em volta dele e tocando em todos os lugares até chegar em sua bunda, acariciando suas nádegas e escorregando um dos dedos pelo fio da tanga em direção a sua entrada.

— Ah!

— Não era isso o que você queria? Eu devia usar o meu presente? Hmm?

E de novo, parecia uma pergunta, mas não era uma. Nico permaneceu como estava, com as mãos atrás das costas, e apenas se moveu quando Percy o segurou pelo braço, o guiando para a cama.

— Onde foi que você aprendeu essa posição, bebê? — Percy disse enquanto eles iam em direção a cama.

— Eu vi em um vídeo…

— Você sabe o que isso significa?

Nico acenou, envergonhado demais para dizer.

— Eu quero ouvir.

— Servidão e obediência.

— É isso mesmo. — Percy disse, satisfeito. — Não precisa se apressar, tudo vai acontecer na hora certa. Quero que você relaxe, tudo bem?

Foi o que Nico fez. Deixou que Percy o colocasse sentado na ponta da cama e quando enfim Percy se aproximou, ele fechou os olhos e gemeu, sentindo seu corpo reagir livremente.

O que vocês acharam? Satisfatório? Eu não sei. Eu gostava tanto desse tipo de cena, sabe? +18. Mas agora... não sei. Nos proximos capítulos vou tentar trazer mais plot do que porn.

Até logo.

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1 year ago

UPDATE e microfic

Oii, como vão todos? Estou passando para avisar que não morri, mas parte da "Não há lugar como o lar" morreu.

Eu admito! Fiz merda. Acabei me deixando levar e a história foi para um caminho que eu não tinha previsto. Então, resolvi começar uma revisão mais cedo, até porque eu queria colocar algumas cenas extras e estou arrumando algumas partes do texto. Basicamente ignorem tudo depois do Nico contar sobre o Hades e que quer ser emancipado. Já tenho umas 10 mil palavras revisadas, devo respostar os capítulos na primeira semana de janeiro no meu blog. Já tenho um capítulo pronto por lá, nele nenhum acontecimento mudou, apenas algumas palavras modificadas.

Bem, esse é o planejamento para os próximos meses, revisar o que eu tenho e voltar aos trilhos. E para não ficarmos sem história, trago um minitexto de 100 palavras. Fiz para um desafio que eu acabei não colocando no ar, no tempo que eu tinha tempo para escrever textos curtos; eles eram ótimos para desenvolver a criatividade. De fato, sinto falta da época que eu tinha tempo para participar de qualquer desafio. De qualquer forma, aqui está, curto, mas que poderia muito bem ter se tornado uma boa história.

O começo do fim

Prompt: Apocalipse

Premissa: Eles estavam procurando por sobreviventes, mas eu escolhi ficar quieto. Eu gostava daqui.

Eles estavam procurando por sobreviventes, mas Nico escolheu ficar quieto. Ele gostava dali, era tranquilo, não havia problemas e nem monstros a serem destruídos. Ele nunca pensou que fosse gostar tanto de um mundo onde noventa e cinco por cento da população tinha perecido por culpa de uma nova vacina contra o câncer e, ao invés de prevenir tumores, a vacina acabou por mudar o DNA das pessoas, as transformando em um tipo de zumbi que não representava qualquer tipo de perigo; eles andavam por aí durante dias e dias e quando a energia deles acabavam ou eles se definhavam devido à desnutrição, as pessoas infectadas apenas caiam no chão e não se levantavam novamente.

Mas é claro que Nico tinha que ouvir a voz “dele”.

Nico se abaixou atrás de um arbusto, fechando sua bolsa cheia de frutas e ouviu novamente a voz chamando.

— Tem alguém aí?

Nico se virou, se preparando para rastejar para longe dali quando uma voz falou novamente, bem as suas costas:

— Eu sabia que era você. Eu pensei que era minha imaginação, porque faz tempo que eu não sinto a energia de um semideus, então quando eu--

— Cala a boca! Eles vão te escutar!

Nico pegou Percy pelo braço e o puxou para longe, subindo por um caminho íngreme e entrando em uma caverna escondida pelas árvores. Era a única opção se ele quisesse continuar escondido.


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5 months ago
Olá, Como Tudo Bem? Esse é O Primeiro Post Do Projeto "Escrevendo Histórias". Serão Posts Semanais,

Olá, como tudo bem? Esse é o primeiro post do projeto "Escrevendo histórias". Serão posts semanais, as quintas ou nas sextas. Espero que eles possam te inspirar!


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1 year ago

Can't afford art school?

After seeing post like this 👇

Can't Afford Art School?

And this gem 👇

Can't Afford Art School?

As well as countless of others from the AI generator community. Just talking about how "inaccessible art" is, I decided why not show how wrong these guys are while also helping anyone who actually wants to learn.

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Ross Draws (free, he does have other classes for a good price)

SamDoesArts (free, gives good advice and critiques)

Drawfee Show (free, they do give some good advice and great inspiration)

The Art of Aaron Blaise ( useful tips for digital art and animation. Was an animator for Disney)

Bobby Chiu ( useful tips and interviews with artist who are in the industry or making a living as artist)

Second part BOOKS, I have collected some books that have helped me and might help others.

📚Here is my list:

The "how to draw manga" series produced by Graphic-sha. These are for manga artist but they give great advice and information.

"Creating characters with personality" by Tom Bancroft. A great book that can help not just people who draw cartoons but also realistic ones. As it helps you with facial ques and how to make a character interesting.

"Albinus on anatomy" by Robert Beverly Hale and Terence Coyle. Great book to help someone learn basic anatomy.

"Artistic Anatomy" by Dr. Paul Richer and Robert Beverly Hale. A good book if you want to go further in-depth with anatomy.

"Directing the story" by Francis Glebas. A good book if you want to Story board or make comics.

"Animal Anatomy for Artists" by Eliot Goldfinger. A good book for if you want to draw animals or creatures.

"Constructive Anatomy: with almost 500 illustrations" by George B. Bridgman. A great book to help you block out shadows in your figures and see them in a more 3 diamantine way.

"Dynamic Anatomy: Revised and expand" by Burne Hogarth. A book that shows how to block out shapes and easily understand what you are looking out. When it comes to human subjects.

"An Atlas of animal anatomy for artist" by W. Ellenberger and H. Dittrich and H. Baum. This is another good one for people who want to draw animals or creatures.

Etherington Brothers, they make books and have a free blog with art tips.

As for Supplies, I recommend starting out cheap, buying Pencils and art paper at dollar tree or 5 below. For digital art, I recommend not starting with a screen art drawing tablet as they are more expensive.

For the Best art Tablet I recommend either Xp-pen, Bamboo or Huion. Some can range from about 40$ to the thousands.

💻As for art programs here is a list of Free to pay.

Clip Studio paint ( you can choose to pay once or sub and get updates)

Procreate ( pay once for $9.99)

Blender (for 3D modules/sculpting, ect Free)

PaintTool SAI (pay but has a 31 day free trail)

Krita (Free)

mypaint (free)

FireAlpaca (free)

Libresprite (free, for pixel art)

Those are the ones I can recall.

So do with this information as you will but as you can tell there are ways to learn how to become an artist, without breaking the bank. The only thing that might be stopping YOU from using any of these things, is YOU.

I have made time to learn to draw and many artist have too. Either in-between working two jobs or taking care of your family and a job or regular school and chores. YOU just have to take the time or use some time management, it really doesn't take long to practice for like an hour or less. YOU also don't have to do it every day, just once or three times a week is fine.

Hope this was helpful and have a great day.

9 months ago

writing

Ultimate "Know Your Character Inside Out" Template

The ultimate template for creating a character, without losing your mind, while you're at it.

(yes i use my bg3 character as the example, because she is wonderful, beautiful, evil)

Character Background Template ... (open)

1. Name:

2. Age:

3. Gender & Pronouns:

4. Physical Appearance:

   - Hair color:

   - Eye color:

   - Height:

   - Build:

   - Distinguishing features (scars, tattoos, etc.):

5. Background and Upbringing:

   - Where were they born and raised?

   - What was their family structure like (parents, siblings)?

   - Describe their childhood environment and upbringing.

   - Were there any significant events or traumas in their past?

6. Education and Skills:

   - What level of education did they receive?

   - Did they excel in any particular subjects or skills?

   - Have they pursued any additional training or education since then?

7. Personality Traits:

   - Describe their personality in a few words.

   - What are their strengths and weaknesses?

   - How do they typically react under stress or pressure?

8. Motivations and Goals:

   - What are their short-term and long-term goals?

   - What drives them to pursue these goals?

   - Are there any fears or insecurities that motivate or hinder them?

9. Relationships:

   - Who are the most important people in their life?

   - How do they interact with family, friends, and acquaintances?

   - Do they have any romantic interests or significant relationships?

10. Past Experiences:

    - Have they faced any major challenges or setbacks in the past?

    - How have these experiences shaped their beliefs and values?

    - Have they experienced any significant losses or tragedies?

11. Worldview and Beliefs:

    - What are their core beliefs and values?

    - How do they view the world around them?

    - Are there any cultural, religious, or philosophical influences in their life?

12. Inner Conflict:

    - What internal struggles do they face?

    - Are there any unresolved issues from their past that continue to affect them?

    - How do these inner conflicts impact their decisions and actions?

13. Connection to Outer Conflict/Plot:

    - How does their personal journey intersect with the main plot or external conflict?

    - What stakes are involved for the character in the larger story?

    - How do their goals and motivations align (or conflict) with the central conflict?

 

(Shorter) Knowing Your Character Inside Out Checklist

Personality Traits:

   - Introverted/Extroverted

   - Optimistic/Pessimistic

   - Assertive/Passive

   - Empathetic/Self-centered

   - Logical/Emotional

   - Adventurous/Cautious

   - Honest/Dishonest

   - Ambitious/Content

Beliefs and Values:

   - Religious beliefs (if any)

   - Moral code

   - Political beliefs

   - Views on relationships

   - Attitude towards authority

Fears and Insecurities:

   - Common fears (spiders, heights, etc.)

   - Deep-seated insecurities (failure, rejection, etc.)

   - Traumatic experiences (if applicable)

Desires and Goals:

   - Short-term goals

   - Long-term aspirations

   - What motivates them to pursue these goals?

Strengths:

   - Intellectual strengths

   - Physical abilities

   - Emotional resilience

   - Social skills

   - Unique talents or abilities

Weaknesses:

   - Personal flaws

   - Areas of vulnerability

   - Bad habits

   - Limiting beliefs

Backstory:

    - Family background

    - Childhood experiences

    - Significant life events that shaped their identity

    - Education and career path

    - Previous relationships

-Josie

1 year ago

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XIV

Olá, quanto tempo, não? Para quem não está acompanhando a versão em inglês fiz uma capa com inteligencia artifical. Ficou super fofo.

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XIV

Nesse capítulo temos uma mega cena 18+. Ela é um presente pela demora em atualizar a história. E aproveitando o assunto, gostaria de saber da opnião de vocês sobre algo. Eu deveria continuar com as cenas hot? Tipo, tecnicamente, eu deveria indicar que o blog é para maiores, o que o esconderia por tras daquele aviso chato e me consideraria um bot do sexo, sabe? Se alguém me denunciar, o blog vai ser excluido e aí já viu. Então, eu devo continuar com as cenas +18 por aqui ou coloca-las em outro lugar?

Enfim, ignorem se acharem algum erro, ok? E boa leitura!

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII

Percy tinha descoberto algo muito interessante nesses últimos dias. Tinha descoberto o caminho certeiro para ter um final feliz, tanto entre as pernas de Nico quando no coração de seu lindo bebê. O segredo para satisfazer Nico era fazer a coisa certa, no momento certo e no ritmo certo. Se ele fosse devagar no começo, o tratando com carinho e fizesse Nico relaxar, a tendência dele ter tudo o que queria de Nico e ir muito além disso, era grande. Sinceramente? Percy não pensava como alguém tão inocente em tudo o que fazia podia ter um lado tão desinibido entre quatro paredes. O engraçado era ver os raros momentos onde Nico se lembrava que não devia agir assim e se sentir encabulado para no momento seguinte Nico abrir as pernas e pedir por mais. 

— Você foi um garoto muito arteiro hoje. Você merece uma punição. Meu garotinho lembra o que eu disse hoje mais cedo?

— Hmm… que você me deixaria gozar? — Nico tentou, esperançoso.

— Não, que eu te faria implorar.

— Oh. — Foi tudo o que Nico disse antes que ser jogado na cama e de suas calças serem arrancadas.

Mas Percy fez tudo com carinho. Tirou os tênis de Nico, puxou suas calças para baixo junto com sua cueca e apreciou o momento;.não era sempre que Nico lhe deixava ver toda aquela pele exposta. Ele acariciou as longas pernas de Nico e as beijou devagar, mordiscando por onde ia, torturantemente lento em seu toques, subindo e subindo, chegando na virilha de Nico finalmente e se demorando por ali, massageando a junção das pernas com a pélvis e tocando no membro de Nico quando ouviu um choramingo.

— O que foi, bebê?

— Você… você está me torturando!

— Eu estou?

— Hmhmm. — Nico acenou, levando as mãos ao rosto, como se fosse escondê-lo, acabando por morder os dedos bem no momento em que Percy olhou para Nico, vendo a face corada e os olhos quase se fechando de sono, prendendo o próximo gemido. Percy admitia que estava no clima para fazer exatamente o que Nico o acusava de fazer. Por isso, ignorou o membro ereto de Nico e foi um pouco mais abaixo e acariciou sua entrada, roçando em suaves e delicados círculos até que ela se abriu feito uma flor para ele, pulsando contra seus dedos.

Mas Percy não o penetrou como Nico queria. Não, ele continuou roçando e roçando, vendo Nico se abrir e fechar continuamente, ouvindo os doces gemidos que seu bebê não conseguia conter dentro de si.

— Percy!

— O que foi?

— Eu…

— Sim?

— Eu preciso de você! Dentro de mim!

— Oh, não. Não chore, a gente nem começou ainda.

— O-obrigado. — Nico murmurou, todo choroso, e se inclinou em sua direção, agarrando em sua camisa, implorando docemente, seus grandes olhos negros o fitando tão desesperado e frustrado que Percy teve piedade, embora só agora Percy estivesse se lembrando do combinado deles. Se Nico não soubesse o que dizer e quiser continuar, diria “Obrigado” e quando estivesse gostoso e mesmo assim quisesse parar, diria “Por favor”.

“Tão doce”, Percy pensou. Ele faria tudo ficar melhor.

Percy puxou Nico contra seu peito e o consolou, beijando seus cabelos e murmurando:

— Pronto, pronto. Já vai passar. Viu? Tudo bem?

— Eu… eu queria…

— Eu sei o que você quer.

Ainda com Nico nos braços, Percy se virou para o lado e abriu a primeira gaveta na mesa de cabeceira e tirou um tubo de lubrificante de lá. Colocou um pouco nos dedos, esquentando o gel na mão e levou os dedos para a entrada de Nico. Exatamente como antes, Nico gemeu docemente e jogou a cabeça para trás quando Percy massageou ao redor da entrada Nico, sentindo Nico derreter feito manteiga em seus braços, se entregando para as sensações que sentia.

Percy não pode evitar o calor que se espalhou em seu peito, ambos de prazer e de afeto, mas de luxúria também, aquele sentimento que o fazia se esquecer de tudo e que o incentivava a pegar tudo o que queria.

— É isso que você queria, lindo? Que eu te fudesse na casa dos meus pais?

Percy tentou ser o mais delicado possível, o mais deliciado que sua mente inebriada de prazer permitia. E ele admitia, não era o suficiente para ele, nunca seria, sabendo que essa não era a forma que ele traria seu bebê se estivesse com a cabeça no lugar, mas algo dentro dele dominou seu corpo, o fazendo agir jeito que seu corpo pedia. 

No fim, cuidado e gentileza não era o que ele queria e não era o Nico tão pouco queria. Percy não se orgulhava, quando menos viu estava com três dedos dentro de Nico, o abrindo devagar, mas com vontade e com mais profundamente que havia feito nas vezes passadas. Ele teve que parar por um momento e respirar fundo, tinha prometido que não deixaria seus sentimentos interferirem em seu relacionamento com Nico. O que ele podia fazer se Nico ficava ainda mais bonito, gemendo com as costas curvadas, a ponto de gozar enquanto ele apenas continuava brincando com o corpo de Nico, descobrindo os lugares que o fazia gemer e o que o fazia chorar de prazer, ou mesmo aquele lugarzinho que estava fazendo Nico gritar, tremendo dos pés a cabeça?

Foi por isso que Percy se obrigou a tirar os dedos de dentro de Nico e respirar fundo. Não era certo tratá-lo feito um boneco de retalhos, um brinquedinho que ele podia usar e depois guardar em uma caixa.

— Bebê? Tudo bem? — Percy se forçou a enxergar entre a névoa de luxúria e enxergar seu bebê e não… um amante onde ele poderia satisfazer todos os seus desejos.

Percy viu como em câmera lenta, Nico abriu os olhos, desfocados e dilatados, e respirou tão fundo como ele tinha feito, parecendo confuso.

— Não… ah… não pare… eu… obrigado. — Nico disse na voz mais suave e doce que Percy já tinha ouvido, todo obediente e contente, completando: — Estou tão bêbado.

E então, Nico estava rindo, parecendo mais chapado do que qualquer bebida poderia causar, colocando os braços em volta de seu pescoço e o beijando suavemente. Percy não poderia recriminá-lo, se sentia tão alto quanto Nico demonstrava estar, mas o que Percy não havia percebido até aquele momento eram as lágrimas que escorriam, vendo os olhos de Nico que além de estarem desfocados, estavam marejados também; a pele morena quente ao toque, manchada por linhas invisíveis. Por que Percy sabia disso? Ele teve que levantar sua mão e limpar o rosto de Nico, as deslizando até segurar Nico pela nuca e pescoço, as mantendo ali, fincada nos cabelos de Nico. E Nico? Bem, ele apenas gemeu, deixou que Percy o inclinasse para mais perto e abriu mais as pernas, se oferecendo a Percy. 

Percy não queria pensar nisso, nessa… demonstração de submissão. Aquilo fazia algo dentro dele acordar, algo que Percy tinha vergonha de admitir ter dentro de si. Mas… ele olhou para baixo e viu que Nico tinha gozado em algum momento. Eles deviam parar, não? Então, por que Percy estava abrindo as próprias calças e estava aplicando lubrificante no próprio membro?

Percy grunhiu quando sentiu a ponta da cabeça de seu membro entrar em contato com a entrada de Nico. Eles deviam usar camisinha, não deviam? Mas ele sabia que Nico era virgem antes de transar com ele, o que Percy sabia ser mais uma desculpa para seu cérebro cheio de endorfinas não o forçar a parar. Entretanto, Nico tinha pedido, não tinha? 

Ele não hesitou mais, segurou Nico pela cintura e o puxou contra seu membro, deixando que a  gravidade fizesse seu trabalho. Era uma experiência fora do corpo ver a entrada pequena e apertada de Nico acomodar seu tamanho, o observando descer devagar, o recebendo centímetro por centímetro, vendo seu membro desaparecer dentro de Nico quase sem esforço nenhum, ouvindo agora os gemidos agudos e arfados contra seu ouvido, peito contra peito, sentindo Nico o abraçar com força pelo pescoço e enrolar as pernas em volta dele, rebolando em seu colo tão gostoso que por um momento Percy se viu sem reação, apenas sendo capaz de arfar contra os cabeços negros de seu bebê, o ajudando no que pudesse.

Então, Nico soltou um longo e arfado gemido contra seu pescoço e o mordeu, parando de se mover imediatamente, o apertando tão forte que ele não sabia como não tinha gozado naquele mesmo instante. Nem mesmo assim Percy teve forças o suficiente para parar, achando que eles tinham ficado por longos momentos naquela mesma posição, sentados e imoveis na cama e que talvez Nico tivesse pegado no sono, ou até que Nico tivesse gozado de novo e não quisesse mais continuar. Esse foi o momento em que Percy ouviu um gemidinho manhoso e sentiu Nico se mover, só um pouquinho, girando os quadris, como se tentasse encontrar uma posição melhor. E Percy, como o cavaleiro que era, o ajudou. Ainda segurando na cintura de Nico, ele o moveu um pouco para a direita e então para a frente, encontrando um ângulo mais confortável. Sim! Percy achava que tinha encontrado, sentindo Nico o apertar forte e gemer como se estivesse morrendo.

— É aqui? Assim? É gostoso?

— Ah… ah… obrigado! — Nico se contorceu todo e se forçou contra ele, voltando a abraçá-lo com força. E já que Nico estava tão decidido a matá-los de prazer, era a melhor forma que Percy poderia morrer.

Percy segurou com mais força nos quadris de Nico e quase o imobilizando, o puxou para cima e então o levou para baixo, devagar e gostoso, sentindo Nico o apertar tanto que quase chegava a doer.

— Bebê, você tem que relaxar, hm? Respire fundo pra mim.

Nico fez, porque ele era o melhor garoto do mundo, e se deixou cair sobre seu peito, relaxando com a cabeça apoiada em seus ombros.

Ah, assim era bem melhor, porque, de repente, seu membro estava deslizando para dentro e para fora de Nico sem nenhum esforço, Nico gemendo sem nenhum pudor com a cabeça jogada para trás. Percy observou por um momento como Nico se entregava para ele sem nenhum medo e se esqueceu dele mesmo, lamentando que quase perdeu Nico para sempre.

— Você quer gozar? — Percy perguntou, se sentindo flutuar.

— Per… eu… ah! Eu não sei! — E de novo na voz mais doce, porém agora arfada e desesperada, Nico abriu aqueles olhos negros e implorou com o olhar, algo que ele próprio parecia não saber o que era.

Percy não sabia muito o que estava fazendo, mas se Nico queria, ele faria isso ser realidade.

— Se toque.

— O-oquê? — Nico perguntou sem entender.

— Eu quero que você se toque.

Percy, então, segurou em uma das mãos de Nico e a levou entre seus corpos onde o membro de Nico estava ereto.

— Eu quero ver. — Percy repetiu e esperou para ver o que Nico faria.

Nico piscou lentamente para ele e ainda parecendo incerto e chapado, envolveu os dedos em volta de si mesmo e começou a deslizar a mão para cima e para baixo, no toque mais delicado e suave que Percy já tinha visto. Ele não fez nada além de observar Nico se tocar ainda com ele dentro de Nico, sentindo Nico pulsar e o apertar ritmicamente por curtos minutos. 

Não demorou muito, tão devagar e suavemente como Nico tinha começado, Nico gozou, com longos movimentos e gemidos mais doces ainda. E dessa vez Percy viu, Nico ejaculando, o pequeno membro estremendo e enfim soltando as últimas gotas até que Nico parou de mover a mão e olhou para Percy, piscando lentamente e respirando rápido, como se esperasse a próxima ordem.

Esse estava sendo um momento levemente estranho e maravilhosamente extraordinário para Percy. Ele estava contente em apenas observar o prazer de Nico e deixar que sua ereção sumisse sozinha. O fato é que Nico ainda olhava para ele, ainda parecendo incerto e sinceramente confuso.

— Você não vai gozar? — Nico perguntou a ele e Percy quase riu, achava que estava enlouquecendo.

— O que você sugere que eu faça, hm?

— Oh. — Nico murmurou, entortando a cabeça e encostando delicadamente suas mãos sobre os ombros de Percy. — Eu posso decidir?

— Claro. 

Percy deu de ombros, por que não? 

A surpresa veio imediatamente. Nico levantou o quadril, gemendo baixinho e deixou que o membro de Percy escorregasse para longe dele. Logo em seguida, Nico se ajoelhou na cama, se sentou entre as pernas de Percy e segurando na base, beijou a cabecinha por longos momentos. Ele lambeu e chupou sem pressa para enfim sugá-la inteira, começando uma sucção leve, na visão mais bonita e erótica que Percy já tinha tido o prazer de presenciar, achando que aquele seria o orgasmo mais rápido de sua vida. 

Nico começou a mover as mãos também e de repente, seu membro estava deslizando para dentro da garganta de Nico. O que o fez em fim gozar foi quando Nico engoliu em volta dele e arfou, engasgando levemente. E de novo, Percy não teve reação se não se apoiar na cama e jogar a cabeça para trás, gemendo longamente. O surpreendendo novamente, Percy observou Nico continuar a chupa-lo, agora tão suavemente ele mal podia sentir, só deslizando para longe quando Nico teve a certeza que Percy tinha terminado, enfim amolecendo contra seus lábios. Era como se um mundo novo tivesse se aberto bem em frente aos olhos de Percy; ele não sabia que alguém chupar seu membro poderia sacudir seu mundo dessa forma. Mas, claro, Nico não era qualquer pessoa e ninguém além de Nico poderia causar essas sensações nele.

— Per? — Ele ouviu a voz baixinha de Nico o chamar. Percy abriu os olhos e percebeu que ele ainda tinha a cabeça jogada para trás e encarava o teto. Era difícil até de abrir a boca.

— Hm?

— Eu… desculpa… eu não queria…

Ele não queria? Percy queria rir de histeria e prazer.

Contente e verdadeiramente satisfeito, Percy enfim reuniu forças para se mover e se sentou na cama, vendo que Nico ainda estava entre suas pernas. O engraçado é que Nico não parecia feliz, parecendo que iria cair nas lagrimas a qualquer momento.

— O que foi, bebê?

— Eu te machuquei.

— Me machucou?

— Você parecia com dor, mas eu não queria parar. Você nunca me deixa fazer isso.

Percy sorriu e puxou Nico para seu colo, o abraçando contra seu peito. Ele poderia dizer que Nico estava certo; foi tão bom que chegou a doer, como se seu orgasmo estivesse sendo puxado para fora dele e Percy não tivesse nenhum controle sobre isso.

— Você não me machucou. De fato, você só precisava pedir. Você foi ótimo.

— Eu fui… ótimo? — Nico se afundou contra o peito de Percy, mas ainda parecia em dúvida. — Se você diz, vou acreditar.

Percy sorriu novamente e beijou os cabelos de Nico. Ele só esperava que Nico não brigasse com ele na manhã seguinte quando ambos estivessem completamente sóbrios.

***

— Se você diz, vou acreditar. — Percy ouve Nico dizer, o observando fechar os olhos e suspirar antes de relaxar contra seu peito, agora respirando profundamente em seu sono.

Percy quase caiu na tentação de fazer o mesmo e dormir naquela exata posição, sentado no meio da cama com Nico o usando como um travesseiro. Mas infelizmente, ele tinha que ser a pessoa responsável. Sentindo as pernas ainda tremendo, colocou Nico deitado sobre os travesseiros, o cobriu com um lençol e se levantou. Entrou no banheiro da suíte e depois de se limpar e arrumar suas roupas, voltou para o quarto com uma toalha umedecida e limpou Nico, dizendo um “Volto logo”, que Nico pareceu não ouvir e saiu do quarto, fechando a porta suavemente atrás dele, deixando Nico debaixo das cobertas apenas de meias e camiseta. Desceu as escadas e já se arrependendo, viu que ainda tinha pessoas na festa. Não que isso importasse para ele, era apenas mais um dia na casa dos Jackson, por isso andou com passos decididos para a cozinha, mas quando chegou lá teve uma surpresa indesejada. 

Era Annabeth, é claro! Quem mais poderia ser? Seu relaxamento desapareceu em um piscar de olhos, especialmente quando Annabeth se virou para ele e sorriu, segurando uma taça de cristal com vinho tinto contra os lábios, a bebida favorita dela, Percy infelizmente sabia disso. 

Talvez ele tenha escondido algumas coisas de Nico e talvez ele tivesse passado mais tempo do que queria com Annabeth nos últimos anos; Nico tinha ido embora e Percy tinha se sentindo solitário, imagina sua surpresa quando Annabeth lhe mostrou um pouco de solidariedade. 

Percy tinha baixado a guarda, ele admitia. Em nome dos velhos tempo e da infância, Percy decidiu que dar outra chance para a primeira amizade que tinha feito na vida poderia dar certo. O fato é que tudo ficou bem por algum tempo, a turma se reuniu mais uma vez e tudo ia bem, isso é, até que Annabeth em uma sessão de estudo regada a bebida, seus melhores amigos e livros espalhados em todas as superfícies de seu quarto, tinha tentado lhe beijar. No fim, tudo o que Annabeth queria era ser a rainha do baile e se aproveitar da influência de sua família para conseguir uma bolsa de estudos e uma posição de líder de torcida na melhor universidade do país. Se ela tivesse pedido essas coisas para ele, Percy não teria se importado em ajudar, mas como ela decidiu pegar a força, Percy devolveu na mesma moeda.

Agora, aqui estavam eles. Annabeth em um longo vestido vermelho que não escondia nada, parada em frente a geladeira, parecendo observar algumas fotos presas nela, fotos deles e de seus outros amigos de quando eles eram crianças e Percy ainda não havia conhecido Nico. Percy quase acreditou no olhar de saudade dela, quase foi enganado mais uma vez, e tudo isso porque ele estava tentando levar um copo de água com analgésicos para seu bebê, hm?

Não dessa vez.

— O que você está fazendo aqui? Pensei que eu tinha sido claro.

— Eu queria conversa com você.

— É melhor você ir embora.

— Você não sente falta da gente? De como costumava ser?

Annabeth, então, se virou totalmente em sua direção e colocou a taça em cima da bancada, se aproximando mais dele, desfilando, como se tentasse seduzi-lo. Tudo o que aquilo causou foi fazer seu estômago se revirar. Do que ele sentiria falta? De se sentir sozinho, como se ele fosse invisível? De viver para realizar todos os desejos egoístas dessa garota mimada? De não poder fazer algo se Annabeth não permitisse? O pior sempre seria saber que não importa o que ele fizesse, Percy sempre se sentiria com frio e abandonado, mesmo que ela estivesse há menos de cinco passos de distância.

 — Como você pretendia fazer isso? Invadindo meu quarto no meio da noite?

— É uma boa ideia. Eu ainda me lembro onde fica.

— Você enlouqueceu? É isso?

— É você que não entende! Deveria ser nós dois. Isso não é natural. O que seu pai diria se te visse assim? — Annabeth tocou em seu ombro e então a ânsia de vômito realmente veio, quase se materializando.

— Meu pai não tem nada a ver isso. Você passou dos limites.

— Percy, querido. Ainda não é tarde demais. — Annabeth tocou em seu rosto e o encarou com aqueles frios olhos acinzentados, algo que no passado ele achou lindo e magnético, mas que agora congelava seu corpo e alma. Se tinha algo que ele havia aprendido com Annabeth é que a manipulação vinha em todos os tamanhos e formas.

Ele deu um passo para trás, saindo do alcance de Annabeth e respirou fundo, se sentindo libertar de um fantasma que continuava a assombrá-lo desde que ele decidiu que gostava mais doces garotinhos bem comportados do que de garotas manipuladoras e cruéis. Talvez Nico estivesse certo e a única forma dele realmente se livrar de Annabeth seria fugindo e desaparecendo, exatamente como Nico tinha feito.

— Você precisa ir embora. Agora!

— Percy, sei que você está confuso. Ele é tão bonitinho que até parece uma garota, não é? Ele nunca vai te dar o que eu posso. Uma família. Um lar.

“Nico pode me dar…?’’, Percy se perguntou por um momento, distraído. Então, ele sentiu vontade de rir. Nico lhe dava exatamente o que ele queria e do exato jeito que ele mais desejava.

— Você tem certeza?

Percy sabia que não devia, sabia que isso não era da conta de Annabeth, e mesmo assim, ele fez. Percy abriu os primeiros botões de sua camisa e mostrou a marca no meio de seu peito de dentes e unhas, perto do pescoço, porém discretos o suficiente para cobrir com a camisa.

— Você acha que Nico não me dá o que eu preciso? Ele é muito melhor do que você jamais será.

— Você vai se arrepender! Como você me trocar por aquele--

— Na verdade, mesmo que eu não estivesse com ele, você seria a última pessoa na face da terra que--

Plaft! 

Percy não sentiu a dor vir, apenas escutou o barulho da mão de Annabeth contra seu rosto, o toque frio da mão dela o congelando por dentro. O choque veio quando seu rosto virou para o lado com o impacto, veio quando o grito de fúria dela chegou a seus ouvidos, completamente enraivecida, como se um demônio tivesse possuído o corpo da beldade de olhos claros e cabelos loiros.

— Você acha que pode falar comigo desse jeito? Que pode me tratar assim? Quem você pensa que você é! — Annabeth bradou, indo para cima dele mais uma vez. Mas dessa vez, Percy se negava a se submeter as vontades dela, ele não tinha medo do que diriam ou quais seriam as consequências.

Dessa vez, Percy segurou nos braços de Annabeth e a encarou, sem medo, antes que o próximo tapa pudesse chegar.

— Nós terminamos aqui. Não quero te ver, escutar sua voz ou saber de você. Você não é bem-vinda na minha vida ou na vida de Nico. E se você tentar algo, vai se arrepender. Esse é meu último aviso.

Com isso, Percy deu as costas a ela e saiu da cozinha ainda ouvindo os gritos de Annabeth. Quando Percy voltou, Annabeth ainda estava na cozinha andando de um lado para o outro, furiosa, com a taça de cristal na mão. Mas se fosse por Percy, Annabeth que guardasse a taça de recordação. Ele não queria nada em que ela tivesse tocado.

— Se certifiquem que ela nunca mais coloque os pés nessa casa.

Parado, no meio do corredor que dava para a entrada da cozinha, Percy observou os homens acenarem e irem em direção à intrusa. Cada um segurou Annabeth por um braço e sem mais palavras, Annabeth é levada pelos homens, berrando e ofendida, porque, finalmente, a pessoa que assombrava seus pesadelos estava banida de sua casa e de sua vida de uma vez por todas.

***

Ainda escutando os gritos da loira, Percy pôde enfim pegar o copo de água e os analgésicos que Nico iria precisar. E se sentindo exausto e com o rosto latejando, subiu a escada para o andar superior e entrou em seu quarto no fim do corredor, encontrando Nico acordado, encostado contra o batente da cama e olhando para o próprio colo coberto apenas pelos lenções com a expressão mais triste e cabisbaixa que Percy já tinha visto em seu bebê.

Tudo fica pior no momento em que Percy fecha a porta e entra no quarto. Nico levanta a cabeça e olha para ele com aqueles grandes olhos negros, agora marejados.

— Onde você estava? — Nico diz em voz baixa, soando rouca e cansada.

— Eu fui buscar um remédio para ressaca.

— Eu não estou de ressaca.

Mas Nico parecia que iria cair no sono a qualquer momento, continuando a olhar para ele, como se não acreditasse nele, e Percy desiste de tentar convencê-lo. Porque, nisso, eles eram parecidos. Uma vez que eles se decidissem por algo, nada os faria mudar de ideia. Seria pior se eles descobrissem que o outro estava mentindo. Assim, conformado, Percy andou a passos rápidos até a mesa de cabeceira, colocou a água e o remédio em cima dela e se sentou ao lado de Nico, o puxando para seu colo.

— O que foi, hm?

— Não é nada. — Nico enfiou o rosto na curva do pescoço de Percy e o abraçou forte pela cintura, relaxando, e só assim se sentiu confortável o suficiente para dizer o que pensava. — Eu vi Annabeth na festa. Depois que você mandou ela embora. Eu odeio saber que ela ainda está por perto, rondando a gente e esperando o momento certo para atacar.

Então, esse era o problema.

Bem, Nico estava mais certo do que pensava. 

Percy abraçou Nico mais forte, o envolvendo completamente em seus braços e suspirou, encostando sua cabeça no topo dos cabelos de Nico.

— É isso o que você pensa de mim? Que eu iria correr para o lado dela depois de ficar com você?

— Não, acho que não. Eu só… ela tem uma influência estranha sobre você. Eu só… não gosto disso.

— Não gosta do quê?

— Do jeito que ela olha para você. Como se quisesse te… dominar. Me mata pensar que… pensar que ela pode conseguir o que quer.

“Como eu faço com você?”, Percy teve o impulso de perguntar, mas parou antes que eles entrassem em uma discussão que ambos não estavam prontos para enfrentar. Embora ele soubesse que a situação deles fosse diferente, e mesmo que Percy quisesse dominar Nico, era algo completamente consensual entre ambas as partes; já com Annabeth, ele não poderia dizer o mesmo. Apenas o pensamento disso revirava seu estômago.

— Você não precisa se preocupar. — Percy disse por fim, tentando relaxar.

— Sei.

— Nico.

Percy segurou no rosto de Nico, puxando sua cabeça para cima e o forçou a encará-lo:

— Eu te amo. Só você e ninguém mais. Quando você vai entender isso?

— Eu entendo. Acreditar, é mais difícil. Eu lembro das vezes que você vinha cheirando diferente… ou com mordidas em lugares suspeitos… — Nico levou as mãos ao lugar que ele mesmo tinha deixado uma marca, afastando a camisa para tocar na pele e fazendo Percy entender tudo. 

— Eles não significavam mais do que… alivio de estresse. — Percy disse, tocando na mão de Nico sobre seu peito. — Eles nunca significaram nada mais do que isso. Você precisa acreditar em mim.

— Na época eu não conseguia entender. Era tão confuso. Você dormia na minha cama e fazia sexo com eles. — Mas agora, Nico parecia entender melhor, indo para a Itália e sentindo a necessidade de aliviar esse mesmo tipo de estresse.

— Você era… um anjo perfeito, delicado e imaculado. Eu não queria te sujar.

— Me sujar? — Nico disse, parecendo confuso mais uma vez.

— Eu não queria te forçar como aqueles meninos fizeram.

Nico levantou a cabeça, pronto a dizer que aqueles garotos nunca se comparariam a Percy, voltando a encará-lo. Porém, quando Nico viu uma marca grande no lado direito do rosto de Percy a confusão foi substituída por preocupação. 

— O que aconteceu? — Percy estranhou imediatamente a mudança em Nico. O garotinho estava fazendo uma careta, algo entre confuso e irritado.

— Seu rosto. Quem te bateu?

Será que seria muito brega dizer que Nico o fez esquecer da dor? Percy decidiu que sim, era uma das coisas mais bregas que ele já tinha pensado em dizer.

— Não foi nada. Apenas um arranhão.

— Eu quero saber. — Quando Nico percebeu que exigir não funcionaria, ele tocou suavemente no rosto de Percy e o beijou docemente nos lábios, dizendo todo delicado e baixinho: — Estou preocupado com você. Por favor, Per. Me diz quem fez isso com você.

— Nem doí mais.

— Por favor?

— Annabeth. Foi Annabeth. Eu encontrei ela na cozinha. — Percy suspirou e fechou os olhos, quase ronronando com o toque carinhoso de Nico. — Ela não aceitou um não como resposta.

— Per! Você devia fazer uma denúncia!

— Talvez amanhã. Quando Sally ver meu rosto e me obrigar a ir. Ou Paul chegar de viagem e me arrastar até lá com a ajuda de Tyson.

— Per. — Nico murmurou fracamente, seus olhos se enchendo de lagrimas, fazendo o coração de Percy se apertar e se encher de afeto na mesma proporção.

— Estou bem. Eu juro. — Para provar seu ponto, Percy o beijou suavemente e acariciou os cabelos de Nico, os penteando para trás. — Viu? Está tudo bem.

— Então, você tem que tomar o remédio.

— Mas eu trouxe para você.

— Vamos dividir.

Percy sorriu e deu de ombros. Quebrou o remédio no meio, deu uma parte para Nico , engoliu a outra parte e segurou nas mãos de Nico.

— Que tal um banho antes de ir pra cama?

Nico aceitou a oferta, é claro. Porque Nico era o garoto mais obediente e bem-comportado do mundo, sempre querendo o agradar e cuidar dele, mesmo que Percy não merecesse.

Assim, Nico tocou o remedia com a água e eles tiraram o resto das roupas, tomaram uma ducha rápida e logo estavam debaixo das cobertas. Tinha sido um longo dia e tudo o quê eles queriam eram um momento de paz e silencio.

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Obrigada por ler!

Se você gostou me deixe um comentario, sugestões e criticas construtivas. Até um emoji é valido, apenas para eu saber que a história está agradando.

Até a proxima.


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6 months ago
A Fun Little Ghost Animation

A fun little ghost animation

4 months ago

ShortStory #2 – Eu sei que você quer (traição+blowjob+babá)

Oii, como vai? Então.... vou precisar dar uma parada nas postagens para descansar. A boa notica é que em fevereiro estamos de volta. Eu também escrevi um shortstory para me desculpar. Espero que vocês gostem! 18+!

“Eu sei que você quer.” Nico disse, sem nem ao menos hesitar.

De joelhos a seus pés e o encarando com os olhos mais inocentes que Percy já tinha visto, o garoto que tinha idade para ser seu filho, repousou as mãos sobre o próprio colo e umedeceu os lábios, ele abriu a boca e colocou a língua para fora, convidando Percy a se aproximar dele.

Como Percy poderia resistir, justo diante dessa visão que vinha se repetindo em seus sonhos mais sombrios, e que agora se apresentava a ele numa bandeja de ouro? Como ele poderia desviar os olhos daquela boquinha avermelhada e carnuda, do pescoço longo e elegante, e do corpo esguio que finalmente estava exatamente onde Percy mais queria? E já que Nico já estava de joelhos a sua frente, sem Percy nem ter que pedir, ainda olhando para ele com aquela enganadora expressão de inocência e timidez, Percy não perderia a oportunidade que estava sendo dada a ele.

Antes de fazer alguma besteira, Percy fechou os olhos, tentando raciocinar sobre a nevoa de luxúria que o tomava. Deuses! O que ele estava fazendo? Ou melhor, o que estava prestes a fazer? Percy nunca pensou que Nico fosse capaz de fazer algo assim, ele era seu doce e jovem babá, o garotinho que ele viu crescer, correndo por aí com as outras crianças, sempre sorrindo para ele e parando em frente à sua casa para falar com ele. Mas, agora, a imagem imaculada do garotinho de pele oliva e profundos olhos negros se transformava, e tudo o que Percy queria era tocar em Nico, era tudo o que ele queria desde que Nico começou a trabalhar para ele e sua esposa, notando como o garotinho tímido tinha se tornado um homem, bonito e alto, sempre prestativo e disponível, não importava qual fosse o momento que ele e sua esposa precisariam de seus serviços como babá.

“Por favor, senhor. Eu... eu quero... sei que a sua esposa não te toca mais. Por favor, eu posso te mostrar que sou melhor do que ela.”

Percy começava a desconfiar que Nico estava certo. Annabeth não tinha interesse em sexo, ele não tinha interesse em ter sexo com ela. O que não tornava o que estava prestes a acontecer melhor ou certo. Embora ele não precisasse se preocupar em seu pego, sua esposa só voltaria de viagem na próxima semana, provavelmente demorasse mais tempo do que isso se ele a conhecesse, e seus filhos estavam no andar de cima, há essa hora dormindo profundamente. Se eles agissem rápido e fossem silenciosos, tinha certeza que ninguém saberia.

"Você tem certeza disso?" Percy não consegui evitar e estendeu a mão, tocando no rosto de Nico, macio e aveludado, deixando que seus dedos deslizassem pelas maçãs do rosto de Nico e então tocou seus lábios, dedilhando o contorno deles que se abriram mais uma vez, a língua de Nico saindo e se encontrando com a ponta de seus dedos, os chupando sem pressa, o encarando, como se o desafiasse.

Bem, Nico não tinha usado palavras, mas o gesto era mais do que suficiente. Percy não conseguiu evitar que um suspiro escapasse de sua boca quando enfim abriu o zíper de suas calças, puxando seu membro duro para fora de sua cueca. Percy massageou o falo durante alguns momentos antes de guiá-lo em direção aos lábios que ainda o esperavam molhado e abertos, Nico arfando levemente.

No fim, deixar que Nico envolvesse seu membro com aqueles lábios macios e o chupasse por longos minutos, tinha sido uma das decisões mais fáceis de sua vida, e quando ele finalmente alcançou a garganta de Nico depois de algumas momentos, o sentindo engasgar levemente, sua segunda decisão mais fácil também veio; Percy agarrou nos cabelos de Nico e se deixou levar naquele vai e vem, observando os olhos negros de Nico lacrimejarem, fixos nele, enquanto Nico, agora com os lábios relaxados ao redor dele, engolia ao redor de Percy e tocava o próprio membro, pequeno e molhado, Percy sentindo Nico estremecer e gemer, extasiado pela cena que via.

E então, educativo, não? Brincadeiras a parte, foi interessante, fazia tempo que eu não escrevia algo assim, então, valeu apena. Espero que você tenham se divertido.

Até logo!


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6 months ago
One Of The Coziest Second Hand Bookshops I’ve Visited
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5 months ago

SITTER'S LOVE - Nico!Babysitter, Percy!Teacher-father - Chapter II

Hi, how are you? Here's another chapter. I'll try to post every Monday, and more than one chapter if I can, as I'm translating as I post, I can't go any faster than that. But, I can guarantee a lot of fun. In this chapter Percy and Nico will meet. And Nico has been diagnosed with anxiety and that's going to make all the difference throughout the story.

I hope you have a good read!

Previous chapters: CHAPTER I

SITTER'S LOVE - Nico!Babysitter, Percy!Teacher-father - Chapter II

Nico got off the bus and stopped in front of a group of luxurious houses, already finding the place strange. He held his cell phone tightly and checked the address they had sent him. Yes, it was there, Pine Street… eh … which seemed to be right, there were trees so tall that they seemed to disappear among the clouds. He shrugged and walked along the wide sidewalk, feeling as if he had entered an unknown world when he saw that the bricks on the ground were painted a yellow color with a phosphorescent golden tone, stretching endlessly for long kilometers that seemed to come out of a fairy tale as the rows of houses disappeared into the horizon and beyond.

He couldn't help but be amazed by that place; there were large gates that delimited the properties, separated by even higher walls. Giant trees and smaller flowerbeds with flowers in different shapes and colors that blocked the view of the other houses or what was inside those gates.

He kept walking and then stopped in front of the complex with the number 17, where another large black iron gate rose higher than he could see. Nico couldn't express how strange it was to be in a place like that, the environment was so quiet and the absence of anyone there made his skin crawl. And just to be sure, he checked once more if that was the correct address. Nico scratched his hair, tempted to open the email with the contractor's information once more, because it could only be a mistake; what he was witnessing could not be called a house. Now that he was getting closer to the gates, he could see that it was a group of small, beautiful and well-structured mansions. White fences, large gardens, parks, swimming pools, gyms and everything else imaginable, in addition to security guards protecting the perimeter around the property and in the areas common to all residents.

It felt like he had actually entered a parallel reality, which was strange. Nico felt like he wasn’t someone these people would hire to work there, someone with no college degree, no qualifications, and no proper professional background. But since Nico was here… he shrugged again. What harm was there in trying?

He walked to the front of the gate and pressed the intercom:

"Excuse me, I'm Nico Di Ângelo. I have a meeting with Annabeth Chase at house 4.”

"Yes, good morning. Miss Chase left a message." The helpful and polite doorman told him. "She apologizes for not being able to receive you personally. We will direct you to the location.”

Nico was left to thank him and wait for the gates to open.

He swore he was trying to keep an open mind, but then the weirdest thing happened. As a part of the gate slid aside, two security guards three times his size looked him up and down and stopped in front of him.

"Documents. They're the condominium rules." Nico found it even stranger, but it was okay. Since he had embarked on this madness, he would see it through to the end.

He unzipped his backpack and handed them his driver's license. The taller, red-haired man took the document from his hands and pulled out a clipboard from inside the guardhouse post, stepped closer to him, looked at the information on his ID and then seemed to compare it with the information on the file.

The same bodyguard wrote something on the paper and handed the document and clipboard to him, saying: "Sign here." That was all the redhead said to him before Nico quickly signed and the security guard checked the signature. When the information seemed to match, the other security guard who was standing next to him waved and guided Nico to a car that was waiting for him in front of another smaller gate.

Nico let himself be led to the next gate and felt like laughing; first, was this some kind of luxurious prison? And second, why was there a mini golf cart there? The most interesting thing was that the car even came with a private driver.

Still finding it funny, he got into the car, put on his seatbelt and came across a boy his age, somewhere between twenty and twenty-five, brown hair, black eyes and a beautiful, wide smile.

"First time here?”

He nodded, trying not to show how much it all bothered and amused him at the same time.

"Don't worry, everyone gets a little scared the first time. What's your name?”

"Nico.”

"It's a pleasure, Nico. You can call me Gabe. I'll give you a ride for as long as you're here.”

"Why? Do you think I won't stay long?”

“No one stays. It's nothing personal. You know how these people are.”

"What are they like?”

"I think you'll find out, won't you?”

So, before he knew it, Gabe stopped the car in front of house number 4.

Grinning with dimples and white teeth, Gabe asked, “Can I?” And before Nico could answer, Gabe helped him unbuckle his seatbelt, walked around the car, and held out his hand to him.

"Don't forget, don't take it personally." He winked at Nico, all charming and walked around the car, getting into the driver's seat.

“Okay. Nothing personal. Sure.” Nico thought to himself, watching Gabe quickly walk away through the streets of the condominium, pulling away from there in his little car.

He allowed himself to take a deep breath and stared at the two-story house that was surrounded by a garden so extensive that it was impossible to see anything but nature, a few cars, and more trees that grew tall with voluminous foliage. Nico had no choice but to try to ignore the exuberance of the place, telling himself, it was nothing special; this would be just another job where he would stay for a few months, make some money, and move on to the next job until he had enough money to pay for his studies. Just another one among many others.

He took a few more steps towards the door and climbed the few steps, which were made of white and gray marble, following the rest of the house's design; everything was very pale and in pastel tones, which was clear even from the outside of the house. Then he rang the doorbell before his nerves got the best of him, leaving Nico to take another deep breath, trying to calm himself down.

He straightened his wrinkled clothes and held onto the strap of his backpack, running his hand through his hair, trying to fix it in the reflection of his cell phone screen, which proved to be useless. There was no miracle in this world that would make him feel appropriate or well-dressed, so he forced himself to wait as patiently as someone like him could.

It was no big deal, he told himself, once more. He always got nervous on the first day, and it didn't even have to do with the insufferable or abusive bosses Nico had had the pleasure of dealing with, no, it was all ingrained in his skin no matter where he went. It was part of his psychological condition. Although it didn't last long.

Impatient and overcome by anxiety, he rang the doorbell again, pressing the button harder than he intended at the exact moment the door opened abruptly, revealing a tall man, almost two meters tall, with messy black hair and intense green eyes that stared at him with disinterest. The man seemed to have jumped out of bed, wearing only gray sweatpants and showing... showing a trail of hair that led to a certain large volume in that place.

"Yes?" The man said hoarsely, his eyes barely open and so serious that Nico thought about turning around and escaping that strange situation.

Feeling even worse, as if someone was twisting his insides, Nico kept his eyes above the half-naked man's shoulders and checked his phone, double-checking the email the agency had sent.

House 4. Employer - Annabeth Chase.

"May I speak to Mrs. Annabeth Chase?

"Come back next month. Maybe next year, yeah? I never thought she liked the younger ones…" The man muttered quietly as if Nico shouldn't have heard, especially the last part, distracted, not even seeming to care about his presence.

“Sir…?”

"Jackson, Percy Jackson." He said reluctantly, yawning.

"Mr. Jackson." Nico said. He made a point of ignoring what the man was insinuating. "I was told about the childcare vacancy. The agency sent me here.”

"Ah.”

Percy Jackson didn't act as Nico expected. No, the man just raised his eyebrows and looked at him for the first time, seeming to analyze him, dissecting him with his analytical and intense green eyes, as if trying to decide if Nico was worth his time. Which made Nico feel even weirder, wanting to hide and punch that man in the face at the same time.

“Do you have experience with children?” Percy Jackson told him, even though that wasn’t what the man had intended to say. That much was clear to Nico.

"I've been taking care of my brothers since I was a child. Will that do?" When Nico saw that it seemed too disrespectful, he added: "The ad didn't require any specifications.”

"Let me see.”

It didn't seem like it was a request.

"Sure." He shrugged, pretending not to care about the whole interrogation.

Nico handed the phone to Mr. Jackson and felt victorious when the man found nothing wrong. Mr. Jackson just seemed to read it, turned his head to the side and sighed deeply, saying, “Typical of her.”

"If you want, I can leave." After all, no amount of money was enough to get through that kind of humiliation. Or what was yet to come. Nico was never sure what might happen.

"It's not your fault. Come in.”

Mr. Jackson made room for Nico to enter and then the door closed, starting something he could never have predicted.

Thank you for reading. Your thoughts are always welcome, they help me to improve the story.


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auroraescritora - Aurora Escritora
Aurora Escritora

Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing

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