NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XXVI

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XXVI

Oii, como vai? Finalmente consegui escrever mais um capítulo. A gente tem que aproveitar quando a motivação bate à porta. Eu já tenho os próximos dois capítulos planejados, agora só falta escrever.😂😂😂

Desculpe pelos erros, acabei de terminar de escrever, e metade dele, escrevi hoje. O que quer dizer que no futuro vai ser revisado. Espero que vocês gostem.

Boa leitura!

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV / CAPÍTULO XV / CAPÍTULO XVI / CAPÍTULO XVII / CAPÍTULO XVIII / CAPÍTULO XIX / CAPÍTULO XX / CAPÍTULO XXI / CAPÍTULO XXII / CAPÍTULO XXIII / CAPÍTULO XXIV / CAPÍTULO XXV

Percy se afastou lentamente da cama, e andou em direção ao guarda-roupa. Ainda não acreditava no que tinha feito. Nico não era como Luke, ou como um garoto qualquer, onde Percy se divertiria um pouco e depois largaria, sem se importar com as consequências. Não, com Nico era necessário um cuidado extra, ele precisava de tempo e atenção, de ser tratado da forma certa e no ritmo certo para que em sua pressa, Percy não arruinasse tudo. Era por isso que não podia se deixar levar dessa forma, se divertindo mais do que devia com a reação e o desconforto de Nico, vendo Nico ficar mais excitado a cada momento que passava sem nem saber o que fazia.

Será que Nico percebia a facilidade que tinha de entrar naquele estado de submissão? Suas pupilas se dilatavam, seu rosto corava, e até sua postura se transformava, se curvando levemente, o clima mudando drasticamente quando Nico se transformava naquele ser completamente obediente e doce, que até as outras pessoas ao redor percebiam. O pior? Percy se transformava junto, trazendo seu pior lado à tona.

Felizmente, tudo isso tinha ficado no fim de semana. Percy fez questão de guardar essas memórias dentro da caixa que Apolo tinha lhe dado, junto com a coleira e os outros objetos. Entretanto, manteve a tal caixa em cima da escrivaninha ao lado da cama, fora de vista, porém, perto o suficiente se eles decidissem dar um passo além do que ambos estavam confortáveis no momento.

— Per? — Era Nico quem o chamava, o único que usava aquele apelido ou dizia seu nome tão docemente.

Nico estava sentado na cama, dedilhando sua gargantilha com a mesma mão onde a aliança de noivado estava. Ele tinha aquele mesmo olhar perdido e rosto corado, mesmo que eles tenham apenas tomado banho e se vestido para ir o colégio. Percy decidiu ignorar a vontade de prender Nico contra a cama e dar o que ambos queriam, e apenas sorriu, contente em observar Nico.

— O que foi, bebê?

— A gente... está tudo bem?

— É claro que está.

— Então, porque você não me tocou desde... desde a coleira?

Percy parou e pensou: “Hm. Isso era verdade.” Não tinha sido algo consciente ou para punir Nico. Percy só achou que seria bom alguns momentos para eles respirarem um pouco.

— Não se preocupe, hmm? Me dá um beijo.

Percy voltou até a cama e se ajoelhou entre as pernas de Nico, ficando da altura dele, e o beijou. Algo doce e suave. Percy não pretendia transformar o beijo em algo além de uma caricia passageira. O problema era Nico e seus gemidos doces, a forma que ele abriu os lábios e arfou, que enrolou as pernas em volta de sua cintura e o puxou para cima, o convidando a se deitar em cima de Nico. Quando Percy viu, agarrava Nico pelos cabelos, roçando sua língua contra de Nico, engolindo seus gemidos.

Se afastar de Nico foi como emergir depois de longas horas nadando, ele sentia que poderia continuar por mais algum tempo, mas que não seria bom para ele se continuasse. Por isso, descolou seus lábios dos de Nico, respirou fundo e afastou sua cabeça lentamente. Apoiou um joelho na ponta da cama e inspirou, forçando seu coração a bater em um ritmo normal. Já Nico? Ele estava deitado, estatelado no meio dos lençóis, respirando tão fundo quanto ele, porém, completamente feliz e contente em continuar exatamente onde estava, piscando lentamente enquanto o via se afastar.

Parece que ele teria que ser o adulto ali.

Percy praticamente se jogou para fora da cama, para logo em seguida pegar o sapato de Nico e os calçar nos pés de Nico, amarrando os cadarços. Se levantou, foi em direção ao guarda-roupas e pegou suas jaquetas. Ajudou Nico a se sentar na cama e enfim, colocou uma delas em Nico que apenas levantou os braços, se permitindo ser vestido.

Se pudesse, ficaria hoje em casa e se certificaria que Nico continuasse em sua feliz e contente bolha de prazer. Isso é, se não fosse as provas se aproximando. Eles tinham estudado muito para deixar que tudo fosse arruinado agora.

— Você não precisava fazer isso. — Nico disse, seu rosto se esquentando, parecendo voltar a realidade.

Percy apenas olhou para ele e sorriu, pegando suas bolsas do chão, o violão de Nico, e segurou na mão de Nico que agora se arrastava de má vontade pelo carpete, o guiando para fora do quarto em direção a porta de saída.

***

Percy se sentou no banco e fechou os olhos por um momento. A preparação para as provas finais estava começando e os professores estavam decididos a fazer sua vida miserável. Sete trabalhos, testes surpresas e apresentações em grupo, tudo o que ele não precisava nesse momento. Se ele pudesse ter um momento para recuperar o folego tinha certeza que—

— ...cy? Percy!

— Hm?

— Você não escutou nada do que eu disse!

Percy tentou não revirar os olhos, mas parecia que tinha sido em vão. Luke tentava dizer algo que devia ser muito importante, Percy tinha certeza. Algo sobre o time, ou provavelmente sobre a formatura. Na verdade, em sua ausência, Luke estava se mostrando ser um ótimo líder, um bom amigo e alguém que ele podia confiar mesmo que o ciúme sempre fosse falar mais alto.

— Eu sei que você está ocupado com Nico e o futuro da sua vida perfeita. Mas será que pode prestar atenção em mim?

Percy sorriu para Luke e o abraçou pelo pescoço, o fazendo lembrar das milhares de noites onde a solidão o fez buscar refúgio naqueles mesmos braços, mas que não importava o quanto Luke tentasse, nunca seria suficiente para Percy. A realidade é que por debaixo do flerte e da diversão, Luke era mais um que buscava um lugar a qual pertencer.

— Você não precisa de mim. Nunca precisou.

— Percy! Estou falando sério.

— Eu também. — Percy disse. Ele se virou em direção a Luke e segurou no rosto dele, o admirando como Percy raramente fazia. Era uma pena que ele já amava Nico. Luke merecia alguém que o amasse o tanto quanto ele amava Nico. — Vou sair do time essa semana.

— O quê? Por que agora? Tão perto da graduação?

— É uma surpresa. Não vou fazer faculdade aqui.

— Você não pode largar tudo por causa dele!

— Recebi uma boa proposta na Itália.

— Tem certeza? Você se esforçou tanto.

— Você merece.

— Eu? O que eu tenho a ver com isso? — Luke se afastou, se inclinando para trás, e coçou a cabeça, completamente confuso.

— Você vai ser um ótimo capitão.

— Eu... — Luke gaguejou e parou de falar, e Percy pode ver pela primeira vez em muito tempo uma emoção verdadeira passar pelo rosto de Luke. — Você não precisa sair do time. Nós precisamos de você se quisermos vencer.

— Hm. Talvez. Se você insiste.

***

No fim, Percy acabou sendo vencido pelo cansaço, ele seria vice capitão enquanto Luke tomaria seu lugar. O treinador parecia orgulhosos deles por algum motivo, e nada pareceu realmente mudar, ainda que ele não fosse em todos os treinos. Sem os treinos, Percy passou a ter mais tempo para falar com a mãe e planejar os próximos passos, como a faculdade e o casamento. Uma casa. Mas sem que Nico percebesse que algo muito drástico estivesse acontecendo.

— Venha no próximo treino.

— Eu preciso mesmo? — Percy falou para Luke e então se virou para Grover que estava a seu lado, abraçado com Juniper. Grover deu de ombros e Juniper sorriu, a líder de torcida apenas abraçou Grover com mais força e encostou a cabeça no ombro dele.

— O primeiro jogo é daqui oito dias. Por favor.

— Só porque você pediu com carinho.

Percy bagunçou os cabelos de Luke, e Luke se levantou, levando sua bolsa e prancheta junto. Ele observou Luke marchar para fora do pátio e viu Nico aparecer logo em seguida com sua bolsa e violão pendurados no ombro. Uma aparição incomum. Há essa hora Nico estaria na prática de banda se preparando para a apresentação no baile de formatura e não ali, parecendo um cachorrinho abandonado na estrada. Antes que Nico pudesse sumir entre a multidão de adolescentes, Percy correu em sua direção o segurando pelo ombro, o virando em sua direção.

— O que aconteceu?

Percy percebeu imediatamente que algo estava errado. Ele tocou no rosto de Nico e virou o rosto dele em sua direção, o movendo em vários ângulos. Procurou no pescoço e desceu os dedos pelos ombros de Nico, não encontrando nada errado. Isso é, até que Nico o entreolhou pelos cílios e piscou lentamente em sua direção.

— Não aconteceu nada. A prática de hoje foi cancelada. A professora estava ausente. O pessoal ia sair para comer... eu preferi ficar aqui.

— O que aconteceu no caminho até aqui?

— Não foi nada, eu juro.

Percy pensou em continuar com suas perguntas, mas, então, lembrou a promessa de não questionar as ações de Nico. Ele iria confiar em seu bebê.

— Quer descansar um pouco ou quer ir para casa?

Ele sabia que isso não era justo, ficar testando o quanto Nico realmente era dependente dele. Imagina seu alívio ao ver Nico parar e pensar durante alguns segundos, suas sobrancelhas se fincando e biquinho de concentração aparecendo em seus lábios. Nico tirava um peso enorme das costas de Percy sem nem saber; não porque era difícil para Percy continuar decidindo tudo pelos dois e sim porque, dessa forma, Percy sabia que não estava machucando Nico de alguma forma ou aprofundando nenhum tipo de trauma.

— A gente pode descansar um pouco e depois estudar?

Percy gemeu, já se arrependendo de ter perguntado. Nico poderia negar, mas amava torturá-lo com as eternas sessões de estudo. Percy tinha certeza disso.

— Sério? É só nisso que você pensa?

Tudo o que Nico fez foi rir, todo delicado, e segurar na alça de sua mochila, se fazendo de fofo e inocente.

— O que foi? Vai ser bom pra você. Assim, a gente vai treinando para a faculdade. — Nico continuou sorrindo, usando uma voz toda meiga e baixinha, e segurou em suas mãos, o fazendo esquecer a reclamação que estava prestes a vir.

Viu? E depois as pessoas o chamavam de manipular e frio. Isso é porque elas nunca prestaram atenção no que Nico fazia. Percy sorriu de volta e pegou a mochila e o violão do ombro de Nico, andando em direção aos bancos no pátio descoberto. Ele sabia o quanto Nico gostava de deitar sob a luz do sol.

Não era uma visão comum aquela, ele sentado no banco no meio do pátio e Nico com a cabeça em seu colo. Nico tinha os olhos fechados e respirava tranquilamente, enquanto Percy massageava seus cabelos, lento e cuidadoso, tocando nas orelhas pequenas e macias, no pescoço longo, na nuca cheirosa.

— Para de olhar para mim dessa forma. — Nico diz de olhos ainda fechados, embora Percy pudesse sentir o rosto entre suas mãos esquentando lentamente.

— Como eu estou te olhando?

— Como se eu fosse fugir.

— Não é por isso que estou olhando pra você. — Percy continua tocando na pele de Nico, descendo seus dedos pelo pescoço de Nico, e para com a mão sobre a gargantilha, e enfim se inclina sobre Nico, o beijando suavemente sobre o couro. Percy sobe seus lábios e encontra aquele pedaço de pele, bem atras da orelha de Nico, que faz o garoto se arrepiar dos pés à cabeça.

É claro que esse é o momento onde Luke grita para eles encontrarem um quarto.

— De onde é que ele veio? — Nico diz, e algo na voz dele faz Percy parar e encará-lo, vendo Nico abrir os olhos suavemente. Percy poderia se forçar a acreditar que nada estava errado, mas... era tão obvio. — Eu vi você abraçando o Luke.

Então, era isso.

— Ele é só um amigo.

— Eu não gosto disso. — Nesse momento, Nico realmente o encarou e frisou cada palavra. — Como ele foi seu amigo quando eu estava na Itália, é isso?

— Nossa. — Percy estava sem palavras. Era até engraçado, mesmo que no fundo Nico estivesse certo. Qualquer amigo poderia ter se tornado mais quando Nico estava do outro lado do mundo e Percy estava ali, sozinho e solitário.

— O que foi, não isso o que você fez?

— Você está certo. — Percy disse, tentando acalmar seu bebê manhoso. — Eu não sabia que isso era um problema.

— Você não agiu diferente quando eu contei sobre meu ex-namorado.

Hm. Isso era verdade. Como sempre, Nico estava certo.

Percy pensou em se justificar e dizer que eles ficaram bravos por motivos deferentes. Ele não entedia porque Nico teve que ir procurar sexo do outro lado do mundo e Nico não gostava que Percy tinha tentado o substituir com a primeira pessoa que apareceu.

— Eu sinto muito, bebê. Juro que isso ficou no passado. Prometo que isso não vai se repetir.

— Você transar com outras pessoas ou ficar tocando seus “amigos”?

Dessa vez, Percy não aguentou. Ele jogou a cabeça para trás e gargalhou. Deuses! Ele sentiu tanto a falta de Nico, dos ciúmes sem sentido e da obsessão que ambos tinham pelo outro. Mesmo que ele entendesse ser algo erado, era como volta para casa depois de longo dia cansativo.

— Os dois. Não vou fazer nenhum dos dois sem seu consentimento.

Então, a coisa mais fofa aconteceu. Feito o bebê que Nico era, ele fez um biquinho e encheu as bochechas de ar, mostrando seu descontentamento, e logo em seguida se virou de lado, escondendo o rosto em sua barriga.

— As vezes eu te odeio. Odeio esse sentimento que me corrói por dentro. Eu quero você só pra mim. Sei que você faz essas coisas de propósito! — Nico levantou a voz e se afundou mais ainda conta seu colo, se roçando com Percy um pouco além da conta.

Agora, quem estava fazendo o que não devia de proposito?

— Bebê, eu juro. Não fiz iss—

— Percy, quando tempo.

Porra! Ela tinha que aparecer logo agora?

Por um momento as vozes ao redor do pátio pareceram se calar, e um silêncio estranho, como se as outras pessoas tivessem se petrificado no lugar para escutar melhor e ver o que aconteceria. Até Nico pareceu parar de respirar, ficando tenso em seus braços e de costas para Annabeth. E logo quando ele disse que não iria fazer aquelas coisas...

— Per-cy!

— Você não precisa gritar, todo estão te ouvindo. — Ele murmurou, tentando amenizar a situação.

— Quando você vai contra os ingressos para o baile?

— Não sei do que você está falando.

— Você não lembra? Você prometeu.

— Só nos seus sonhos.

Percy não pôde evitar, olhou para baixo e viu que Nico já o encarava, furioso, um olhar tão decidido que ele sabia que teria que fazer uma reparação de danos. Ele mal percebeu que ainda segurava nos cabelos e na gargantilha de Nico, ainda com seus dedos sobre a pele de Nico, possessivo e protetor. A maior surpresa veio em seguida, Nico segurou em suas mãos e as afastou dele, lutando para se levantar, fugindo dele mais uma vez.

Isso foi o suficiente para Percy entrar em ação. Percy luxou Nico para trás, e o virou, o fazendo se sentar em seu colo, mais uma vez de costas para Annabeth.

— Onde você pensa que vai, hm?

— Pensei que você queria conversar com seus amigos.

Ah, tanta mágoa, tanto ciúme, tão amargo. Será que ele seria uma pessoa horrível por sabia que Nico se importava tanto assim, mesmo que fosse através de emoções tão ruins?

— Bebê?

— O que foi?!

Percy levantou a cabeça de Nico, que se negava em encará-lo, e se aproximou do ouvido dele, para que somente Nico pudesse ouvir:

— Eu te amo. Só você e ninguém mais.

— Mentiroso!

— Eu nunca mimaria ninguém como eu te mimo. Nunca faria todos as suas vontades ou me permitiria ficar tão vulnerável se eu não te amasse. Sabe o que mais eu nunca faria?

— O que? — Dessa vez, a voz de Nico saiu bem mais baixa, quase em um sussurro.

— Eu nunca te foderia como eu faço com você. Nunca aceitaria a submissão de alguém que não fosse você. Porque eu escolheria outra pessoa quando a coisa mais perfeita e obediente está bem na minha frente. Hm? Me responda.

Nico se afastou apenas o suficiente para encará-lo, agora seu rosto e orelhas pegando fogo. Sua atitude completamente diferente do que há cinco minutos atras.

— Eu... me desculpa. Eu não quis dizer essas coisas. Eu só...

— Eu devia te castigar. Devia mostrar o que garotos mal comportados merecem.

O momento seria cômico se Percy não estivesse tão excitado, e aparentemente, Nico também estava; ele podia sentir o pequeno volume contra a parte baixa de sua barriga, e a forma que Nico gemeu e se segurou em seus ombros teria lhe dito o que acontecia de qualquer forma.

— Agora, como você vai se desculpar?

— Desculpar? — Nico parecia confuso, mas mesmo assim, se aproximava mais dele, colando seus corpos e o abraçando pelo pescoço.

Nico apenas precisou de um empurrãozinho e seus lábios estavam se conectando. Suas línguas logo se encontraram e gemido arfado veio em seguida. Infelizmente, Percy não podia deixar que as coisas fossem longe demais, afinal de contas eles ainda estavam em público, e seu bebê era bom demais para aqueles olhos de rapina, procurando pela próxima fofoca.

Percy segurou Nico pela parte de trás do pescoço e separou suas bocas, vendo Nico arfar como se tivessem feito muito mais do que compartilhar um beijo rápido. Talvez não fosse uma boa ideia deixar Nico muito tempo sem sexo.

— Que tal a gente ir para casa, hm? Tomar um banho relaxante? Prometo que amanhã a gente estuda o quanto você quiser.

Nico apenas acenou, piscando lentamente. Ele ajudou Nico a pegar suas bolsas e quando se levantou, Annabeth ainda estava parada no meio do caminho, mais perto do que Percy gostaria que ela estivesse deles. Bem, isso não importava. Contanto que Annabeth não se intrometesse em sua vida, ela podia fazer o que quisesse, mesmo que isso significasse o vigiar feito um gavião.

Obrigada por ler! Comentários sempre me motivam.

More Posts from Auroraescritora and Others

2 years ago
I Sit With My Grief. I Mother It. I Hold Its Small, Hot Hand. I Don’t Say, Shhh. I Don’t Say, It’s
I Sit With My Grief. I Mother It. I Hold Its Small, Hot Hand. I Don’t Say, Shhh. I Don’t Say, It’s
I Sit With My Grief. I Mother It. I Hold Its Small, Hot Hand. I Don’t Say, Shhh. I Don’t Say, It’s
I Sit With My Grief. I Mother It. I Hold Its Small, Hot Hand. I Don’t Say, Shhh. I Don’t Say, It’s
I Sit With My Grief. I Mother It. I Hold Its Small, Hot Hand. I Don’t Say, Shhh. I Don’t Say, It’s

I sit with my grief. I mother it. I hold its small, hot hand. I don’t say, shhh. I don’t say, it’s okay. I wait until it is done having feelings. Then we stand and we go wash the dishes.

– Callista Buchen, from Taking Care


Tags
art
9 months ago

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XXIII

Oiiiiiii, tudo bem? Então.... eu disse que não ia voltar tão cedo, ne? O que eu posso dizer? Consegui escrever um capítulo essa semana! Mas quase não saiu. Acho que eu estava precisando recuperar as forças, mesmo que eu não me sinta muito melhor que dias atrás.

De qualquer forma, estou aqui! Também descobri que eu tinha algumas cenas já prontas para postar, o que eu vou fazer nos próximos dias. Acho que eu não postei porque quando eu me sinto mal é quando minha autocrítica autodestrutiva mais ataca. Tudo isso para dizer que tem vezes que eu leio o que escrevo e tudo parece um desastre e outras, eu me divirto enquanto escrevo ou reviso. Felizmente no momento estou no aspecto positivo da autocrítica.

Também vou começar a postar algumas coisas mais aleatórias, ok? Eu tinha por aqui um blog de dicas de escritas, e às vezes ainda tenho vontade de fazer posts assim. Então, se aparecer esses tipos de posts ou posts com algumas anotações, relevem. Vou encarar esse blog como um diario. A verdade é que eu gosto de documentar coisas que eu leio e prendo, para assim quando chegar no fim do ano eu ter uma prova de que não fiquei apenas olhando para o teto sem evoluir em nada.

Por enquanto é isso. Peço desculpas novamente para as pessoas que tem que aturar minhas mudanças de humor e ainda estão por aqui, mas... acho que essa sou eu, às vezes tudo está bem e outras, nada está. Principalmente peço desculpas a minha beta😫 estou com muita vergonha para pedir desculpas pessoalmente, por isso espero que você veja isso e me perdoe. Não vou pedir ajuda para ninguém até eu acabar essa história (pra não perder o tempo de ninguém), o que talvez nem aconteça. Então, eu acabar essa história não é uma certeza, mas vou tentar. E com certeza não vai ter capítulos novos todas as semanas, vou tentar meu melhor, porém, não vou me forçar como eu fazia no passado.

Obrigada por me ouvir e boa leitura!

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV / CAPÍTULO XV / CAPÍTULO XVI / CAPÍTULO XVII / CAPÍTULO XVIII / CAPÍTULO XIX / CAPÍTULO XX / CAPÍTULO XXI / CAPÍTULO XXII

PS: Por enquanto a versão em inglês está em hiatus. Quando eu tiver tempo, vou continuar. Vou aproveitar que as ideias estão vindo para escrever bastante, assim, que burnout vir, porque eu sei que ele vai vir continuo com essa versão.

OBS: Como eu disse antes, percebi que tinha um capítulo pronto. Vamos regredir uma ou duas cenas e continuar daí. Também dei uma revisada na história inteira, ela está aqui no AO3.

CAPÍTULO XXIII

— Bom garoto. Tão obediente. — Nico fechou os olhos bem apertado e se negou a responder, sentindo seu corpo balançar com o efeito do orgasmo.

Não que ele fosse capaz no momento. Não, Nico acha que nunca tinha gozado com tanta força em sua vida, e ouvir Percy falar assim com ele, o fazia estremecer ainda mais. Nico achava que nem o próprio Percy sabia o que essas palavras faziam com ele, o tom de voz aveludado e agora o toque suave que o acalentava depois de algo tão intenso. Não era apenas isso, era a forma como Percy falava com ele, como se Percy realmente estivesse orgulhoso; era a forma que Percy olhava para ele, o analisando friamente dos pés à cabeça e, ao mesmo tempo, com aquela fome no olhar que o fazia querer obedecer a cada ordem. Ele não conseguia lidar com isso, então, era melhor apenas se sentir grato por esse momento estar acontecendo.

— E, então? — Nico ouviu Percy dizer, o sentindo tocá-lo e massagear seus braços, chegando em seu pulso para enfim abrir a algema. Engraçado, para quem tinha medo de ser preso, ele nem hesitou quando Percy sugeriu.

— Então, o quê? — Nico murmurou, ainda ligeiramente desorientado. Ele nem mesmo conseguiu levantar os braços, permitindo que Percy continuasse a massagear a pele avermelhada.

— Foi bom ou ruim?

— Hmm?

— Você gostou do que eu fiz?

Não era obvio?

— Eu gozei duas vezes.

— Não quer dizer que você tenha gostado.

— E você, gostou? — Nico rebateu, tentando se mover, o que apenas o fez cair para trás feito uma jaca podre.

Quando Percy não respondeu, Nico olhou para ele. Era bem claro o que acontecia, Percy e seu complexo de mártir. A verdade é que ele tinha gostado, ambos tinham, e isso parecia ser um problema para Percy.

— Eu gostei, tá bom? Quer dizer, seu queixo ainda está molhado.

Para provar a evidência do crime, Nico se esticou todo, gemendo de dor em seus músculos e passou os dedos no rosto de Percy, mostrando o líquido a Percy.

— É, eu acho que sim. — Mas Percy ainda tinha aquela expressão analítica, quase rígida demais, como se estivesse se preparando para dar a próxima ordem, o que se tornou verdade no final. — Fique aqui.

— Para onde eu iria?

— Com você eu nunca sei. Só não… fuja. Tudo bem?

— Eu disse que não vou fazer isso de novo. Até quando você vai me culpar por isso?

— Eu sinto muito. — Percy tentou sorrir, e quando isso não funcionou, ele deu as costas a Nico, que caiu mais uma vez nos travesseiros.

Parecia que Nico não era o único traumatizado pelo passado. O que ele podia fazer? Essa era a história deles, às vezes feliz, outras, problemáticas. Nico não trocaria o que viveram por nada nesse mundo. Onde ele estaria se não tivesse conhecido Percy em um banheiro público de escola? O que ele teria feito se Percy fosse igual aqueles garotos? Pelo menos, eles não estariam nesse impasse. Será que se… que se ele forçasse as coisas só um pouquinho, Percy veria que não havia motivo para tanta culpa? Afinal, Percy sempre gostou da verdade e de coisas bonitas…

— Nico.

Se assustando, Nico viu o rosto de Percy perto demais e segurou nos ombros de Percy, o afastando.

— No que você anda pensando, hmm? Conheço bem essa carinha.

— Não sei do que você está falando.

— Você não está aprontando, está? Se comporte.

— Eu sempre me comporto. — “A não ser quando eu preciso agir”, Nico pensou, colocando sua expressão mais inocente.

— Vou acreditar em você.

Percy se sentou a seu lado e começou a limpá-lo. Em seu peito, abdômen e então no meio das pernas de Nico, suavemente deslizando uma toalha umedecida, chegando em sua entrada.

— Você não precisa fazer isso.

— Eu quero fazer. — Percy murmurou, o beijando no rosto. — Você tinha razão. Eu estava ausente, prometo que vou te recompensar.

— Que tal começando agora. Me deixa te chupar?

— Como isso pode ser uma recompensa para você? — O importante nisso tudo é que finalmente Percy tinha sorrido, acariciando seus cabelos.

— Isso é um sim ou um não?

— É um talvez depois. Agora, está na hora do bebê tirar uma soneca.

— Eu não sou um bebê.

— Então por que você está bocejando no meio da tarde?

Era uma boa pergunta.

Nico só deixou que Percy o cobrisse porque ele tinha se deitado a seu lado e o abraçado bem forte, também entrando debaixo das cobertas junto com ele.

***

Por algum motivo, Percy se sentia exausto. Ele se permitiu relaxar no travesseiro, colado contra as costas de Nico e fechar os olhos, apenas por um momento, apenas o suficiente para sentir o peso sair de suas costas. Era um peso metafórico, é claro, um peso que ele nem sabia estar ali. Percy nunca imaginou que a culpa poderia drenar alguém a ponto de afetá-lo fisicamente. As coisas também eram assim no passado? Percy não conseguia se lembrar. Esse era um mal hábito que tinha desenvolvido, outra muleta psicológica, ele sabia. Percy se esquecia e guardava a sete chaves no fundo da mente tudo o que fosse traumático ou frustrante.

Quer saber? Percy tinha decidido não pensar no que fosse ruim ou bom, bem ou mal, e se concentraria no que fosse o certo para eles. Eles estavam confortáveis com isso? Ótimo! Parecia divertido? O fazia se sentir bem? Então, seria o que eles fariam. O que adiantava fazer o que era considerado como “normal” se isso causava tanta dor, e não do tipo que Nico parecia gostar? Era melhor se ele falasse com a mãe, só para tranquilizá-la. Percy sabia melhor do que ninguém que Sally o perturbaria até que ele se confessasse para ela.

Se sentindo cansado mais uma vez, Percy saiu debaixo das cobertas, tentando não acordar Nico e viu algo caído no chão. Ele deu a volta na cama e ali no meio do caminho estava o diário que tinha dado a Nico. O diário estava aberto no início das primeiras folhas e tinha uma caneta presa, marcando a última página escrita.

Ele também já tinha se esquecido disso. Felizmente, parecia que mesmo ele sendo uma pessoa horrível, Nico ainda era o mesmo doce garotinho, sempre o obediente. Sim, Percy pôde ver que Nico já tinha escrito algumas palavras e tinha personalizado a contracapa:

DIÁRIO DO NICO Se perdido, devolver para o Percy!

Percy teve que rir, já se sentindo leve. Tinha até uns desenhos bonitinhos de corações, anjinhos e diabinhos ao redor das letras. Entretanto, o que realmente chamou sua atenção foi a página em que a caneta estava presa.

“Eu adoro aquele tipo de espaço mental em que eu quase flutuo, quase delirante, sabe? Minha cabeça fica leve e eu não faço ideia do que quero fazer, só quero o que você quiser que eu faça. Na maioria das vezes, tudo o que sei é que quero ser fodido com tanta força que eu mal consiga falar e tudo o que eu consiga fazer seja pequenos gemidos quando você me perguntar alguma coisa.” “Quero o tipo de sexo que deixa marcas nos meus quadris e a forma das suas mãos na minha pele. O tipo de sexo que deixa o meu peito coberto de mordidas e as suas costas cheias de arranhões. Quero o tipo de sexo que faz o meu corpo doer e pulsar e que me faça te sentir entre as minhas pernas no dia seguinte.”

Esse era um trecho que parecia se destacar das outras páginas, algo escrito às pressas, em garranchos despreocupados, á tinta preta e sem decorações ao redor, como se Nico não quisesse passar muito tempo com aqueles pensamentos e só precisasse despejá-los no papel. Esse foi o real motivo que o fez encarar aquelas palavras por longos momentos, estático, parado no meio do quarto com Nico ainda dormindo tranquilamente, sem nenhuma preocupação.

Era impossível não comparar os dois estilos tipográficos. De um lado da folha, vinhas e arvores que pareciam se entrelaçar até os céus, acompanhados por linhas de poemas, simples e bonitas, do outro, uma prosa desajeitada e vulgar, permitindo a Percy ver os dois lados de Nico que ele raramente via juntos. Tinham outros desenhos, é claro. Um demônio e um anjo que ocupavam uma página inteira, descrições de personalidade e características físicas, algumas poucas linhas de narração que na página seguinte eram interrompidas por mais garranchos com pensamentos soltos.

“Quero que você me abrace e me toque, quero que você me faça sentir seguro e pequeno, feito o bebê que eu nego ser. Quero que você me diga quando ninguém estiver vendo: "Como está o meu garoto? Ele se comportou?" Quero ter regras e quero ter que pedir autorização. Quero ser disciplinado quando não faço o que você mandar.”

Percy teve que parar de folear o diário e olhar para Nico dormindo cama.

Ele... porra! Ele queria fazer tudo isso, queria fazer todos os desejos de Nico se realizarem. E sabe por quê? Eram os mesmos que os seus. Cada palavra e confissão parecendo ser algo que ele faria se a culpa não o tivesse impedido até aquele momento. Será que essas fantasias realmente eram de Nico? Ou será que era algo que Nico tinha escrito para se vingar dele? Ou, pior ainda, era o que ele tinha levado Nico a acreditar que ambos queriam? Mas, ao mesmo tempo, Percy conseguia reconhecer Nico em cada linha, seja desajeitada ou elegante, misturado a influência que ele tinha sobre Nico e outras coisas e momentos em que Percy não esteve presente para moldá-lo.

Sinceramente? Percy estava aliviado. Saber que Nico tinha tido outras experiencias e conhecido outras pessoas e que mesmo depois de tudo isso Nico ainda tinha voltado para ele, tirava mais uma parte do peso que ele nem sabia que levava. Entretanto, a questão importante era: Como ele poderia fazer... tudo isso sem passar dos limites? Como ele poderia se certificar que Nico não sairia disso o odiando de verdade?

Ele... Percy precisava de ajuda. E de algumas coisas, também. Algo que fizesse Nico entender a seriedade da situação, do quanto ele desejava que Nico permanecesse seguro e feliz. Parece que esse era o momento de agir.

***

Nico abre os olhos e a primeira coisa que nota é a luz do sol entrando pelas persianas, o cegando momentaneamente. Sua cabeça pulsava com uma dorzinha irritante nas têmporas, mas seu corpo estava o mais relaxado em que ele já esteve. Sua visão estava turva também, atordoado pelas endorfinas que ainda pareciam manter seu corpo calmo e sua mente maravilhosamente vazia, como se toda a ansiedade tivesse sido sugada por uma mangueira compressora. Nem mesmo suas aventuras com garotos mais experientes tinham causado esse tipo de reação nele.

Ele olhou para o lado, esperando encontrar Percy e recebeu em troca a ausência e um pedaço de papel, Percy nem mesmo tinha deixado seu calor para trás, o que significava que Percy tinham se levantado tempos atras.

Bem, Nico não deveria criar expectativas quando Percy estava lidando tão mal com as coisas nos últimos tempos. E ele disse que daria tempo para Percy se acostumar com as coisas, não disse? Mesmo que fosse difícil continuar esperando por algo que talvez nem fosse acontecer, ele não tinha outra escolha. Era melhor ter a companhia de Percy do que não ter nada. Mas isso não queria dizer que ele não fosse tentar seu máximo para conseguir o que queria.

Se dando por vencido, Nico se sentou na cama e pegou o bilhete.

“Você dormiu bem? Eu tive que sair rapidinho. Prometo estar de voltar para o café da manhã. Me espere. Per.”

Era só isso? Era o que ele merecia depois de sentir seu mundo sacudir? Isso era tão justo! Chega! Ele iria tomar uma atitude imediatamente.

Esquecendo da dor de cabeça e os dos músculos doloridos, Nico amassou o bilhete, o jogou em algum lugar em direção ao cesto de lixo e marchou até parar em frente ao guarda-roupa. Isso era tão ridículo! Nunca pensou que chegaria o momento em que ele teria que se rebaixar a tanto. Ele pegou a caixa com seus brinquedos, enfiou a mão no fundo dela e pegou uma embalagem lacrada, de cor preta. Era algo que a vendedora tinha sugerido e já que ele tinha comprado coisas piores, não era isso que o tornaria uma pessoa ruim. Nico colocou o pacote em cima da cama, pegou os itens que iria precisar e entrou no banheiro. Iria mostrar para Percy quem mandava ali.

***

Percy se sentia bem melhor agora.

Como ele poderia explicar? Bem... tinha um lugar, um tipo de bar, e ele tinha ficado curioso, sabe? Percy nunca participou, entretanto... ele tinha assistido e entendido bem rápido como as coisas funcionavam. O que ele podia fazer? Sua mãe sempre dizia que conhecimento era algo que ninguém podia tirar de você, e de fato, tinha sido algo difícil de esquecer. Talvez ele tivesse ficado entediado sem Nico por perto ou talvez quando ele se viu sozinho, sem ninguém para vigiá-lo... por que não? Sendo que Percy não precisava mais ser o cara bonzinho?

O fato era, Percy tinha descoberto que ele fazia aquelas coisas sem precisar que ninguém o ensinasse. Pelo menos ali, aprendeu que o que ele fazia era errado se Percy não pedisse permissão antes.

Um bom exemplo disso eram as palavras, pequenas sugestões que se repetidas poderiam se tornar em comportamentos condicionados, como quando você ensina seu cachorro a dar a patinha em troca de petiscos. Pessoas tinham as mesmas tendencias e vontades semelhantes, também. Algumas mais assertivas e outras, mais obedientes. Era um dinâmica normal, nada forçado, é claro, apenas modos de comportamentos onde cada um se sentia mais confortável para se expressar. E isso era só o começo, nem sequer era algo sexual ou romântico, apenas atitudes que a maioria das pessoas não reparavam. Sua psicóloga da época tinha sugerido algo parecido. Não que ele fosse atras desses tipos de clubes e sim que Percy analisasse por que ele se sentia tão codependente de Nico ou porque Percy se sentia tão frustrado. E como parecia estar relacionado a sexo, ele pensou... por que não? Sua mãe tinha apoiado a ideia e, seu irmão e Grover, amado mais ainda. Assim, como uma família unida, todos foram investigar o bar, incluindo sua mãe.

O importante era que quando ele descobriu o que fazia com Nico já era tarde demais, Nico tinha ido embora e ele tinha ficado sozinho, com todas aquelas ideias e ninguém para testá-las. Percy não se orgulhava do que tinha feito, mas não se arrependia tão pouco. Sendo sincero? Ele não se importava com aquelas pessoas e se ele tivesse magoado algumas pelo caminho, não era da sua conta. Percy nunca prometeu nada a elas, cansando de avisar o que aconteceria no fim.

Era por isso que Percy estava ali naquela manhã, um bar vinte e quatro horas que funcionava como lanchonete durante o dia. Fazia mais de um ano que Percy não entrava lá, mas como eles eram o lugar que ele mais confiava, teria que ser ali mesmo.

Percy respirou fundo e entrou pelas portas de ferro negras, chegando a primeira área onde havia mesas e cadeiras de madeira que ao anoitecer seriam retiradas para dar lugar a pista de dança. Continuou andando mais ao fundo e encontrou o bar, um balcão longo junto a uma cozinha espaçosa, vendo os garçons pegarem pratos de comida para serem entregues. Ele só esperava que ningue--

— Percy, querido. Quanto tempo!

— Vanessa. — Percy disse e se virou, vendo sua “professora” favorita. Ela era uma dominatrix atenciosa, bondosa e firme, algo que ele sempre quis ser e que nunca teve a paciência. Em comparação a ela, Percy era ansioso e um tanto cruel. Quem sabe um dia?

— O que te trás aqui? Finalmente procurando companhia? Tenho um submisso que--

— Não dessa vez. — Percy disse e sorriu, negando educadamente. — Estou procurando Apolo. Será que ele está por aqui?

— Ah, isso é tão bom. Quem é o garoto?

— Alguém novo.

— Hm, entendi. — Mas ela parecia o julgar como todos faziam.

— Não tão novo. Ele é novo na cena.

— Ah, tudo bem. — Vanessa voltou a sorrir e saiu de trás do balcão. — Eu sei exatamente o que você quer.

Então, juntos, eles passaram por mais uma porta, subiram uma escada em caracol e chegaram no segundo piso, cheio de portas com quartos particulares, alguns com janelas que permitiam ver dentro dos quartos e no fim do corredor, uma porta grande de metal negro que eles também entraram.

Realmente, aquela sala era o que Percy estava procurando. Ele sentia que se trouxesse Nico ali, o garotinho iria passar algumas horas perguntando para o que aquelas coisas penduradas na parede serviam. Também havia um balcão mais ao fundo do cômodo, onde um homem alto e loiro lia uma revista, usando um fone de ouvido.

— Ei. — Percy disse assim que se aproximou.

Apolo olhou para cima e no mesmo momento tirou o fone e se levantou, correndo em sua direção. Estava tudo bem, porque Percy estava preparado. Ele abriu os braços e deixou que Apolo o abraçasse o quanto quisesse, se esfregando nele.

— Ah, olha o nosso pequeno Dom. Tão crescido. Você tem malhado? Aposto que os garotinhos te perseguem.

Não desde que Nico tinha voltado, mas esse era outro assunto.

— Só um. Eu estava procurando algo específico.

— Eu sei exatamente o que você precisa.

— Eu não disse nada ainda.

— E nem precisa.

Apolo sorriu todo esfuziante, pegou uma cestinha de compras e começou a andar pelos corredores e prateleiras.

— Deixa eu ver. Algo discreto para o dia.

Apolo esticou a mão e pegou uma gargantilha, algo no estilo gótico. Uma tira de couro maleável e discreta com cristais pequenos a enfeitando.

— Algo para brincar.

Dessa vez Apolo pegou uma coleira rosa clara, pesada e com grandes furos, com uma plaquinha de identificação e um fecho para colocar uma guia se ele quisesse.

— Algo para mantê-lo quietinho e comportado, sim?

Finalmente Apolo pegou uma focinheira com uma bola no meio, uma venda de ceda e algemas macias.

— Pronto. Isso deve bastar.

— Eu não posso, isso é muita coisa.

— É um presente para nosso Dominador júnior!

— De verdade, eu não posso--

— Ah! Está faltando uma coisa!

— Apolo, não!

— Sim.

Antes que Percy pudesse impedi-lo, Apolo voltava com uma palmatoria. Sua superfície era toda em couro preto, feito de um material rígido, mas a ponta dela tinha um acolchoamento macio que traria dor sem deixar muitas marcas.

— Apolo!

— Vamos, é só dessa vez. Eu nunca vi você interessado em ninguém. Considere um presente de boa sorte.

— Exatamente! Eu não posso aparecer com isso. Ele vai pensar que eu--

— Ele não está errado.

Percy bufou e desistiu de discutir. Apolo era tão ridículo que isso tornava impossível contrariá-lo.

— Além do mais... — Apolo continuou, embalando os itens em uma caixa bonita. — Já que você me rejeitou, o mínimo que você pode fazer é aceitar meu presente.

— Quanto ficou? — Percy, para sua própria sanidade, decidiu ignorá-lo, e pegou a carteira.

— Você não ouviu o que eu disse? É um presente.

— Qual é! Isso vale pelo menos mil reais.

— E daí? Eu sou rico.

— Eu também sou.

— Parece que estamos em um impasse. — Apolo fez uma careta de tristeza e balançou a cabeça. — Parece que o seu garoto vai ficar muito decepcionado, então.

— Ele não sabe que eu estou aqui.

— É uma surpresa? Eu não sabia que você era um romântico. — Dessa vez, não havia nenhuma ironia na voz de Apolo. — Estou me sentindo muito solteiro agora.

Percy tinha esquecido como Apolo podia ser dramático. Ele era bonito, isso Percy não podia negar. Entretanto, beleza não era tudo na vida, mesmo que ajudasse muito.

— Vanessa! Me arruma um dom agora mesmo!

Percy se virou e lá estava Vanessa, os observando de longe como se assiste uma série de comedia.

— Eu fiz, três vezes no último mês.

— Você chama aquilo de dominação? Minha mãe é menos vanila do que aquilo.

— Por favor, me poupe. — Vanessa cruzou os braços e revirou os olhos.

— Custava me apresentar alguém alto, gostoso e com atitude? Será que é muito?

Foi a vez de Percy revirar os olhos. Ele queria dizer que essa era a primeira vez que algo parecido acontecia. Ele jurava que não estava tentando se gabar, mas... de fato, Percy pensou que esses dias de D/s tinham ficado para trás. Mas ali estava ele, pedindo ajuda para essas pessoas.

— Se comporte. — Percy se pegou falando, já irritado pela situação. O pior é que Apolo imediatamente endireitou a coluna. E ele teve que completar: — Não se atreva.

Também não seria a primeira vez que Apolo se ajoelharia sem nem perceber.

— Tão malvado.

— Olha, eu agradeço a ajuda, mas eu tenho que--

— Está tudo bem? — Apolo perguntou, agora sério. — Você disse que nunca dominaria ninguém. É sobre o garoto que te fez sofrer?

— Talvez. — Percy deu de ombros. — Não é culpa dele.

— Tudo bem. Você precisa de ajuda? Talvez uma mediação?

— Não. Eu consigo. — “Talvez”, ele queria ter dito. A verdade é que Percy não conseguia nem mesmo pensar em ter que dividir Nico com alguém ou deixar que outras pessoas assistissem. Percy não sabe se conseguiria se controlar. — Não precisa se preocupar.

— Tem certeza? A gente podia dar uma ajuda pro pobre do garoto. Ele sabe no que se meteu?

— Não precisa se preocupar. — Repetiu.

O pior era que Percy não estava mentindo. Nico sabia muito mais do que ele gostaria.

Por enquanto é isso. Até que eu gostei desse capítulo. Não sei, acho que consigo ver um amadurecimento no Percy. Pelo menos ele está tentando ser responsavel. Vou adorar saber a sua opnião ou possiveis sugestões e feedebacks. Provavelmente semana que vem estou de volta, já que eu tenho mais algumas cenas prontas.

Até proxima!


Tags
1 year ago

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO III

Oii, como vai? Capítulo na hora prometida. Nesse capitulo vamos entender mais um pouco sobre a relação deles. Devagar vai chegar lá, e desde já obrigada pela presença e apoio^^

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II

O sinal bateu bem na hora em que Nico bocejou, levando a mão à boca. 

— Você quer ir pra casa? — Percy perguntou, parando de escrever na folha de questões sobre física, momentaneamente, parecendo pensar seriamente sobre alguma coisa para voltar a escrever apressadamente, sem desviar sua atenção da tarefa, tudo isso enquanto segurava em uma de suas mãos, como se Nico fosse sair correndo no caso de Percy não estar lá para impedi-lo. Era quase engraçado, eles sentados em uma roda de seis ou sete pessoas no chão da biblioteca enquanto ele observava Percy fazer todo o trabalho pesado.

Ele queria dizer para Percy que não estava cansado, que era só o fuso horário. Mesmo que ele tenha chegado há dois ou três dias, ainda não tinha se acostumado e mal tinha conseguido dormir nas noites anteriores, sem mencionar o clima que era bem mais ameno do que na Itália, o clima frio o fazendo ficar com sono facilmente. O problema era que Percy disse que seriam dez minutos que viraram trinta e agora, uma hora e meia depois, sentado no meio dos colegas de classe, eles resolviam as questões que o professor tinha entregado, valendo nota. Ele sabia que devia estar ajudando Percy com a tarefa, igual os outros estavam fazendo, trabalhando em pares, mas como Percy parecia feliz em escrever sozinho, Nico deixou que Percy se divertisse, observando a expressão séria e concentrada no rosto do amigo, que enfim, levantou o rosto e o encarou, sorrindo, como se apenas naquele momento tivesse lembrado da presença de Nico.

— Desculpa. Eu sempre acabo fazendo essas coisas sozinho. Não tenho paciência para ficar enrolando.

Percy estava certo. As pessoas ao redor estavam escrevendo, mas elas também conversavam em voz baixa, discretas, porém óbvias.

— Eu prometi. Vamos.

— Você pode terminar, eu não me importo.

— Eu terminei.

Percy estava certo mais uma vez, Nico espiou a folha no colo de Percy e viu que todas as questões estavam preenchidas com respostas completas.

— Você quer levar para casa e estudar?

— Não, não precisa.

Então, ele estava se levantando, Percy atrás dele, o apoiando pelas costas e guardando a folha dentro da bolsa. Ninguém pareceu vê-los sair, apenas a bibliotecária os cumprimentou na saída e finalmente eles estavam livres, o sol de fim de tarde ainda brilhava, trazendo um pouco da umidade e calor que ele tanto sentia falta. Contente, Nico deu alguns passos para fora dos corredores, indo em direção ao pátio descoberto e fechou os olhos, deixando que os raios de sol o esquentassem suavemente. É claro que logo Percy estava a seu lado, segurando sua mão, como sempre havia sido. A presença de Percy sempre acalentadora, ele até podia sentir o olhar do amigo sobre ele.

— O que foi? — Ele teve que perguntar, ainda de olhos fechados.

— Eu te mantive em cárcere privado, não foi?

— Não seja ridículo. — Nico quase revirou os olhos de impaciência, querendo sair logo dali, se contentando em passar mais alguns minutos sobre o sol.

— Não fica bravo comigo.

— Não estou bravo. — Ele quase não deu importância ao que Percy falava, Nico conseguia sentir o tom brincalhão retornando com força. Porque, no fim, o que Percy queria era atenção.

— Hmm, não. Isso não pode ficar assim.

Nico abriu os olhos e viu que sem perceber, já estavam no estacionamento do colégio. Esse tinha sido seu maior erro, porque enquanto ele estava distraído com o céu limpo e o clima agradável, perdeu o momento em que Percy o encurralou contra a parede do estacionamento e levantou as próprias mãos e… e as enfiou contra sua barriga e abdome, começando uma guerra de cócegas. Ele não se lembrava da última vez que alguém tinha tido a coragem de fazer aquilo com ele. De fato, Percy tinha sido o último, dois anos atrás, antes dele viajar para longe. Naquela época quando Nico ficava quieto por muito tempo essa era a tática favorita que Percy tinha para fazê-lo falar ou reagir; ele tinha que admitir, não sentia saudade dessa tortura humilhante, mas o contato era bem-vindo. Contraditório, não? Parecia que qualquer coisa que Percy fizesse naquele momento seria recebido de boa vontade.

— Percy Jackson! — Ele guinchou e se desenrolou das mãos de Percy, correndo para longe daqueles longos dedos incansáveis. É claro que ele não teria paz! Percy veio correndo atrás dele, gargalhando feito um maníaco e com pernas medindo o dobro das suas, Percy em meros minutos o alcançou, o segurando pela cintura.

— Ni-coo… — E tudo bem, agora que ele analisava as coisas… eles não tinham as brincadeiras mais inocentes, porque a forma que Percy o segurava apertado, costas contra peito e boca bem perto de seu ouvido… era exatamente como as coisas costumavam acontecer no passado.

— Eu te perdoo! Te perdoo.

— De verdade? Você não está falando isso para depois se vingar de mim de formas lentas e cruéis?

— Eu nunca faria isso!

— Mentiroso. — Percy disse na mesma forma doce e baixinha contra sua pele, parecendo que não iria soltá-lo tão cedo.

— Percy! A gente não é mais criança!

— Não é mesmo. — Percy voltou a murmurar e deu uma risadinha seca que fez os cabelos em sua nuca se arrepiarem. Isso é, antes de Percy o virar de frente e se aproximar mais ainda dele, encostando sua testa a dele. E talvez, esse gesto seria algo comum quando eles estavam longe de olhares curiosos, debaixo das cobertas, nas milhares de vezes que ele dormia na casa de Percy já que apenas as empregadas e Bianca estariam o esperando em casa. Quando eles eram pequenos parecia algo afetuoso e inocente, mas agora… bem… ainda parecia afetuoso. — Você quer jantar? O restaurante ainda está aberto.

Mas como ele podia pensar em comida quando eles estavam tão próximos, respirando o ar do outro? Quando as mãos de Percy estavam em sua cintura e em seus cabelos, não permitindo que ele desviasse o olhar? Quando ele o abraçava de volta? Seus corpos prensados juntos e mesmo através das roupas ele podia sentir o calor de Percy.

— Nico… Niccolas… — Por que Percy tinha que sussurrar seu nome daquele jeito? Porque ele tinha que tocá-lo daquele jeito? Tão forte e firme, como se temesse que ele fosse desaparecer a qualquer momento. Ele… ele não sabia se estava pronto.

Tão perto agora… a cabeça de Percy veio em direção a sua e… e… e ele deixou o ar sair, fechando os olhos.

— Comida. Comida é uma boa ideia. Certo? — Ele engoliu em seco por um momento, mas quando Percy não fez nada além continuar o abraçando sem se aproximar mais, Nico abriu os olhos, vendo seus olhos intensos sobre ele, queimando feito labaredas.

— Você está com medo de mim. — Tinha sido uma afirmação, a luz nos olhos de Percy parecendo sumir junto com seu sorriso brincalhão.

— Não… eu não… eu só… não estou pronto?

— É isso mesmo? Ou é outra coisa? Eu não quero ser uma dessas pessoas…

Ele entendia o que Percy queria dizer. Percy nunca faria algo para abusar de sua confiança mesmo que tentasse. Ele confiava em Percy, era em si mesmo que Nico não confiava. Se ele já estava assim em menos de vinte e quatro horas perto de Percy, o que aconteceria se ele se deixasse levar? Temia que… que a obsessão retornaria ainda mais intensa do que antes.

— A gente pode ir devagar? — Nico enfim conseguiu cuspir para fora, se sentindo estremecer.

— É claro. Tudo o que você quiser. — E Percy parecia falar sério. Percy o observou por mais uns momentos, como se decidisse algo importante e deu um passo para trás, apenas o suficiente para segurar em sua cintura e o guiar até o carro que estava parado perto da saída do estacionamento.

Percy abriu a porta para ele, pegou ambas suas mochilas e as colocou no banco de trás, dando a volta rapidamente para se sentar a seu lado, parecendo ansioso. Não era aquela ansiedade do tipo de quem estava bravo ou irritado, era mais… alguém cheio de energia e que não sabia o que fazer com isso. Restou a Nico relaxar contra o assento do carro e encostar a cabeça no apoio, quem sabe quando eles chegassem no restaurante a tensão que ele sentia teria se dissipado.

***  

— O que você acha?

Era um lugar bem aconchegante e acolhedor, a decoração era feita de forma simples e em confortáveis tons vermelhos, como algo que ele veria na casa de sua avó já falecida há alguns anos. Ele sentia vontade de sentar em uma das poltronas perto da recepção, fazer um chocolate quente e se sentar perto da lareira com um cobertor sobre seus ombros.

— Eu gostei.

— Tenho uma reserva. — Percy disse todo orgulhoso. Eram seis horas da tarde em ponto, o que significava que Percy tinha planejado tudo aquilo, matar tempo na escola para trazê-lo ali na hora certa.

— O que eu faço com você, hein?

— Que tal dizer “Obrigado, Percy. Você é tão atencioso”.

— É assim que você dá em cima das pessoas?

— Está funcionando?

Nico suspirou e aceitou a mão que Percy oferecia, o guiando em direção ao maitre. O lugar era específico demais. Provavelmente outras pessoas da idade deles não gostariam do lugar tanto quanto Nico tinha gostado. O pior era que ele não odiava nenhum pouco isso, Nico apreciava o esforço que Percy tinha feito para encontrar algo tão… tão a sua cara, como se tivesse encontrado um pedacinho da Itália apenas para que ele se sentisse melhor.

— Você não precisava.

— Eu quis que você se sentisse bem vindo. — Ele não precisava olhar para Percy para entender o que aquelas palavras realmente significavam, porque o que Percy realmente queria dizer era “Eu quero que você se sinta em casa para nunca mais precisar ir embora”. 

Ele não sabia desde quando tudo era tão óbvio. Cada palavra e cada gesto. Era como se eles estivessem dançando, como se soubessem cada passo e só estavam esperando a música acabar para enfim… certo. Ele, então, levantou a cabeça e encarou Percy que naquele momento parecia como o homem mais perfeito do mundo, aquele que Nico sempre havia sonhado em ter; gentil, compreensivo, bonito, bem vestido, tão alto e forte que ele sabia que nunca precisaria se preocupar em se defender. Mas Percy sempre tinha sido assim, o perfeito príncipe. No fim realmente era óbvio, não era? Esse era o motivo de seu problema. Não importava por quem ele procurasse, Nico sempre acabaria nesse mesmo lugar, buscando por Percy em todos os rostos. Talvez ele apenas devesse… parar de procurar em outros lugares.

— A gente pode ir pra casa se você quiser. — Percy disse a ele, agora parando a sua frente. Ele devia estar fazendo papel de bobo de novo, olhando para Percy sem dizer nada.

— Não, a gente pode comer. — Quando o sorriso voltou para o rosto de Percy, ele soube que tinha feito a escolha certa.

Eles seguiram o maitre pela fila de mesas até que subiram um par de escadas e então entraram em um salão que era maior que o andar de baixo, mas que estava mais vazio, cheio de mesas redondas e pequenas e outras com mais privacidade ao fundo do cômodo ao lado de grandes janelas que deixavam a luz do dia entrar, mas como a noite começava a cair, velas aromáticas já estavam acesas.

— Espero que os senhores aprovem os acentos? — Eles acenaram e logo lhes foi oferecido o menu.

A verdade é que Nico não estava interessado em comida, não era por isso que estavam ali. Ou era? Por isso tinha decidido, deixaria que Percy lhe dissesse.

— O que você quer comer? — Percy perguntou, mãos segurando o cardápio, mas seus olhos estavam sobre os dele, olhos que pareciam mais verdes do que nunca sobre a luz das velas naquele restaurante, a penumbra da noite deixando o ambiente ainda mais intimista e pessoal.

— Não sei, um vinho? Você escolhe.

Percy o encarou por um momento, parecendo refletir sobre a resposta e se aproximou mais um pouco, colocando o braço sobre seu ombro e desfazendo o resto da distância entre eles.

— Eu queria conversar sobre a gente.

— Eu sei disso.

— Eu só… preciso saber.

— Eu sei.

— São dez anos nisso. Eu preciso saber.

E Percy estava certo. Eles eram tão pequenos e inocentes naquela época, e depois… depois eles ainda eram pequenos, mas não tão inocentes até que… até que ele surtou e depois Percy surtou e ele foi embora sem avisar ninguém. Assim, do nada, e tão do nada quanto ele tinha partido, Percy tinha ligado para ele, tão diferente do que Nico conhecia e tão familiar ao mesmo tempo que o deixou confuso por um longo tempo. Ele se lembrava que durante longos meses ele só teve energia para cumprir suas obrigações e se apegar a essas ligações diárias até que ele soubesse o que fazer. E ali estavam eles, praticamente no mesmo lugar, a diferença era que agora eles entendiam quais seriam as consequências, não importava qual fosse a decisão no final.

— Eu gosto de você. — Nico se decidiu pelo mais simples. Admitia que não era a pessoa mais assertiva ou que sequer fazia boas escolhas.

— Não foi o que eu perguntei.

— Eu não sei. Sinto sua falta. É o suficiente?

— Não. — Percy dizia tudo aquilo tão sério que ele meio que… queria rir. Talvez já estivesse um pouquinho. Ninguém podia culpá-lo por isso.

— Então, você decide.

— Nico! Você disse que não estava pronto!

— Não estou. Nunca vou estar. Não quero destruir o que a gente tem. Na verdade, não quero um relacionamento.

— Porque você tem que ser tão confuso!

— Não é sobre sexo. Essa é a parte fácil.

— Nico, eu sei. O que posso fazer para você--

— Deuses, Percy! Eu sou o problema. Sou muito instável. Você não quer andar com uma bomba relógio no bolso, quer?

— Bebê, você pode explodir quando quiser, contanto que exploda comigo.

Nico gemeu e levou as mãos ao rosto, isso era ridículo! Ambos sabiam porque ele tinha ido embora e sabiam perfeitamente porque ele tinha voltado. Nico ainda estava se acostumando com a ideia de que dessa vez ele não tinha para onde correr quando seus sentimentos irrompessem por todos os cantos, obrigando Percy a catar os pedaços.

— Será que você pode falar sério por cinco minutos?

— Eu sei de tudo isso, querido. Cada coisinha que você acha que consegue esconder de mim.

— Vai ser pior do que antes!

— Você disse que eu podia decidir.

— Sim, mas-- quero ir devagar.

— Então me deixe decidir. Eu só preciso da sua permissão.

— Permissão para fazer o quê?

Nico observou em câmera lenta a mão que estava em volta de seu ombro viajar para sua nuca, massageando o lugar, e o puxando suavemente para mais perto, inclinando sua cabeça até alcançar a posição certa para os lábios de Percy finalmente descerem contra os seus no beijo mais inocente e doce que ele já tinha provado.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Obrigada por ler! Comentários são sempre bem vindos^^


Tags
1 year ago

Update!

Como vão todos? Finalmente terminei minha mudança e só sobraram os cacos dos meus ossos. Brincadeiras a parte, estou descansando um pouco e logo teremos a continuação das versões em inglês. Provavelmente dentro de uma ou duas semanas as coisas vão se normalizar. Vou tentar trazer um capítulo ainda essa semana, mas não prometo nada. O pior é que eu queria estar escrevendo, mas a exaustão não me deixa. Tipo, eu na maioria dos anos participo do kinktober, porque esse desafio me dá ideias para escrever longas histórias para o próximo ano. É muito eficaz, mas parece que esse vai ser outro que eu não vou conseguir.

De qualquer forma, obrigada pela paciência e carinho.


Tags
9 months ago

So I have read several people complaining that they can't be expected to know the "unwritten rules" of fandom. So here's what I wish people knew:

Fanfiction is fiction.

Fictional people are not real.

Fictional people do not have rights.

Fictional people cannot be abused.

Reading or writing about something does not mean the desire to do or support it in the real world.

If I find art upsetting/triggering/disgusting/outraging/unpleasant/squicky/distressing/offensive, it is on me not to read it, not the creators and hosts to remove it.

Curate your own experience. The back buttons exist for a reason.

If you don't trust yourself to do that, get someone you trust to do it for you.

Fandom is an adult space. Adults create and own and host fandom spaces. If minors want to participate, then the onus is on them and their parents/guardians/trusted adults to ensure they participate appropriately, not on strange adults to stop being adults.

You often don't know the assault status or mental health status or neurotype or race or nationality or religion or gender or sexuality or age of a creator or consumer, and they do not have to disclose to you to justify their fantasy.

AO3 is not a safe space. It is not intended to be a safe space. Proceed accordingly.

Just because you don't like something or find it offensive doesn't mean it is a "problem" that "has to be dealt with".

Most characters in anime are not white.

There is no onus on you to reblog or share anything.

Everyone makes mistakes in fandom and is less than their best self sometimes.

Persistent pseudonyms encourage long term relationships.

Ship wars are stupid.

Someone else enjoying things does not impact on your own enjoyment of other things.

Tagging and warning is a courtesy, not a requirement. Assume any fic might contain untagged content.

Rating is an imprecise art, not a science.

Don't hassle IP creators.

Most people who are in fandom are hoping to make connections based on a shared passion.

Trying to profit from transformative fanworks puts us all at risk.

No one is obligated to share your head canon or fanon.

Being kind rarely fails to pay off.

It is okay to block and remove people who make your experience unpleasant. You don't have to placate them. (Learn from my mistakes).

Britpicking is a good thing.

You don't have to justify why you like a canon/pairing/trope/kink. Sometimes navel gazing is fun, but you don't have an obligation to explain yourself, especially to strangers. I share the overwhelming desire to refute an unfair accusation, but the people accusing you are rarely doing so in good faith, so you're batting a losing wicket.

I'm not your Mum. (Well, okay, a very few of you can call me Mum or Mom, but if you are one of them you already know who you are ❤️)

If you aren't mature enough to take responsibility for your online experiences, you aren't mature enough to be in fandom spaces.

1 year ago

it's always so fascinating and heartbreaking when a character in a story is simultaneously idolized and abused. a chosen prophet destined for martyrdom. a child prodigy forced to grow up too fast. a powerful warrior raised as nothing but a weapon. there's just something so uniquely messed up about singing someone's praises whilst destroying them.


Tags
2 years ago

Behold, A Writer

Behold, A Writer

I’ll get there.


Tags
4 months ago

SITTER'S LOVE - Nico!Babysitter, Percy!Teacher-father - Chapter X, Chapter XI, Chapter XII e Chapter XIII

Hi, how are you? Today we have a few more chapters, over six thousand words. I hope you enjoy it.

Previous chapters: CHAPTER I / CHAPTER II / / CHAPTER III, CHAPTER IV e CHAPTER V / Chapter VI e Chapter VII / Chapter VIII e Chapter IX

Chapter X

A few chapters earlier…

“It’s the least I can do,” Percy said, forcing Nico to accept the money. He saw Nico’s face tighten, creating a cute grimace.

He couldn't help himself. Percy swore he tried to stay serious to show that his intentions were honest, but just looking at Nico made him smile. The little boy was so innocent that Percy almost couldn't resist the urge to pinch those cheeks that seemed to have a redder tone than normal.

No, that wasn't what he meant. No, it was about the money; the right thing to do was to replace what Nico had spent.

"Sir, I can't--”

“Actually, where did you buy that food? It must have been very expensive.”

Nico didn't answer him, he just took another step back and staggered. The boy closed his eyes and took a deep breath, probably not even realizing what he was doing, because while Nico was walking backwards he accidentally got closer to Percy, almost leaning against his chest. Nico crossed his arms and hesitated, tripping over his own feet.

"Nico? Are you okay?" He worried.

Giving up on respecting Nico's space, Percy grabbed him by the shoulders, keeping him standing, finding his attitude strange.

"I'm sorry. I have to go.”

"You're not even going to tell me where you bought the food?" 

And what was he sorry for?

"I… went… went to a restaurant… that sells homemade lunch boxes… in the city center.”

Percy paused for a moment, afraid to let him leave in this state, and asked, "Do you need a ride?"

Nico nodded, but he remained standing where he was. He didn't pull away from Percy for touching him without permission or blush, nor did he say a word. Nico didn't even seem to be breathing. It was when the boy collapsed in front of him that Percy's heart nearly jumped out of his throat. If it weren't for him being so close, Nico would have hit his head on the edge of the table.

“Dad!” Percy heard Alice scream and a whimper came from Logan. They rushed around the table and helped Nico sit in the chair, carefully supporting him against the back.

"Dad. Nico isn't breathing! He's not breathing!”

"Is he going to die?" Logan said and Percy for a moment didn't know what to do.

He tried to touch Nico's face, shook him gently, and even patted his pale cheek twice, but nothing happened. Nico remained motionless, passed out in his arms, growing a little paler than before, looking like he would stay that way. Then, in a flash, Percy remembered that Tyson, his younger brother, had had an asthma attack as a child; one of the few things that had helped was talking to him and encouraging him to breathe, calming him down, if Percy could.

"Stay calm, okay?" Percy told them and, contrary to what he wanted to do, he stood up with Nico and hugged him, keeping their chests together.

"Nico, pay attention to me. Can you hear me? Breathe with me.”

Percy grabbed the back of Nico's head and kept his back straight as he breathed as slowly as he could, trying to set an example. Nico looked like he was in pain, a grimace fixed on his face, but his mouth was open struggling to breathe. Relieved, Percy held Nico's neck up for better oxygenation and massaged his back, whispering softly so the boy wouldn't be startled. His skin was so cold and sweaty that Percy feared the worst. When Nico finally took a deep breath it was like a weight had been lifted off his back.

“Again." He said.

Nico obeyed like the good boy he was, taking a long breath and then letting it out even more slowly. Of course, it was at that moment when he thought the danger had passed that Nico just… relaxed, relaxed so much that his head rested on Percy's shoulder and his body leaned completely against his. Well, leaning wasn't the best word to describe it. It was more like collapsing, as if someone had cut the strings of a puppet and it had fallen, just like that, lifeless.

Percy held Nico’s face again and only then did he calm down, seeing that Nico was breathing normally and the grimace of pain had disappeared, replaced by one of happiness and contentment.

“Daddy, is he going to be okay?” Logan asked beside him once more, his childish voice sounding scared.

"Shhh… don't worry. Everything is okay now.”

***

“Do you feel better?” Percy sat up in bed with Nico and finally saw him opening his eyes. Nico seemed a little dazed and slow, looking around, but at least Nico was moving, leaning gently on his shoulder, his small hands around Percy’s neck, limp and lifeless.

Percy couldn't resist the temptation and touched Nico's face, turning him towards him. Nico didn't seem to mind the contact, and in fact, he lowered his face and rubbed himself against Percy's hand, like a needy kitten. The important thing was that it had worked, Nico was now looking at him and seemed more attentive, although he hadn't completely returned to normal yet. Percy adjusted him better and held his back, not letting him look away until Nico answered him.

"Hm." He finally said.

Well, it was more like a mutter, almost soundless. Nico looked tired, without the energy to even hold his head up. Percy wanted to ask if this was common, if he often fainted or had panic attacks. But right now, he just wanted Nico to be okay. Nothing else mattered.

"Do you need anything? Water? Pain medicine?”

Nico just blinked at Percy with those big black eyes and continued to stare at him. He licked his lips and settled himself on Percy's lap. Slowly. Distracted. Slow. He would say, even lazy.

Was that… a blush appearing on his face?

"I… I'm fine. I'm sorry. I have--”

"You don't need to explain yourself.”

“I want to.”

He nodded, letting Nico speak.

"When I was eight, I had a panic attack and was diagnosed with GAD, Generalized Anxiety Disorder. I'm always anxious, but I can usually control it without it interfering with my work. It's been years since that happened. I... I'm so sorry. Routine and feeling stable helps. I'm really sorry. I know I should have told you.”

"It's okay. It wasn't your fault.”

"No, it’s not that. I recently came off the meds. The doctor told me I would be able to control it. It’s just that…”

"What happened?" He asked curiously. Nico was like a box of surprises.

“I've been more nervous than usual. It's just... well... the change in routine…”

Percy understood exactly what he was talking about.

"I understand. I'm sorry if I caused this. It won't happen again.”

But wouldn't he? Percy worried about himself, that maybe he wouldn't be able to control himself, and about Nico, too. What if something happened while he was driving? What if it was when Nico was walking home alone? Did Nico have someone to look after him? Someone who would come to his rescue if he needed it? What if…

Percy snapped out of his thoughts when Logan and Alice entered the room. Logan was crying, his big green eyes puffy while Alice just watched attentively and quietly, both trying to smile at Nico.

Nico smiled back and he could finally breathe a little easier.

"Okay, you can rest now." He murmured when he saw that the children weren't going to say anything and Nico was almost falling asleep. "Do you have your cell phone? I'll let your family know.”

“Oh.” Nico said. He frowned, but soon raised his head.

Nico looked at Percy, stared at him closely, and then gave him the most beautiful, happiest smile Percy had ever seen.

"It's in my bag.”

And so, in the middle of the sentence, Nico closed his eyes and Percy felt as if something inside him was being stirred and rearranged in a way he didn't know was possible, but which seemed like a good change, even if painful.

Chapter XI

Percy placed Nico on the pillows, covered him with the blanket and stayed by his side for a few more moments until he was sure that the little boy was okay. Percy just watched him, his breathing calm and his face content, nestled against the sheets of his bed.

What was he doing? Why had he brought Nico to his room? Why did he keep acting so irresponsibly, like a teenager meeting his first crush? Percy knew it was a bad idea, he had known it from the moment he looked at that small, defenseless boy. Now he was sure, Nico really was defenseless, as vulnerable as a flower in the middle of a battlefield. He should--

"Daddy, is he okay?" It was Logan who asked once again. Apparently, Percy wasn't the only one who was getting attached.

No, really, he wondered: how had they become so attached to Nico in less than a week? How had this happen? Percy shook his head and decided, there was no point in thinking about such things now. It was too late.

He took the children's hands and smiled at them, leading them downstairs.

“Dad, what happened?” Alice said. She was quieter than usual, her voice almost a whisper, clutching her phone between her fingers like it could save her life.

“Nico has a disease,” Percy told her. “A type of intense anxiety. That’s why he’s so calm. If Nico gets too stressed, something like this could happen again.”

"Can anxiety do this to someone?" She asked.

"Yes. There are different levels of anxiety. Everyone has some, it's normal. When this anxiety prevents you from doing something or makes you feel sick, it is considered an illness.”

"Ah." It was Logan's turn to murmur. He had stopped crying and was now sitting on the couch with his legs up and his head resting on his knees, hugging himself.

"Do we have it too? Sometimes… I don’t feel so well." Alice confessed.

"Do you want to talk about it?”

She shrugged. 

“I mean, there’s so much to do, and exams coming up… I’ve got fencing and running, and all these exams piling up. It’s hard sometimes. I didn’t think it was anything unusual, you know? It’s always been like that. I feel like I’m going to explode sometimes.”

Percy looked at his daughter and once again felt useless. How had he never noticed this? And how had the subject only come up because their nanny had been sick? He… he was the worst father.

"It's okay, honey. We'll figure it out. Don't worry.”

He approached Alice and hugged her tightly, feeling a lump in his throat. She gasped slightly and hugged him back with all the strength an eleven-year-old could muster. Percy pulled Logan into the hug and they stayed like that for longer than they could count.

"I want you to know, you can tell me anything. It doesn't matter what it is.”

Percy heard a couple of sniffles and closed his eyes, trying to control himself. He promised himself that he would be a better father from that moment on.

***

"Come on, kids. You stay here. I'll be right back.”

And just to be sure, Percy gave each of them a tight hug before walking away. They had barely moved, watching a movie on television, but they hugged him back now with happy expressions after lunch and all the drama had passed.

He walked up the stairs, heading towards his room, and stopped in front of the door before going inside. These were the types of situations Percy least liked to face, the ones where he would be forced to be the adult one and ask the right questions. Straightening his spine and giving in, Percy couldn't prolong himself any longer than he already had; how much longer would Nico need to sleep? The morning had already passed and the afternoon was coming to an end with the sun setting on the horizon and he was still there, standing in the middle of the hallway like an idiot, avoiding what was of vital importance.

Percy pushed the bedroom door, which was half-open, and stepped inside, in his own room, where he definitely shouldn't have taken Nico to. He walked over to the bed and without making much noise, sat on the edge. Nico was there, of course he was. He was snoring softly on his back and holding the pillow against his chest, the blankets were thrown onto the floor and the lower part of his belly was exposed, making Percy notice the sparse hair that continued in a trail towards his pants... Percy closed his eyes for a moment and concentrated. He didn't understand why this boy affected him so much, to the point of awakening these feelings that he thought were buried, especially for someone so young that could be mistaken for his son.

Even knowing all this, Percy moved a little closer and placed his hand on Nico's head. First on his forehead, making sure he didn't have a fever and then, as a passing thought, he stroked his soft, long, slightly wavy black hair, combing it back so he could see his beautiful, flushed face. But Percy was a man of his word and before he could give in to temptation and do something he would regret, he moved away enough to avoid contact between them and called for Nico, touching him on the shoulder until Nico opened his eyes, heavily, as if he were going to fall asleep once more.

"I spoke to your parents.”

"Hm?" Nico murmured, blinking slowly. He rubbed his eyes and sat up in bed, staring straight ahead as if he saw nothing, and then the boy looked at him, his gaze a little lost. Something happened next, because Nico smiled at Percy, one of the sweetest expressions he had ever seen, Nico stretched out one of his hands until it rested on Percy's, which was resting on the bed.

"Thank you. With all my heart. I don't know how to thank you. You didn't have to.”

Percy swallowed and nodded. Okay. Nico was grateful and seemed to have recovered from his crisis. Was this the time to ask more questions? Try to provide some assistance? Take him to a doctor?

"You don't have to look at me like that. I promise I'm fine. It's the endorphins. My bad mood will come back soon. Don't worry.”

"Are you sure? Your mother sounded worried on the phone.”

"She worries too much. And I'm sorry about my dad.”

The fact was that Percy had not mentioned anything about the honorable Mr. Di Angelo. Let's just say it was better not to comment on him.

Nico shrugged and dragged himself out of bed, stretching and lounging as he went, as if he’d just taken a mid-afternoon nap. This time, he didn’t stagger. He searched for his discarded sneakers in the doorway of the room and turned to Percy, now looking uncertain.

“Everything is fine?”

He wanted to say yes, he wanted to pretend nothing had happened. But... what if the same thing happened again and he was the one causing these crises?

"Nico, sit with me. Please.”

"What? It was nothing.”

"I'm asking you.”

Nico huffed and his shoulders slumped forward. The important thing was that he did what Percy asked. Nico walked slowly over to him and sat on the bed, staring at him and paying attention.

“What happened today was very serious. Do you know that you stopped breathing? That you fainted and almost hit your head?”

"Well…" Nico looked away and stared at his own hands.

“Tell me.”

"It's happened a few times over the years. It was an accident. I forgot to meditate and then I ended up maybe a little bit tense and overwhelmed. Mentally. Psychologically. Sometimes… It's hard.”

It had been exactly what Alice had said, that it was difficult.

"Does meditation help?”

"Most of the time. It’s about self-knowledge and control. Not letting yourself be carried away by any emotions. It’s about accepting that we have limitations and trying to deal with problems instead of… running away from them.”

"So, that's it? You were running away?" Percy asked, curious.

"I'm not running away anymore." That's when Nico raised his head and looked him in the eyes, biting his lip. "I'm not going to do anything about it, but I'm not going to run away from it either.”

Hmm… was that really what he had heard? Nico was saying that…

Without really paying attention to what he was doing, Percy leaned towards Nico while Nico simply continued to stare at him, his dark eyes opening wider and his pupils dilating comically; Percy felt like laughing and teasing him just a little bit more… just…

“That’s not what I meant! I—I have a boyfriend!” Nico practically squeaked, though Percy could see Nico’s lips twitch in a suppressed smile, widening without his consent. “I mean that I’m not going to let these… these feelings control me anymore.”

Percy knew very well what those feelings were.

"If this happens again, what should I do?”

"Just… talk to me? Don’t let me get hurt? It worked well.”

“Just that?”

"You don't need to worry, it won't happen again. I mean... if you want to fire me, I'll understand.”

"It’s not necessary.”

Nico smiled at him and Percy finally let his tiredness get the best of him. He ruffled Nico's hair and stood up.

"Let's eat. Then I'll take you home.”

This way, Nico happily got up and followed him out of the room.

Chapter XII

"So, this is where you live?" Percy parked the car on the road and looked around.

From the driver's seat, he could see what Nico meant by living in the countryside. The property was surrounded by wide fences, full of trees that climbed high above the barbed wire that protected the perimeter of the property, and there was a large wooden gate that allowed a view of the land that stretched for miles.

“It’s no big deal,” Nico finally said, shrugging.

Percy watched him for a while and didn't want to accept it. He wasn't that kind of man, was he...? A man who was attracted to a boy who barely had a beard on his face? Because there he was, a man in the body of a teenager, so handsome that Nico almost seemed delicate, so vulnerable that Percy began to worry for his safety.

But there it was, he couldn't deny it, this was the sign Percy needed to see, the clearest indication that something between them had changed. 

It didn't take long for Percy to realize what was happening. He noticed it just as Nico was finishing his soup and was getting into the car. What was supposed to be a trivial joke, something to see how long Nico would continue to act like this responsible and honorable person, had become something he couldn't have predicted, because, in the end, the one who had lost was him.

Soon they were on the move. Nico had followed him down the stairs, eating while he and the children watched him closely, and just as he was leaving, Nico gave the children a tight hug as if he were saying goodbye. Then he grabbed his bag from the couch and when the children finally let go of him, he walked out of the house, Percy following closely behind, afraid that he would faint at any moment. 

Still, Percy couldn't quite pinpoint what had changed. The air around them had become lighter and, at the same time, static, with a soft electricity that emanated as the minutes passed by, something that made the hairs on his arms stand on end, forcing him to pay more attention to Nico, appreciating him in a way that had a certain... fantasy involved, he admitted, something forbidden that was so close that, if Percy really wanted, he just had to reach out and take what he desired.

Nico didn't act like he used to either, it was like he suddenly felt comfortable and didn't feel the need to fill the silence with idle conversations. The look he gave him when their eyes met the few times during the car ride was an obvious "I want you, but I'm taken." Nico didn't even try to hide it, his eyes said much more than his previous words could; which in turn made him anxious and positively physically uncomfortable. 

Percy refused to accept that. Someone having a crush on you was one thing, knowing that the possibility of it was real was another. It must be cosmic revenge, Nico doing to him what Percy had done first.

"Percy." Nico called his name and in the silence of the car, it sounded hoarse and low, something intimate, just to tease him a little more.

Percy stared at him, now paying all the attention he had to offer. Nico wasn't exactly smiling, it was more the way his eyes sparkled, as though he was hiding something behind them. His lips were also relaxed, almost showing his dimples.

"I think I have a solution for you.”

"Solution?" Did Nico have a cure for… this?

"Yes, a cook." Nico said amused.

"A cook?" He repeated.

This time, Nico actually smiled and shook his head.

"You know the restaurant where I bought the food? They always accept work. Are you interested? I have their phone number.”

"Ah." Percy muttered. He ended up smiling too, feeling ridiculous.

Nico picked up his bag from the floor of the car and took his cell phone out of it.

"I'll share their phone number. Tell them Nicollas recommended you.”

"Nicollas, is it? How charming.”

Nico blushed so beautifully that Percy was happy to know that he was still capable of causing that in him. Satisfied, he got out of the car, walked around it and helped Nico out, holding him by the waist and placing him on the ground, soon after hearing a soft thank you and a deep voice coming from inside the property.

"Nico Di Ângelo! Ah, he finally graces us with his presence.”

Percy looked at the gate and there stood a tall, muscular black man, no older than forty but who looked too young to be anyone's father. Percy only recognized him because of his rough, gruff voice, the same one he had heard on the phone and with the same Italian accent that Nico had. No, Percy was lying. Nico also had the same dark eyes, thin nose and full lips.

Percy immediately put a smile on his face and approached the gate, extending his hands in greeting:

"It's a pleasure to finally meet you.”

"It's a shame I can't say the same." Mr. Di Ângelo replied. He crossed his arms and stared at him without showing any sympathy. "Aren't you ashamed? He's old enough to be your son.”

“I think--”

“Papa! What are you saying!?” Nico practically screeched beside him. He ran forward and unlocked the gate, speaking very close to his father. Unfortunately, Percy could hear every word.

"He's my boss. He was kind enough to come to my rescue. Could you be a little more polite, please?”

"Nico. This is not the behavior I expect from you. I let you date the Solace boy, now, this… straniero? What are you thinking?”

"Papa!”

"You slept at his house!”

"He had an event and I ended up falling asleep! He wasn't even there!”

"Nico.”

"You don't believe me? Okay. But don't interfere in my life.”

"Listen here! As long as you live under my roof--”

"Really? Don't worry. Soon you won't have to worry anymore.”

"Who do you think you are, you brat!”

That's when Percy saw that things were getting out of hand. Mr. Di Ângelo raised his hand and Percy feared the worst. Before he could think straight, Percy moved and placed himself in the middle of them, being hit squarely in the right shoulder. If it weren't for Percy defending himself by raising his arm, he would have been punched right in the jaw.

"Mr. Di Ângelo. Calm down, nothing happened. I never--”

"I know very well what men like you want. Fancy cars and weak little boys. Something easy to manipulate, hm?”

The man then gave a wicked little laugh that not even he could have done better and marched into the property, leaving him and Nico open-mouthed because of his fury.

***

"What just happened?”

"Welcome to my life." Nico murmured absently. He was still staring at his father's back, watching him as the man disappeared down the dirt road and into the vegetation.

"Nico." Percy said, moved. Now Percy understood everything. He understood why Nico at that age was working instead of studying.

"Oh, did you hurt yourself? My father can be heavy-handed.”

Percy stopped and watched, feeling like he was just a spectator. He watched Nico reach out and touch his shoulder and arm, he saw the careful way Nico massaged the place, looking into his eyes, asking for permission, his expression saying how guilty he felt. He couldn't help it, Percy smiled at Nico's reaction and returned the caress, touching the little boy's black hair, thinking that although he was the injured one, Nico was the one who needed help. I mean, it wasn't even hurting. Much. Just a little.

"Ouch." It escaped before he could stop it when Nico's fingers brushed against the spot Mr. Di Ângelo had hit.

“I’m so sorry!” Nico hurried to apologize. He massaged more gently and the pain eased.

"It was nothing.”

"You should fire me! In less than a day I traumatized your children and got you beaten. What kind of professional am I?”

"Nico, really.”

"No, let's put some ice in there, okay? It'll be quick.”

So, leaving the car in the middle of the road, Nico took him by the hand and guided him to the huge house in the center of the property where Percy could hear more voices, sounds of chairs and instruments rumbling only to find a group of people standing outside it.

"Mamma!" Nico ran to where his mother was and knelt on the ground with her, hugging her tightly.

"Figlio mio! Mamma was so worried. Did they take good care of you? Let me see.”

Maria took off the thick gloves she used to work the soil and held him by his face, and only when she was sure that everything was okay did she let him go, smiling slightly, and very satisfied.

"Don't do that again, okay? Now, have you eaten? Have you had a good rest?”

"Mamma, stop it. Percy is the one who needs help.”

"Percy, hmm?" She asked with a smile, winking at Nico.

"My employer " Nico made it clear.

"What an employer, huh!”

"Mamma! Don't let Papa hear you.”

"That silly old man." Maria waved her hands in denial. "He never learns.”

Percy found that interaction funny and decided to approach them. The most incredible thing was that Maria Di Ângelo was not what he would expect from a mother who lived in the countryside. She was no more than thirty years old, with light brown skin tanned by the sun, honey-brown eyes and thin lips that were now stretched into a sweet smile, identical to the way Nico had smiled at him that same afternoon.

"Welcome. I'm glad Nico is making friends." He found those words strange, but accepted the greeting when she offered her hands. "I know it must have been a hassle to come all the way here. Thank you for taking care of him.”

"Mamma! I give up, you're incorrigible." Nico shook his head, denying it to himself, but with all the affection possible.

"And you." Nico said to him "Stay here, I'll get some ice.”

"Ice?" Maria said.

"It was a little accident--”

"Papa hit him. Can you believe it?" Nico said as he walked away, making him feel a little embarrassed, but enjoying himself more than he should in a situation like this. It was funny, it had been over a decade since he felt like he was going to meet the parents of a new girlfriend. Or boyfriend. Percy wasn't the prejudiced type.

Maria put her hand over her mouth and gasped. He had to laugh, it was exactly how Nico would act. Well, it was exactly how Nico had acted, all over the place and dramatic.

"I'm so sorry, Percy. I don't know how to apologize.”

"It's no problem. It was just a graze, nothing a good night's sleep can't cure.”

"You are very polite. Thank you for understanding. We want the best for Nico. I would like you to consider that.”

Consider… oh. Did they really think…?

"Ma'am, there's nothing to consider. I pay Nico to take care of my children.”

"Just that?" She placed her hands in her lap and looked down. "Nico is an impressionable boy. He never had many friends, you know? So when men, especially like you, show up…

“Ma’am.” Percy sighed, wearily. “Nico is too young. I would never… consider that.”

"I'm glad. As long as we can protect him, that's what we'll do. We're afraid that the worst will happen at college.”

“And what would that be?" He wanted to know.

"That I act like a slut." Percy heard Nico's voice coming from behind him and turned around. And indeed, Nico was carrying an ice pack in his hands. "Even though they know I have a boyfriend.”

“Hm.” Percy said, not commenting on it. Because at that moment, Nico didn’t seem like the innocent and shy or even vulnerable person that everyone thought he was. No, Percy could see someone who would be successful in the future, someone capable, someone who wouldn’t let anything get in his way.

He liked that.

"You want me to…" Nico showed him the ice pack and he understood.

Percy shrugged and, right there, in front of those people, took off his shirt and let Nico place the ice against the red spot on his shoulder that was starting to turn purple.

He gasped and Nico stared at him, his eyes wide and full of guilt.

“Sir…”

"I thought that had stayed in the past.”

"Percy. I'm really sorry.”

But Percy didn't feel it. How could Percy when Nico looked at him like that and touched his shoulder so gently? How could he be angry when those sweet eyes looked at him with such concern?

He heard someone clear their throat beside him, making him turn towards them. It was a little girl with curly hair the same shade as Maria and the same honey-colored eyes that lit up even more vividly under the sun's rays.

"Hi, I'm Hazel. And this is Bianca. And that's Thanatos." She smiled at Percy and indicated each person, each ranging from thirteen to thirty years old.

"Nice to meet you. "He said back, still distracted by Nico's hands that were now sliding the ice pack over his reddened skin, only now realizing that maybe they were too close.

Chapter XIII

“Nice to meet you,” Percy said. And him? Nico continued to run the ice over Percy’s broad shoulders, allowing himself to look. Maybe touch a little. What? Weren’t they so sure he was a whore? Nico was just trying to live up to their expectations.

Unfortunately, Nico had to pay attention to Hazel when she started talking and making conversation with Percy. Nico loved his sister, he really did. Hazel was his favorite person in the whole world, but Nico felt like if he didn't butt in, they'd even ask about the tenth generation of Percy's family. Nico knew he rarely brought people home, the only one being Will, so maybe they weren't so wrong after all?

It didn't matter, before the massacre could happen, Nico turned to his brothers, glaring at them.

"Yeah, everything's great. Now it's time for me to walk Percy to the door.”

"Nooo! We never have visitors. And no one is so--”

"Hazel!”

"I was going to say, generous.”

Hazel let out a soft chuckle, her eyes sparkling and he looked at Bianca, asking for help with his eyes. She shrugged, seeming to enjoy the show while Thanatos, his adoptive brother, just watched everything with a smirk on his lips.

"Percy has to stay for dinner! Dad even cooked.”

"I don't want to abuse the hospitality." Percy smiled at Hazel and something inside him turned, seeing them like this, so... comfortable with each other. Hazel practically hanging on to Percy's uninjured arm and Percy smiling, all charming, still holding the shirt in his hand.

He took a deep breath and opened his eyes again, seeing that Hazel was already dragging Percy into the house. His brothers followed them happily, of course, while his mother just laughed as happily as they did, still kneeling in the dirt, going back to making holes in the soil and throwing the seeds to fill the holes again.

In the end, Nico reluctantly followed them into the house. He followed them in, took off his shoes, and walked through the front door, leaving his bag by the foot of the door. The house was a compact but a spacious building, built in ancient times. From where he stood, he could see the entrance to the dining room, an open space that divided the living room, right in front of the exit door and next to the kitchen, with the bedrooms and most of the bathrooms located upstairs.

He didn't think much, he walked barefoot to the table where all his brothers and father sat and stopped in front of Percy. He barely paid attention to the smile on the man's face, he just took the shirt and the ice pack from his hands and went to get rid of them. He hung the shirt on the coat rack that was in a corner of the room and took the ice pack to the kitchen, putting more ice on it and returned to the room. He placed the ice pack on Percy's shoulder once more and then took his plate, putting pasta, meatballs and salad on it.

"Do you like wine?”

"Nico, it's not necessary--”

Nico wasn't really listening; of course Percy liked it, he had seen several types of drinks at Percy's house. He opened the bottle of dry wine that was on the table, poured a shot for Percy and in the other glass, he put some water, finally sitting down and making his own plate.

"Percy, do you need help? Let me…" He didn't even pay attention to what he was doing, he cut the meatballs for Percy and then, he heard a noise. Someone cleared their throat, breaking the silence that Nico didn't even realize was happening.

Nico looked up and put down his cutlery. Why were they looking at him like that? He was just helping, it had become a habit in the few days he had worked for Percy.

"Did I do something wrong?" Nico turned to Percy since it seemed like no one was going to tell him.

"Of course not, dear.”

It was his turn to remain silent, as the one who had answered him and called him “dear” had been Percy.

"I'm not your, dear.”

“That's what it looks like when you do these things.”

"Oh." So that was it?

However, Percy didn't speak to him in that ironic tone, it was more like he was trying to show Nico something without shocking him too much.

“But thank you." Percy finished.

Percy brought his hands to Nico's shoulders and squeezed gently, his smile sincere and small. Nico swallowed, of course, preferring to look at Percy rather than face his family watching them. Maybe inviting Percy in hadn't been such a good idea, maybe if he ran to his room he could escape the humiliation.

In slow motion, Nico watched Percy take the first bite of pasta to his lips and groan before swallowing, feeling something uncomfortable and warm take over his body. Fortunately, that was the moment Hades decided to interrupt the path his thoughts were taking.

"Percy Jackson, hmm? Why haven't I heard anything about you until now?”

So it was going to be like this? Straight to the point?

"I started working for him a week ago.”

Another silence fell and perhaps he was beginning to understand their reason.

"Did you know each other before?”

“No, sir,” Percy replied this time, his smile changing, becoming sharper.

No, gods! Don't say anything. Don't say anything. Don't say anything... was all Nico could think. Though he knew what was about to happen by the way Percy tilted his head, listening in disbelief to what came next:

"It must be our chemistry.”

Nico saw Hades' face turn red with fury while Hazel lowered her head, laughing discreetly. Bianca, unlike her, threw her head back and laughed like she had heard the best joke of all times.

"My little brother is finally learning. He even seems like a normal person. I'm so proud!" Bianca said happily and put her hand over her heart, her eyes tearing up from laughing so much. And Nico? All that was left was to cover his face and not burst into flames instantly.

***

"No, no! He's joking. Right?" Nico said as soon as he was sure he wouldn't die of embarrassment.

"Of course, Nico. We're just playing around.”

Someone help him, please!

"I'm sorry." It was Percy's turn to laugh. He grabbed Nico's shoulder again and didn't seem the least bit sorry, staring at him for a long moment.

Percy came closer and whispered so that no one but them could hear.

"I'm sorry. I promised I wouldn't do that again. Are you okay? I'll behave now, seriously.”

"Whatever." Nico sighed in defeat. "You always do that.”

"I won't do it anymore. It's just that you're so easy to tease. And your father is even easier, he's so hot-headed.”

"Could you please not bring me any more trouble? Could you?”

"I can. I promise. I'm really sorry.”

Percy then pulled away a little and caressed the back of Nico's neck, massaging the hair there and making him gasp softly. Nico didn't know where this gesture had come from, but he knew he shouldn't allow this to happen. Mainly because he knew Percy only did this to annoy Hades even more.

Well, that was the moment he realized his mistake; they were standing too close, whispering in each other's ears. How could Nico say that there was nothing between him and Percy when they were showing the exact opposite to his family? He had even… even taken Percy to meet them! It was like Nico was introducing his new boyfriend!

Trying to hide it, he moved away from Percy as if he had been shocked and looked at Hades. He was looking at him seriously, neither angry nor happy. There was something calculating, almost analytical in his gaze, as if his father was making up his mind, dissecting the information he had received.

"What do you do, again?”

"I am a researcher and have a master's degree from a federal university.”

"What exactly does that mean?”

"I develop theses, I do tests if necessary and I am a teacher.”

"Interesting. In what areas?”

"History, art, finance and administration.”

"Wow, that's so cool!" Hazel commented.

"So, you're a scholar. Does that make money?" Hades asked again.

"Not at first. My parents have a biophysics lab and a pharmacy. So I usually help them with the financial side.”

What was going on? His father was…

“Children?”

"Two. They love Nico.”

"Wife?”

"Technically, yes.”

W-what?

"Alright." Hades finally said.

"Everything okay? What was okay? Are you guys speaking in a language I don't understand? What's okay here?”

"Nico, I think Hades is deciding your future… again." Bianca said beside him.

"Percy Jackson!" He said through gritted teeth.

Percy just smiled at Nico and raised his hands, as if in surrender.

"Come on, don't be like that. You told me about yourself and introduced me to your family, the least I can do is tell you about mine.”

"Are you serious?”

"I am. It's no big deal. It's nice to know who's taking care of my kids. That way everyone knows what we're dealing with.”

Percy stood up, took a card out of his pocket and placed it on the table.

"In case you want to talk to me.”

This was shaping up to be one of the most awkward and embarrassing moments of Nico's life. But at least it seemed to lighten the mood. Hades relaxed back into his chair just in time for Maria to enter the room and everyone to start eating. It was like none of it had happened as the platters of food were passed around the table and more arrived from the kitchen.

Comments are welcome. See you next Monday!


Tags
Loading...
End of content
No more pages to load
  • lucemondlover
    lucemondlover liked this · 8 months ago
  • rosabell14
    rosabell14 liked this · 8 months ago
  • yonemurishiroku
    yonemurishiroku reblogged this · 8 months ago
  • yonemurishiroku
    yonemurishiroku liked this · 8 months ago
  • haiseiscute333
    haiseiscute333 liked this · 8 months ago
  • auroraescritora
    auroraescritora reblogged this · 8 months ago
auroraescritora - Aurora Escritora
Aurora Escritora

Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing

464 posts

Explore Tumblr Blog
Search Through Tumblr Tags