NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XXVII

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XXVII

O que é isso! Mais de um capítulo em uma semana? Sim! Talvez tenha mais um até o fim dela. Como eu disse, tenho que aproveitar enquanto o burnout me dá um tempo.

Capítulo sem revisão, quando eu tiver uma versão mais polida, aviso aqui.

Boa leitura!

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— Por favor! — Nico gritou a plenos pulmões. Sua sorte era que o resto da família estava ajudando no restaurante, então, não tinha ninguém para presenciar essa cena.

— Eu não sei. Será que você aprendeu sua lição?

Nico choramingou mais uma vez e se remexeu em seu colo.

Sabe, ele era muito paciente, quase um santo de tão caridoso e bondoso. E sabe porque? Percy tinha levado Nico até o carro, colocado suas coisas no banco de tras e dirigido tranquilamente pelos próximo quinze minutos até a casa da mãe. Tinha guardado suas bolsas, oferecido agua para Nico e o feito comer algo antes de leva-lo para o andar de cima, onde o quarto deles ficava. Então, só assim, depois de trancar a porta do quarto e colocar a chave dentro do bolso, ele se virou para Nico, deixando que o garotinho visse suas reais intenções.

— Tire as roupas. — Percy disse sem hesitar. Entretanto, foi Nico quem hesitou. O garoto olhou para a porta e depois para a janela, e por último, o encarou, incerto.

— Você tem certeza? — Nico perguntou. — Você não reagiu muito bem, antes.

Hmm... era verdade. Mas aquele momento tinha ficado no passado.

— Tire as roupas. — Percy repetiu.

Essa seria a parte onde ele geralmente estaria se movendo e ele mesmo tiraria as roupas de Nico. A questão ali não era sobre tirar a roupa ou mesmo sobre as palmadas que viriam, e sim que Nico sentisse que aquilo realmente era um castigo, e para isso acontecer o primeiro passo era fazer Nico se sentir humilhado e depois repreendido. A dor seria apenas uma forma de liberar todas essas emoções.

— O que você está esperando. Você precisa de incentivo?

— Eu... não! — Nico arregalou os olhos, surpreso, e se colocou a tirar as roupas. Ou melhor ele as arrancou de qualquer jeito e as jogou a um lado do quarto, parando em sua frente com a cabeça levemente abaixada e as mãos atras das costas.

Percy sempre se esquecia que Nico entendia como a relação entre dominação e submissão funcionava. Mesmo assim, ele observou Nico por alguns momentos. O rosto que começava a corar, a coluna curvada como se quisesse se proteger e a postura tensa de quem sabia o que estava por vir. Percy deixou o momento se arrastar por alguns minutos, sem falar, e só quando Nico começou a se remexer de ansiedade, decidiu ter misericórdia.

— Você sabe por que estamos aqui?

— Eu... te fiz passar vergonha?

Bobinho. Percy nunca teria vergonha de Nico. Não importava o motivo.

— Você acha que eu tenho vergonha de você? — Ele segurou Nico pelo queixo e o fez encará-lo. E quando Nico não faz nada além de encará-lo de volta, completamente dócil, Percy final se deu por satisfeito. Esse era o jeito que um bom garoto devia se comportar, devia ser obediente e bem-comportado e o tom avermelhado na pele oliva deixava tudo ainda melhor.

Bem, mesmo sendo um bom garoto, Nico era uma das pessoas mais teimosas que ele conhecia. E as vezes, tentar conversar sobre o problema não surtia efeito com Nico. Então, a solução era mostrar para ele. Assim, segurou Nico pelas mãos, se sentou na ponta da cama e colocou Nico sobre seu colo de barriga para baixo.

Percy poderia fazer isso de diversas formas. Nico de quatro na cama, deitado sobre um travesseiro, se ajoelhando no chão, em pé virado para a parede... mas, não, Percy queria que dessa vez fosse algo mais intimo e pessoal, pois ele tão pouco iria utilizar nenhuma ferramenta, como uma palmatoria ou até uma escova de cabelo. Ele queria que Nico sentisse cada palmada e a cada toque me sua pele, queria que Nico se arrependesse e se desculpasse. Entretanto, Percy parou por um momento e admirou a beleza de seu bebê, a pele macia, as nádegas firmes e redondas, a cintura e quadris esguios, o corpo que tremia conforme Percy acariciava a pele morena. Sabia que estava torturando Nico além do necessário, mas, no fim, ele teria certeza que a Nico não duvidaria dele nunca mais.

— Você está pronto?

É claro que aquilo não era uma pergunta, era mais um aviso. Percy não esperou que Nico respondesse e levou sua mão contra o lado direito das nádegas de Nico, e o primeiro gemido já veio. Ou será que tinha sido um resmungo?

— Eu... ah! Estou... faz tanto tempo! — Um gemido mais alto veio com a próxima palmada que veio sem avisar, permitindo a Percy vir a primeira lagrimas aparecer.

— Vou perguntar mais uma vez. Você sabe por que estamos aqui? — E então, mais uma palmada. Nico se curvou todo e segurou nos lençóis, tentando fechar as pernas. — Me responda.

— Eu fui um mal garoto.

— E o que mais?

— Eu não sei! — Nico gritou, sentindo a próxima palmada vir.

Percy estava desapontado. Quer dizer, as palmadas não eram exatamente fracas, mas não devia ser tão difícil entender por que Nico estava sendo castigado. Ele deu mais três palmadas, uma em seguida da outra e no mesmo lugar, e deixou que Nico descansasse por alguns momentos, vendo o garotinho em sua miséria extasiante; seu pequeno membro estava completamente ereto, a ponto de expelir, mas seu choro era tão intenso que Nico soluçava, ansioso e angustiado. Uma punição bem-aplicada em seu ponto de vista.

— Tudo bem, bebê. Eu vou te ajudar.

— Você vai? — Nico disse na voz mais pequena, doce e vulnerável que ele já tinha ouvido.

— Eu nunca teria vergonha de você. Então, o que poderia ser, hm?

— Eu... — Ainda chorando e fungando, Nico franziu a sobrancelha e os olhos, numa careta de concentração. — Eu estava com ciúmes?

— Não, não é isso. Você pode ter ciúmes quando quiser.

— Então...?

— É sobre confiança.

— Oh.

Ah, agora, sim! A expressão que ele queria ver, culpa e arrependimento.

— Eu confio em você. — Nico murmurou, envergonhado.

— Você acha que eu vou te trair? Te trocar por outra pessoa? Se eu não isso por dois anos, por que eu faria agora?

— Eu não sei. — Nico murmurou mais baixo ainda, as lagrimas voltando a rolar por sua pele morena. — Eu só... eu não consigo acreditar que alguém como você iria querer passar o resto da vida comigo.

Deuses, agora quem queria chorar era Percy. Ele pegou Nico no colo e o fez se sentar sobre uma de suas pernas, mantendo o pequeno membro de Nico pressionado contra sua calça jeans. Nico arfou no mesmo momento, seu membro e sua bunda dolorida sendo roçados ao mesmo tempo.

— Bem, isso não está certo. Meu bebê nunca deve duvidar de mim.

— Eu não duvido! Ah!

— Até que isso entre na sua cabeça, vamos continuar fazendo isso. De novo e de novo, até que não reste nenhuma dúvida.

— Por favor! — Nico voltou a gritar, sentindo o ardor se espalhar mais uma vez por sua pele.

Percy admitia, estava em seu momento mais sádico, eram tantas coisas que ele tinha que fazer e planejar que confessava, estava deixando o estresse sair por seus poros enquanto observava Nico gritar e implorar por misericórdia.

— Então, eu quero ver você implorar por perdão.

— Desculpa!

Ali estava, exatamente o que ele queria ouvir. A expressão de angústia no rosto de Nico era tão bonita que ele poderia gozar só de observá-lo. Percy continuou espancando a pele Nico e a cada nova palmada que era acompanhada pela “Desculpa!” gritada, mais algo dentro dele se expandia e se satisfazia, como Percy estivesse em um banquete com todos os seus pratos favoritos.

Isso é, Percy ficaria satisfeito em observar aquela cena pelo resto da vida, se não tivesse pegado o exato momento onde algo em Nico parecia ter mudado, em um momento Nico estava todo tenso e angustiado, e no próximo, bem... Nico amoleceu em seus braços, as linhas em seu rosto se suavizaram e os olhos negros se reviraram, logo em seguida se fechando no completo clímax. E se Percy não estivesse tão perto, mal teria percebido, o único indício era a pequena poça de um líquido contra seu quadril onde Nico estava se apoiando.

O que Percy podia fazer? Ele nunca disse que Nico não poderia gozar ou que não poderia curtir o momento.

***

Nico suspirou e se permitiu ser abraçado, enquanto Percy o consolava. Achava que ainda estava chorando, tremores fazendo os soluços se tornarem mais intensos do que o esperado, sua cabeça vazia e anestesiada, girava lentamente. Nico sabia que um dia Percy o mataria, mas ele morreria feliz e contente. Nada poderia o afetar naquele momento.

O que estava tudo bem. De fato, Nico não poderia estar melhor, viajando nas endorfinas que apenas uma boa sessão de dor podia trazer. Se desobedecer Percy mais vezes fosse o necessário para ser “castigado” mais vezes, Nico se tornaria o pior dos bons garotos. Ele queria rir desses pensamentos bobos, mas Percy ainda o segurava entre seus braços, ainda acariciava suas costas e ainda massageava a pele sensível de suas nádegas. Era difícil ter um pensamento coerente nesses momentos, momentos em que ele se concentrava em apenas obedecer. Nico sabia que assim que as endorfinas deixassem seu corpo, ser um bom garoto ou não, não faria diferença, porém, nesses longos minutos, sentindo as mãos de Percy sobre ele e lábios contra os seus, nada era mais importante.

— Shhhh... está tudo bem. — Percy murmurou contra seus lábios, o fazendo abrir os olhos. Nico inspirou profundamente e gemeu, sentindo os dedos molhados de Percy roçarem em sua entrada, a posição em que eles estavam perfeita para a penetração; ele sentado no colo de Percy com suas pernas rodeado a cintura de Percy.

Não demorou muito depois disso, um dedo virou dois e então a cabeça do membro estava tocando sua entrada, fazendo um pouco de pressão até entrar, deslizando na passagem apertada e o fazendo curvar a coluna, gemendo ao sentir Percy o penetrar completamente. Isso era algo que Nico não entendia, ele costumava odiar essa sensação do esticar de seus músculos, da leve ardência que o queimava sem o machucar. Agora? Ele amava sentir seu corpo se abrir e permitir que Percy entrasse dentro dele, um prazer que Nico não entendia se era completamente físico ou se também era emocional.

Nico deixou que mais um gemido saísse, sentindo a dor voltar com tudo, quando Percy segurou em suas nádegas, o fazendo se contrair todo.

— Hmm. Tão gostoso. Você gosta desse jeito, não?

Ele... Nico amava. Gostava de cada gesto e cada toque, cada palavra, cada movimento. Mas, Nico tinha um problema, tinha medo dizer o quanto gostava de cada coisa que Percy o fazia sentir, fossem emoções positivas ou negativas. Pois, ás vezes, Percy era um tanto... cruel, o dominando para além do que Nico estava confortável. Percy usava o que Nico dizia contra ele, ainda que fosse da melhor forma possível. Mesmo que Nico não quisesse admitir. E se um dia, um dia que estava muito distante de chegar, Percy o dominasse de tal forma que Nico nunca mais seria capaz de sair desse estado mental submisso e se tornasse apenas o que Percy queria que ele fosse, nada mais do que uma boneca de retalhos?

De fato, Nico sentia que isso poderia acontecer a qualquer momento, com o mínimo toque e palavras ditas docemente ao pé de seu ouvido. Sentia que sua mente iria flutuar para longe dele e apenas sobraria a parte dentro dele que vivia para satisfazer os desejos de seu dono.

— Bebê? — Ele ouviu ao longe a voz de Percy o chamando de volta, como se o puxasse com uma corda de volta para a terra. — Aqui está você. Tão bonito.

— Ah, eu vou... gozar... — Nico gemeu, estremecendo, Percy o segurando pela nuca e costas, afetuosamente, movendo sua cintura em direção a mais um orgasmo, seus ossos parecendo feitos de geleia e seus músculos completamente relaxados.

— Isso. Assim?

Nico não aguentava mais. Percy alcançou aquele lugarzinho dentro dele, a sensação vindo repentina. Em um momento ele se sentia feito manteiga derretida e no próximo, Nico se contraia, gozando, enrolando suas pernas ao redor da cintura de Percy e jogando a cabeça para trás em um grito silencioso. E sem ser tocado, expeliu, por longos momentos se sentindo esvaziar, apenas parando quando a exaustão o fez relaxar mais uma vez.

— Per. — Ele choramingou, seus nervos hiper sensíveis. A sensação vindo tão repentinamente quanto seu orgasmo.

— Está tudo bem. Estou aqui.

Um beijo foi colocado em seu pescoço, outro em seu rosto e enfim em seus lábios. E então, tudo pareceu ficar melhor. Sua respiração se acalmou e se coração desacelerava.

— Bom garoto. Tão obediente.

Se ele tivesse um rabo, Nico estaria o balançando de felicidade nesse exato momento. Pois era assim que Nico se sentia, feito um animalzinho de estimação que havia sido elogiado por um aprender um novo truque e por seu um bom garoto.

— Eu não sou um... um... — Nico não conseguiria encontrar palavras mesmo que quisesse, sua cabeça estava vazia demais para montar pensamentos complexos.

— Ah, você não é o meu bom garoto? O meu bebê? Papai vai ficar triste.

Isso era demais para seu cérebro cheio de dopamina. Nico preferiu fechar os olhos e esconder o rosto no ombro de Percy, se sentindo seguro e protegido, concordando com Percy ainda que não pudesse admitir o fato.

— Oh, meu bebê não precisa se preocupar. Tenho um presente pra você.

Nico ouviu um barulho de plástico sendo aberto e algo sendo colocado em sua mão.

— Coma.

Nico obedeceu, assim em transe. Deu uma mordida e prazer se espalhou em sua língua. Era chocolate. Bem, era um doce feito de chocolate que eles costumavam comer quando crianças. Costumava ser o seu favorito, algo que ele fazia com as próprias mãos para se lembrar de sua mãe.

— Obrigado. — Ele viu dizendo entre mordidas, contente em ficar exatamente onde estavam; na cama, sentado no colo de Percy com a cabeça apoiada em seu ombro e comendo seu doce preferido.

— Meu bebê merece o melhor.

Disso Nico não tinha muita certeza. Deixaria que Percy decidisse isso por ele, como sempre fazia.

Entãoooo.... eu decidi desenvolver melhor a relação D/s deles. Eu não ia porque mal tenho energia para colocar no papel o que já tenho planejado, então, imagina adicionar mais coisas ainda. Mas... acho que não vou ter outra oportunidade tão cedo para desenvolver esse tema especifico. Espero que vocês tenham gostado. Comentários construtivos me deixaria muito feliz.

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1 month ago

I hate to say this, and like, rain on everyone’s parade, but after scrolling past three posts about it on a writing tag …

If you are looking up synonyms to exchange words out in your story with the purpose of sounding smarter, more sophisticated, or complicated to your reader, you are probably abusing the thesaurus.

Now, if you *want* to do this, I mean, you can write whatever or however you want! But I just want you to know that this is frowned upon if you are trying to write at a professional level.

I have an old article on this somewhere …

I Hate To Say This, And Like, Rain On Everyone’s Parade, But After Scrolling Past Three Posts About
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If you want to look at the original article…

https://www.septembercfawkes.com/2018/08/how-to-use-thesaurus-properly.html

How to use the Thesaurus Properly
septembercfawkes.com
Some authors say to never use a thesaurus. But guess what? I use one all the time. Why do some authors say that? Because a lot of people in
5 months ago
Olá, Como Tudo Bem? Esse é O Primeiro Post Do Projeto "Escrevendo Histórias". Serão Posts Semanais,

Olá, como tudo bem? Esse é o primeiro post do projeto "Escrevendo histórias". Serão posts semanais, as quintas ou nas sextas. Espero que eles possam te inspirar!


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1 year ago
Writing Meme!

Writing meme!

1 year ago

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XIV

Olá, quanto tempo, não? Para quem não está acompanhando a versão em inglês fiz uma capa com inteligencia artifical. Ficou super fofo.

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XIV

Nesse capítulo temos uma mega cena 18+. Ela é um presente pela demora em atualizar a história. E aproveitando o assunto, gostaria de saber da opnião de vocês sobre algo. Eu deveria continuar com as cenas hot? Tipo, tecnicamente, eu deveria indicar que o blog é para maiores, o que o esconderia por tras daquele aviso chato e me consideraria um bot do sexo, sabe? Se alguém me denunciar, o blog vai ser excluido e aí já viu. Então, eu devo continuar com as cenas +18 por aqui ou coloca-las em outro lugar?

Enfim, ignorem se acharem algum erro, ok? E boa leitura!

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Percy tinha descoberto algo muito interessante nesses últimos dias. Tinha descoberto o caminho certeiro para ter um final feliz, tanto entre as pernas de Nico quando no coração de seu lindo bebê. O segredo para satisfazer Nico era fazer a coisa certa, no momento certo e no ritmo certo. Se ele fosse devagar no começo, o tratando com carinho e fizesse Nico relaxar, a tendência dele ter tudo o que queria de Nico e ir muito além disso, era grande. Sinceramente? Percy não pensava como alguém tão inocente em tudo o que fazia podia ter um lado tão desinibido entre quatro paredes. O engraçado era ver os raros momentos onde Nico se lembrava que não devia agir assim e se sentir encabulado para no momento seguinte Nico abrir as pernas e pedir por mais. 

— Você foi um garoto muito arteiro hoje. Você merece uma punição. Meu garotinho lembra o que eu disse hoje mais cedo?

— Hmm… que você me deixaria gozar? — Nico tentou, esperançoso.

— Não, que eu te faria implorar.

— Oh. — Foi tudo o que Nico disse antes que ser jogado na cama e de suas calças serem arrancadas.

Mas Percy fez tudo com carinho. Tirou os tênis de Nico, puxou suas calças para baixo junto com sua cueca e apreciou o momento;.não era sempre que Nico lhe deixava ver toda aquela pele exposta. Ele acariciou as longas pernas de Nico e as beijou devagar, mordiscando por onde ia, torturantemente lento em seu toques, subindo e subindo, chegando na virilha de Nico finalmente e se demorando por ali, massageando a junção das pernas com a pélvis e tocando no membro de Nico quando ouviu um choramingo.

— O que foi, bebê?

— Você… você está me torturando!

— Eu estou?

— Hmhmm. — Nico acenou, levando as mãos ao rosto, como se fosse escondê-lo, acabando por morder os dedos bem no momento em que Percy olhou para Nico, vendo a face corada e os olhos quase se fechando de sono, prendendo o próximo gemido. Percy admitia que estava no clima para fazer exatamente o que Nico o acusava de fazer. Por isso, ignorou o membro ereto de Nico e foi um pouco mais abaixo e acariciou sua entrada, roçando em suaves e delicados círculos até que ela se abriu feito uma flor para ele, pulsando contra seus dedos.

Mas Percy não o penetrou como Nico queria. Não, ele continuou roçando e roçando, vendo Nico se abrir e fechar continuamente, ouvindo os doces gemidos que seu bebê não conseguia conter dentro de si.

— Percy!

— O que foi?

— Eu…

— Sim?

— Eu preciso de você! Dentro de mim!

— Oh, não. Não chore, a gente nem começou ainda.

— O-obrigado. — Nico murmurou, todo choroso, e se inclinou em sua direção, agarrando em sua camisa, implorando docemente, seus grandes olhos negros o fitando tão desesperado e frustrado que Percy teve piedade, embora só agora Percy estivesse se lembrando do combinado deles. Se Nico não soubesse o que dizer e quiser continuar, diria “Obrigado” e quando estivesse gostoso e mesmo assim quisesse parar, diria “Por favor”.

“Tão doce”, Percy pensou. Ele faria tudo ficar melhor.

Percy puxou Nico contra seu peito e o consolou, beijando seus cabelos e murmurando:

— Pronto, pronto. Já vai passar. Viu? Tudo bem?

— Eu… eu queria…

— Eu sei o que você quer.

Ainda com Nico nos braços, Percy se virou para o lado e abriu a primeira gaveta na mesa de cabeceira e tirou um tubo de lubrificante de lá. Colocou um pouco nos dedos, esquentando o gel na mão e levou os dedos para a entrada de Nico. Exatamente como antes, Nico gemeu docemente e jogou a cabeça para trás quando Percy massageou ao redor da entrada Nico, sentindo Nico derreter feito manteiga em seus braços, se entregando para as sensações que sentia.

Percy não pode evitar o calor que se espalhou em seu peito, ambos de prazer e de afeto, mas de luxúria também, aquele sentimento que o fazia se esquecer de tudo e que o incentivava a pegar tudo o que queria.

— É isso que você queria, lindo? Que eu te fudesse na casa dos meus pais?

Percy tentou ser o mais delicado possível, o mais deliciado que sua mente inebriada de prazer permitia. E ele admitia, não era o suficiente para ele, nunca seria, sabendo que essa não era a forma que ele traria seu bebê se estivesse com a cabeça no lugar, mas algo dentro dele dominou seu corpo, o fazendo agir jeito que seu corpo pedia. 

No fim, cuidado e gentileza não era o que ele queria e não era o Nico tão pouco queria. Percy não se orgulhava, quando menos viu estava com três dedos dentro de Nico, o abrindo devagar, mas com vontade e com mais profundamente que havia feito nas vezes passadas. Ele teve que parar por um momento e respirar fundo, tinha prometido que não deixaria seus sentimentos interferirem em seu relacionamento com Nico. O que ele podia fazer se Nico ficava ainda mais bonito, gemendo com as costas curvadas, a ponto de gozar enquanto ele apenas continuava brincando com o corpo de Nico, descobrindo os lugares que o fazia gemer e o que o fazia chorar de prazer, ou mesmo aquele lugarzinho que estava fazendo Nico gritar, tremendo dos pés a cabeça?

Foi por isso que Percy se obrigou a tirar os dedos de dentro de Nico e respirar fundo. Não era certo tratá-lo feito um boneco de retalhos, um brinquedinho que ele podia usar e depois guardar em uma caixa.

— Bebê? Tudo bem? — Percy se forçou a enxergar entre a névoa de luxúria e enxergar seu bebê e não… um amante onde ele poderia satisfazer todos os seus desejos.

Percy viu como em câmera lenta, Nico abriu os olhos, desfocados e dilatados, e respirou tão fundo como ele tinha feito, parecendo confuso.

— Não… ah… não pare… eu… obrigado. — Nico disse na voz mais suave e doce que Percy já tinha ouvido, todo obediente e contente, completando: — Estou tão bêbado.

E então, Nico estava rindo, parecendo mais chapado do que qualquer bebida poderia causar, colocando os braços em volta de seu pescoço e o beijando suavemente. Percy não poderia recriminá-lo, se sentia tão alto quanto Nico demonstrava estar, mas o que Percy não havia percebido até aquele momento eram as lágrimas que escorriam, vendo os olhos de Nico que além de estarem desfocados, estavam marejados também; a pele morena quente ao toque, manchada por linhas invisíveis. Por que Percy sabia disso? Ele teve que levantar sua mão e limpar o rosto de Nico, as deslizando até segurar Nico pela nuca e pescoço, as mantendo ali, fincada nos cabelos de Nico. E Nico? Bem, ele apenas gemeu, deixou que Percy o inclinasse para mais perto e abriu mais as pernas, se oferecendo a Percy. 

Percy não queria pensar nisso, nessa… demonstração de submissão. Aquilo fazia algo dentro dele acordar, algo que Percy tinha vergonha de admitir ter dentro de si. Mas… ele olhou para baixo e viu que Nico tinha gozado em algum momento. Eles deviam parar, não? Então, por que Percy estava abrindo as próprias calças e estava aplicando lubrificante no próprio membro?

Percy grunhiu quando sentiu a ponta da cabeça de seu membro entrar em contato com a entrada de Nico. Eles deviam usar camisinha, não deviam? Mas ele sabia que Nico era virgem antes de transar com ele, o que Percy sabia ser mais uma desculpa para seu cérebro cheio de endorfinas não o forçar a parar. Entretanto, Nico tinha pedido, não tinha? 

Ele não hesitou mais, segurou Nico pela cintura e o puxou contra seu membro, deixando que a  gravidade fizesse seu trabalho. Era uma experiência fora do corpo ver a entrada pequena e apertada de Nico acomodar seu tamanho, o observando descer devagar, o recebendo centímetro por centímetro, vendo seu membro desaparecer dentro de Nico quase sem esforço nenhum, ouvindo agora os gemidos agudos e arfados contra seu ouvido, peito contra peito, sentindo Nico o abraçar com força pelo pescoço e enrolar as pernas em volta dele, rebolando em seu colo tão gostoso que por um momento Percy se viu sem reação, apenas sendo capaz de arfar contra os cabeços negros de seu bebê, o ajudando no que pudesse.

Então, Nico soltou um longo e arfado gemido contra seu pescoço e o mordeu, parando de se mover imediatamente, o apertando tão forte que ele não sabia como não tinha gozado naquele mesmo instante. Nem mesmo assim Percy teve forças o suficiente para parar, achando que eles tinham ficado por longos momentos naquela mesma posição, sentados e imoveis na cama e que talvez Nico tivesse pegado no sono, ou até que Nico tivesse gozado de novo e não quisesse mais continuar. Esse foi o momento em que Percy ouviu um gemidinho manhoso e sentiu Nico se mover, só um pouquinho, girando os quadris, como se tentasse encontrar uma posição melhor. E Percy, como o cavaleiro que era, o ajudou. Ainda segurando na cintura de Nico, ele o moveu um pouco para a direita e então para a frente, encontrando um ângulo mais confortável. Sim! Percy achava que tinha encontrado, sentindo Nico o apertar forte e gemer como se estivesse morrendo.

— É aqui? Assim? É gostoso?

— Ah… ah… obrigado! — Nico se contorceu todo e se forçou contra ele, voltando a abraçá-lo com força. E já que Nico estava tão decidido a matá-los de prazer, era a melhor forma que Percy poderia morrer.

Percy segurou com mais força nos quadris de Nico e quase o imobilizando, o puxou para cima e então o levou para baixo, devagar e gostoso, sentindo Nico o apertar tanto que quase chegava a doer.

— Bebê, você tem que relaxar, hm? Respire fundo pra mim.

Nico fez, porque ele era o melhor garoto do mundo, e se deixou cair sobre seu peito, relaxando com a cabeça apoiada em seus ombros.

Ah, assim era bem melhor, porque, de repente, seu membro estava deslizando para dentro e para fora de Nico sem nenhum esforço, Nico gemendo sem nenhum pudor com a cabeça jogada para trás. Percy observou por um momento como Nico se entregava para ele sem nenhum medo e se esqueceu dele mesmo, lamentando que quase perdeu Nico para sempre.

— Você quer gozar? — Percy perguntou, se sentindo flutuar.

— Per… eu… ah! Eu não sei! — E de novo na voz mais doce, porém agora arfada e desesperada, Nico abriu aqueles olhos negros e implorou com o olhar, algo que ele próprio parecia não saber o que era.

Percy não sabia muito o que estava fazendo, mas se Nico queria, ele faria isso ser realidade.

— Se toque.

— O-oquê? — Nico perguntou sem entender.

— Eu quero que você se toque.

Percy, então, segurou em uma das mãos de Nico e a levou entre seus corpos onde o membro de Nico estava ereto.

— Eu quero ver. — Percy repetiu e esperou para ver o que Nico faria.

Nico piscou lentamente para ele e ainda parecendo incerto e chapado, envolveu os dedos em volta de si mesmo e começou a deslizar a mão para cima e para baixo, no toque mais delicado e suave que Percy já tinha visto. Ele não fez nada além de observar Nico se tocar ainda com ele dentro de Nico, sentindo Nico pulsar e o apertar ritmicamente por curtos minutos. 

Não demorou muito, tão devagar e suavemente como Nico tinha começado, Nico gozou, com longos movimentos e gemidos mais doces ainda. E dessa vez Percy viu, Nico ejaculando, o pequeno membro estremendo e enfim soltando as últimas gotas até que Nico parou de mover a mão e olhou para Percy, piscando lentamente e respirando rápido, como se esperasse a próxima ordem.

Esse estava sendo um momento levemente estranho e maravilhosamente extraordinário para Percy. Ele estava contente em apenas observar o prazer de Nico e deixar que sua ereção sumisse sozinha. O fato é que Nico ainda olhava para ele, ainda parecendo incerto e sinceramente confuso.

— Você não vai gozar? — Nico perguntou a ele e Percy quase riu, achava que estava enlouquecendo.

— O que você sugere que eu faça, hm?

— Oh. — Nico murmurou, entortando a cabeça e encostando delicadamente suas mãos sobre os ombros de Percy. — Eu posso decidir?

— Claro. 

Percy deu de ombros, por que não? 

A surpresa veio imediatamente. Nico levantou o quadril, gemendo baixinho e deixou que o membro de Percy escorregasse para longe dele. Logo em seguida, Nico se ajoelhou na cama, se sentou entre as pernas de Percy e segurando na base, beijou a cabecinha por longos momentos. Ele lambeu e chupou sem pressa para enfim sugá-la inteira, começando uma sucção leve, na visão mais bonita e erótica que Percy já tinha tido o prazer de presenciar, achando que aquele seria o orgasmo mais rápido de sua vida. 

Nico começou a mover as mãos também e de repente, seu membro estava deslizando para dentro da garganta de Nico. O que o fez em fim gozar foi quando Nico engoliu em volta dele e arfou, engasgando levemente. E de novo, Percy não teve reação se não se apoiar na cama e jogar a cabeça para trás, gemendo longamente. O surpreendendo novamente, Percy observou Nico continuar a chupa-lo, agora tão suavemente ele mal podia sentir, só deslizando para longe quando Nico teve a certeza que Percy tinha terminado, enfim amolecendo contra seus lábios. Era como se um mundo novo tivesse se aberto bem em frente aos olhos de Percy; ele não sabia que alguém chupar seu membro poderia sacudir seu mundo dessa forma. Mas, claro, Nico não era qualquer pessoa e ninguém além de Nico poderia causar essas sensações nele.

— Per? — Ele ouviu a voz baixinha de Nico o chamar. Percy abriu os olhos e percebeu que ele ainda tinha a cabeça jogada para trás e encarava o teto. Era difícil até de abrir a boca.

— Hm?

— Eu… desculpa… eu não queria…

Ele não queria? Percy queria rir de histeria e prazer.

Contente e verdadeiramente satisfeito, Percy enfim reuniu forças para se mover e se sentou na cama, vendo que Nico ainda estava entre suas pernas. O engraçado é que Nico não parecia feliz, parecendo que iria cair nas lagrimas a qualquer momento.

— O que foi, bebê?

— Eu te machuquei.

— Me machucou?

— Você parecia com dor, mas eu não queria parar. Você nunca me deixa fazer isso.

Percy sorriu e puxou Nico para seu colo, o abraçando contra seu peito. Ele poderia dizer que Nico estava certo; foi tão bom que chegou a doer, como se seu orgasmo estivesse sendo puxado para fora dele e Percy não tivesse nenhum controle sobre isso.

— Você não me machucou. De fato, você só precisava pedir. Você foi ótimo.

— Eu fui… ótimo? — Nico se afundou contra o peito de Percy, mas ainda parecia em dúvida. — Se você diz, vou acreditar.

Percy sorriu novamente e beijou os cabelos de Nico. Ele só esperava que Nico não brigasse com ele na manhã seguinte quando ambos estivessem completamente sóbrios.

***

— Se você diz, vou acreditar. — Percy ouve Nico dizer, o observando fechar os olhos e suspirar antes de relaxar contra seu peito, agora respirando profundamente em seu sono.

Percy quase caiu na tentação de fazer o mesmo e dormir naquela exata posição, sentado no meio da cama com Nico o usando como um travesseiro. Mas infelizmente, ele tinha que ser a pessoa responsável. Sentindo as pernas ainda tremendo, colocou Nico deitado sobre os travesseiros, o cobriu com um lençol e se levantou. Entrou no banheiro da suíte e depois de se limpar e arrumar suas roupas, voltou para o quarto com uma toalha umedecida e limpou Nico, dizendo um “Volto logo”, que Nico pareceu não ouvir e saiu do quarto, fechando a porta suavemente atrás dele, deixando Nico debaixo das cobertas apenas de meias e camiseta. Desceu as escadas e já se arrependendo, viu que ainda tinha pessoas na festa. Não que isso importasse para ele, era apenas mais um dia na casa dos Jackson, por isso andou com passos decididos para a cozinha, mas quando chegou lá teve uma surpresa indesejada. 

Era Annabeth, é claro! Quem mais poderia ser? Seu relaxamento desapareceu em um piscar de olhos, especialmente quando Annabeth se virou para ele e sorriu, segurando uma taça de cristal com vinho tinto contra os lábios, a bebida favorita dela, Percy infelizmente sabia disso. 

Talvez ele tenha escondido algumas coisas de Nico e talvez ele tivesse passado mais tempo do que queria com Annabeth nos últimos anos; Nico tinha ido embora e Percy tinha se sentindo solitário, imagina sua surpresa quando Annabeth lhe mostrou um pouco de solidariedade. 

Percy tinha baixado a guarda, ele admitia. Em nome dos velhos tempo e da infância, Percy decidiu que dar outra chance para a primeira amizade que tinha feito na vida poderia dar certo. O fato é que tudo ficou bem por algum tempo, a turma se reuniu mais uma vez e tudo ia bem, isso é, até que Annabeth em uma sessão de estudo regada a bebida, seus melhores amigos e livros espalhados em todas as superfícies de seu quarto, tinha tentado lhe beijar. No fim, tudo o que Annabeth queria era ser a rainha do baile e se aproveitar da influência de sua família para conseguir uma bolsa de estudos e uma posição de líder de torcida na melhor universidade do país. Se ela tivesse pedido essas coisas para ele, Percy não teria se importado em ajudar, mas como ela decidiu pegar a força, Percy devolveu na mesma moeda.

Agora, aqui estavam eles. Annabeth em um longo vestido vermelho que não escondia nada, parada em frente a geladeira, parecendo observar algumas fotos presas nela, fotos deles e de seus outros amigos de quando eles eram crianças e Percy ainda não havia conhecido Nico. Percy quase acreditou no olhar de saudade dela, quase foi enganado mais uma vez, e tudo isso porque ele estava tentando levar um copo de água com analgésicos para seu bebê, hm?

Não dessa vez.

— O que você está fazendo aqui? Pensei que eu tinha sido claro.

— Eu queria conversa com você.

— É melhor você ir embora.

— Você não sente falta da gente? De como costumava ser?

Annabeth, então, se virou totalmente em sua direção e colocou a taça em cima da bancada, se aproximando mais dele, desfilando, como se tentasse seduzi-lo. Tudo o que aquilo causou foi fazer seu estômago se revirar. Do que ele sentiria falta? De se sentir sozinho, como se ele fosse invisível? De viver para realizar todos os desejos egoístas dessa garota mimada? De não poder fazer algo se Annabeth não permitisse? O pior sempre seria saber que não importa o que ele fizesse, Percy sempre se sentiria com frio e abandonado, mesmo que ela estivesse há menos de cinco passos de distância.

 — Como você pretendia fazer isso? Invadindo meu quarto no meio da noite?

— É uma boa ideia. Eu ainda me lembro onde fica.

— Você enlouqueceu? É isso?

— É você que não entende! Deveria ser nós dois. Isso não é natural. O que seu pai diria se te visse assim? — Annabeth tocou em seu ombro e então a ânsia de vômito realmente veio, quase se materializando.

— Meu pai não tem nada a ver isso. Você passou dos limites.

— Percy, querido. Ainda não é tarde demais. — Annabeth tocou em seu rosto e o encarou com aqueles frios olhos acinzentados, algo que no passado ele achou lindo e magnético, mas que agora congelava seu corpo e alma. Se tinha algo que ele havia aprendido com Annabeth é que a manipulação vinha em todos os tamanhos e formas.

Ele deu um passo para trás, saindo do alcance de Annabeth e respirou fundo, se sentindo libertar de um fantasma que continuava a assombrá-lo desde que ele decidiu que gostava mais doces garotinhos bem comportados do que de garotas manipuladoras e cruéis. Talvez Nico estivesse certo e a única forma dele realmente se livrar de Annabeth seria fugindo e desaparecendo, exatamente como Nico tinha feito.

— Você precisa ir embora. Agora!

— Percy, sei que você está confuso. Ele é tão bonitinho que até parece uma garota, não é? Ele nunca vai te dar o que eu posso. Uma família. Um lar.

“Nico pode me dar…?’’, Percy se perguntou por um momento, distraído. Então, ele sentiu vontade de rir. Nico lhe dava exatamente o que ele queria e do exato jeito que ele mais desejava.

— Você tem certeza?

Percy sabia que não devia, sabia que isso não era da conta de Annabeth, e mesmo assim, ele fez. Percy abriu os primeiros botões de sua camisa e mostrou a marca no meio de seu peito de dentes e unhas, perto do pescoço, porém discretos o suficiente para cobrir com a camisa.

— Você acha que Nico não me dá o que eu preciso? Ele é muito melhor do que você jamais será.

— Você vai se arrepender! Como você me trocar por aquele--

— Na verdade, mesmo que eu não estivesse com ele, você seria a última pessoa na face da terra que--

Plaft! 

Percy não sentiu a dor vir, apenas escutou o barulho da mão de Annabeth contra seu rosto, o toque frio da mão dela o congelando por dentro. O choque veio quando seu rosto virou para o lado com o impacto, veio quando o grito de fúria dela chegou a seus ouvidos, completamente enraivecida, como se um demônio tivesse possuído o corpo da beldade de olhos claros e cabelos loiros.

— Você acha que pode falar comigo desse jeito? Que pode me tratar assim? Quem você pensa que você é! — Annabeth bradou, indo para cima dele mais uma vez. Mas dessa vez, Percy se negava a se submeter as vontades dela, ele não tinha medo do que diriam ou quais seriam as consequências.

Dessa vez, Percy segurou nos braços de Annabeth e a encarou, sem medo, antes que o próximo tapa pudesse chegar.

— Nós terminamos aqui. Não quero te ver, escutar sua voz ou saber de você. Você não é bem-vinda na minha vida ou na vida de Nico. E se você tentar algo, vai se arrepender. Esse é meu último aviso.

Com isso, Percy deu as costas a ela e saiu da cozinha ainda ouvindo os gritos de Annabeth. Quando Percy voltou, Annabeth ainda estava na cozinha andando de um lado para o outro, furiosa, com a taça de cristal na mão. Mas se fosse por Percy, Annabeth que guardasse a taça de recordação. Ele não queria nada em que ela tivesse tocado.

— Se certifiquem que ela nunca mais coloque os pés nessa casa.

Parado, no meio do corredor que dava para a entrada da cozinha, Percy observou os homens acenarem e irem em direção à intrusa. Cada um segurou Annabeth por um braço e sem mais palavras, Annabeth é levada pelos homens, berrando e ofendida, porque, finalmente, a pessoa que assombrava seus pesadelos estava banida de sua casa e de sua vida de uma vez por todas.

***

Ainda escutando os gritos da loira, Percy pôde enfim pegar o copo de água e os analgésicos que Nico iria precisar. E se sentindo exausto e com o rosto latejando, subiu a escada para o andar superior e entrou em seu quarto no fim do corredor, encontrando Nico acordado, encostado contra o batente da cama e olhando para o próprio colo coberto apenas pelos lenções com a expressão mais triste e cabisbaixa que Percy já tinha visto em seu bebê.

Tudo fica pior no momento em que Percy fecha a porta e entra no quarto. Nico levanta a cabeça e olha para ele com aqueles grandes olhos negros, agora marejados.

— Onde você estava? — Nico diz em voz baixa, soando rouca e cansada.

— Eu fui buscar um remédio para ressaca.

— Eu não estou de ressaca.

Mas Nico parecia que iria cair no sono a qualquer momento, continuando a olhar para ele, como se não acreditasse nele, e Percy desiste de tentar convencê-lo. Porque, nisso, eles eram parecidos. Uma vez que eles se decidissem por algo, nada os faria mudar de ideia. Seria pior se eles descobrissem que o outro estava mentindo. Assim, conformado, Percy andou a passos rápidos até a mesa de cabeceira, colocou a água e o remédio em cima dela e se sentou ao lado de Nico, o puxando para seu colo.

— O que foi, hm?

— Não é nada. — Nico enfiou o rosto na curva do pescoço de Percy e o abraçou forte pela cintura, relaxando, e só assim se sentiu confortável o suficiente para dizer o que pensava. — Eu vi Annabeth na festa. Depois que você mandou ela embora. Eu odeio saber que ela ainda está por perto, rondando a gente e esperando o momento certo para atacar.

Então, esse era o problema.

Bem, Nico estava mais certo do que pensava. 

Percy abraçou Nico mais forte, o envolvendo completamente em seus braços e suspirou, encostando sua cabeça no topo dos cabelos de Nico.

— É isso o que você pensa de mim? Que eu iria correr para o lado dela depois de ficar com você?

— Não, acho que não. Eu só… ela tem uma influência estranha sobre você. Eu só… não gosto disso.

— Não gosta do quê?

— Do jeito que ela olha para você. Como se quisesse te… dominar. Me mata pensar que… pensar que ela pode conseguir o que quer.

“Como eu faço com você?”, Percy teve o impulso de perguntar, mas parou antes que eles entrassem em uma discussão que ambos não estavam prontos para enfrentar. Embora ele soubesse que a situação deles fosse diferente, e mesmo que Percy quisesse dominar Nico, era algo completamente consensual entre ambas as partes; já com Annabeth, ele não poderia dizer o mesmo. Apenas o pensamento disso revirava seu estômago.

— Você não precisa se preocupar. — Percy disse por fim, tentando relaxar.

— Sei.

— Nico.

Percy segurou no rosto de Nico, puxando sua cabeça para cima e o forçou a encará-lo:

— Eu te amo. Só você e ninguém mais. Quando você vai entender isso?

— Eu entendo. Acreditar, é mais difícil. Eu lembro das vezes que você vinha cheirando diferente… ou com mordidas em lugares suspeitos… — Nico levou as mãos ao lugar que ele mesmo tinha deixado uma marca, afastando a camisa para tocar na pele e fazendo Percy entender tudo. 

— Eles não significavam mais do que… alivio de estresse. — Percy disse, tocando na mão de Nico sobre seu peito. — Eles nunca significaram nada mais do que isso. Você precisa acreditar em mim.

— Na época eu não conseguia entender. Era tão confuso. Você dormia na minha cama e fazia sexo com eles. — Mas agora, Nico parecia entender melhor, indo para a Itália e sentindo a necessidade de aliviar esse mesmo tipo de estresse.

— Você era… um anjo perfeito, delicado e imaculado. Eu não queria te sujar.

— Me sujar? — Nico disse, parecendo confuso mais uma vez.

— Eu não queria te forçar como aqueles meninos fizeram.

Nico levantou a cabeça, pronto a dizer que aqueles garotos nunca se comparariam a Percy, voltando a encará-lo. Porém, quando Nico viu uma marca grande no lado direito do rosto de Percy a confusão foi substituída por preocupação. 

— O que aconteceu? — Percy estranhou imediatamente a mudança em Nico. O garotinho estava fazendo uma careta, algo entre confuso e irritado.

— Seu rosto. Quem te bateu?

Será que seria muito brega dizer que Nico o fez esquecer da dor? Percy decidiu que sim, era uma das coisas mais bregas que ele já tinha pensado em dizer.

— Não foi nada. Apenas um arranhão.

— Eu quero saber. — Quando Nico percebeu que exigir não funcionaria, ele tocou suavemente no rosto de Percy e o beijou docemente nos lábios, dizendo todo delicado e baixinho: — Estou preocupado com você. Por favor, Per. Me diz quem fez isso com você.

— Nem doí mais.

— Por favor?

— Annabeth. Foi Annabeth. Eu encontrei ela na cozinha. — Percy suspirou e fechou os olhos, quase ronronando com o toque carinhoso de Nico. — Ela não aceitou um não como resposta.

— Per! Você devia fazer uma denúncia!

— Talvez amanhã. Quando Sally ver meu rosto e me obrigar a ir. Ou Paul chegar de viagem e me arrastar até lá com a ajuda de Tyson.

— Per. — Nico murmurou fracamente, seus olhos se enchendo de lagrimas, fazendo o coração de Percy se apertar e se encher de afeto na mesma proporção.

— Estou bem. Eu juro. — Para provar seu ponto, Percy o beijou suavemente e acariciou os cabelos de Nico, os penteando para trás. — Viu? Está tudo bem.

— Então, você tem que tomar o remédio.

— Mas eu trouxe para você.

— Vamos dividir.

Percy sorriu e deu de ombros. Quebrou o remédio no meio, deu uma parte para Nico , engoliu a outra parte e segurou nas mãos de Nico.

— Que tal um banho antes de ir pra cama?

Nico aceitou a oferta, é claro. Porque Nico era o garoto mais obediente e bem-comportado do mundo, sempre querendo o agradar e cuidar dele, mesmo que Percy não merecesse.

Assim, Nico tocou o remedia com a água e eles tiraram o resto das roupas, tomaram uma ducha rápida e logo estavam debaixo das cobertas. Tinha sido um longo dia e tudo o quê eles queriam eram um momento de paz e silencio.

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Obrigada por ler!

Se você gostou me deixe um comentario, sugestões e criticas construtivas. Até um emoji é valido, apenas para eu saber que a história está agradando.

Até a proxima.


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1 year ago

There is no such thing as a perfect first draft. There are only great revisions.

Don’t get caught up with trying to make your first draft everything you want it to be. Instead, focus on the fundamentals, and then have fun sculpting it into what you imagine.


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7 months ago

Nico and Percy

Okay so I’ve received a lot of asks about Nico and Percy and how Percy treated Nico and someone else sent me a link to a post that had more stuff.

90% of the stuff I’ve seen is either inaccurate or taken out of context.

Lets start with the choking scene.

This scene happened right after Nico lied to Percy to trick him into coming to see Hades so that Nico could learn more about his mom. They were meant to go to the Styx in order to give Percy the Achilles Curse so they had a chance at winning the war. This resulted in Percy being locked up by Hades.

Nico did not intend for this to happen, but he did knowingly lie to Percy. Percy understandably did not trust Nico after that.

The mountain of darkness loomed above me. A foot the size of Yankee Stadium was about to smash me when a voice hissed: ‘Percy!’

I lunged out blindly. Before I was fully awake, I had Nico pinned to the floor of the cell with the edge of my sword at his throat.

‘Want – to – rescue,’ he choked.

Anger woke me up fast. ‘Oh, yeah? And why should I trust you?’

‘No – choice?’ he gagged.

I wished he hadn’t said something logical like that. I let him go. (The Last Olympian page 60).

As you can see, the initial action was taken before Percy was even awake. After he was awake, and got through his initial anger at the betrayal with Nico’s comment, he released Nico and they escaped.

He acknowledged silently later that he didn’t trust Nico anymore and Nico was aware that his actions meant he wasn’t trusted.

So the choking scene: not Percy being unreasonably cruel to Nico.

Threats is another common thing I see people bring up and… I’m genuinely baffled by that one. The closest I can think of is the scene I quoted above? But that doesn’t seem to fit? Anyone want to quote some threats Percy made to Nico? Because I don’t know any.

Next up! The claims that Percy said they should leave Nico to suffocate. Funnily enough he actually says the opposite, multiple times.

Percy stared at his jelly donut. He had a rocky history with Nico di Angelo. The guy had once tricked him into visiting Hades’s palace, and Percy had ended up in a cell. But most of the time, Nico sided with the good guys. He certainly didn’t deserve slow suffocation in a bronze jar, and Percy couldn’t stand seeing Hazel in pain.

“We’ll rescue him,” he promised her. “We have to. The prophecy says he holds the key to endless death.”

Is this first time kind? Not necessarily. But it’s certainly not saying to leave Nico. For multiple reasons, he didn’t deserve, Percy didn’t want Hazel to hurt, and (what he says outloud) Nico is an important figure in the war.

Percy also makes a comment later when they feared they’d be too late

The vision zoomed in again. Inside the jar, Nico di Angelo was curled in a ball, no longer moving, all the pomegranate seeds eaten.

“We’re too late,” Jason said.

“No,” Percy said. “No, I can’t believe that. Maybe he’s gone into a deeper trance to buy time. We have to hurry.”

Funny, this doesn’t sound like someone advocating to leave Nico to die. In fact it sounds like someone almost desperate to save him, or at least hoping strongly that they’ll succeed.

Interestingly there were comments about leaving Nico, but not from Percy. They came from Jason and Leo.

“Uh…” Leo shifted in his chair. “One thing. The giants are expecting us to do this, right? So we’re walking into a trap?”

Hazel looked at Leo like he’d made a rude gesture. “We have no choice!”

“Don’t get me wrong, Hazel. It’s just that your brother, Nico… he knew about bothcamps, right?”

“Well, yes,” Hazel said.

“He’s been going back and forth,” Leo said, “and he didn’t tell either side.” Jason sat forward, his expression grim. “You’re wondering if we can trust the guy. So am I.”

Hazel shot to her feet. “I don’t believe this. He’s my brother. He brought me back from the Underworld, and you don’t want to help him?”

Frank put his hand on her shoulder. “Nobody’s saying that.” He glared at Leo. “Nobody had better be saying that.”

Leo blinked. “Look, guys. All I mean is—”

“Hazel,” Jason said. “Leo is raising a fair point. I remember Nico from Camp Jupiter. Now I find out he also visited Camp Half-Blood. That does strike me as… well, a little shady. Do we really know where his loyalties lie? We just have to be careful.” (Mark of Athena page 125)

How interesting that they’re the ones making comments about leaving Nico…

Next of course I’ve heard the wonder bread brought up? And I had to key word search wonder bread in the books to figure out what that was about and it appears to be a single thought Percy had while they were trying to rescue Nico.

Nico started to crawl away, groaning. Percy wanted him to move faster and to groan less. He considered throwing his Wonder bread at him. (Mark of Athena page 357)

Percy did not actually throw the bread for anyone wondering, and I hardly see how the panicking thought of trying to get them all out of there and keep Nico from being noticed by the people he was escaping from is even something for you to hold against him.

Finally the thing I hear the most, Percy calling Nico creepy and spreading rumors.

Creepy is used in MoA 5 times, in HoH 2 times, and BoO 8 times.

In MoA it’s used by Percy once, and that time is describing Persephone’s garden, not Nico. This comment is also only made in his thoughts, not outloud.

Funnily enough Leo does mentally refer to Nico as creepy in MoA

Nico and Hazel shared a look, maybe comparing notes on their Hades/Pluto death radar. Leo shivered. Hazel had never seemed like a child of the Underworld to him, but Nico di Angelo—that guy was creepy. (Mark of Athena page 396)

In HoH it is used once by Jason in regards to Nico, not at all by Percy.

Nico gave him a thin, creepy smile. ‘Ah … that legend.’ (House of Hades page 164)

In BoO it’s actually used by Nico about himself.

By now, Will Solace realized just how creepy and revolting Nico di Angelo was. Of course, Nico didn’t care what he thought. But still …  (Blood of Olympus page 317)

And once by Reyna about Nico

Reyna had stitched up the gashes on his biceps, which gave Nico a slightly creepy Frankenstein look, but the cuts were still swollen and red. (Blood of Olympus page 140)

So uh, no Percy did not call Nico creepy. And I have found no evidence of Percy spreading rumors so like with the threats, feel free to find me quotes proving that claim.

Concluding all of this I will point out that prior to book 5 (TLO) Percy was doing everything in his power to find Nico and protect him. After book 5 Percy only had one physical altercation with him (when he was half asleep and right after the betrayal occurred) and otherwise did not hold it against him beyond having his trust broken. As time went on we know from Percy’s thoughts that he doesn’t trust Nico, but he makes no comments saying such and agrees to help rescue him and does everything he can to do so.

Their conflicts are understandable due to their history. Percy’s feelings on Nico are complicated but understandable and he has not let it interfere with their jobs, if anything it interfered in a negative way making them risk the quest to save Nico (though Nico was a key figure needed to succeed in the end).

Overall I don’t know where these claims come from beyond people wanting to find issues with Percy (to the point they make stuff up).

1 year ago

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO V

Ei, como vai? As coisas começam ficar mais serias e logo vamos entender o que realmente aconteceu no passado. Enquanto isso a relação dos garotos continua evoluindo. Já aviso que vai ser algo d/s, sabe? Dominador e submisso, mas de uma forma bem natural. Quer dizer, eu sempre escrevo sobre isso, então, não é nenhuma novidade, só que não vai ter nenhuma explicação extensa ou deslocada do enredo. Não vai ser nesse capítulo que isso vai acontecer, mas eu queria dar um aviso bem antecipado: para quem não gosta desses temas, não perca seu tempo. Também queria avisar que a real personalidade deles logo vai aparecer.

A verdade é que vou escrevendo conforme as ideias vão aparecendo, então, se você ver algo que não faz sentido ou ver um furo narrativo, me informe. Até porque depois que terminar essa primeira versão, vou revisar.

Obrigado pelo apoio e sejam bem-vindos quem está chegando agora. Todos me encontraram no tumblr ou vieram do Spirit? Vou adorar conversar com vocês nos comentários ou asks!

Boa leitura!

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV

CAPÍTULO V

Como previsto, era um novo dia. O sol brilhava forte pelas persianas, os pássaros cantavam e eles estavam atrasados. Entretanto, o que lhe preocupava não era o fato de ser quase sete horas da manhã e sim que alguém estava batendo na porta, e esse alguém ser sua irmã, Bianca, que geralmente estaria muito longe dali em sua primeira aula do dia, parada no lado de dentro do cômodo, os observando alegremente.

Aquilo era um pesadelo, essa devia ser a única explicação para justificar a cena em que Nico se encontrava. Percy contra suas costas, o abraçando apertado com apenas um lençol escondendo suas virilhas. Se Bianca decidisse puxar o lençol, veria tudo, as marcas nas costas de Percy e o cupão no meio de suas pernas, impossível de não reparar mesmo daquela distância. E ao contrário do que ele pensava, Bianca decidiu por ser bondosa. Ela deu um tchauzinho com um sorrisinho de canto e fechou a porta suavemente, embora ele conseguisse ouvir o som da risada dela enquanto se afastava pelo corredor. E de novo, ele se perguntava o que estava fazendo. Ele nem… nem tinha retribuído Percy na noite anterior. Ele era a pessoa mais mesquinha e egoísta desse mundo tod-- 

Nico teria continuado seu autoflagelo se não tivesse sentido uma risada silenciosa contra suas costas.

— Você está rindo de mim? — Nico disse, se virando nos braços de Percy. O garoto estava acordado e com um daqueles sorrisos que o enfurecia e excitava ao mesmo tempo.

— Você tem que admitir, é bem engraçado.

— Não é não!

— Qual a novidade? Não é a primeira vez que alguém pega a gente dormindo junto.

— É? Mas é a primeira vez que estamos pelados!

— Oh. — Percy diz, seu sorriso se suavizando. — É melhor ainda.

— Seu-- seu--!

Nico se levantou mais rápido que um foguete, pegou a primeira coisa que viu e jogou na cabeça de Percy. Quando viu que era um travesseiro, pegou o objeto de novo e bateu com ele na cabeça de Percy até que seus braços começaram a doer e ele foi obrigado a parar, se acomodando onde estava, e que ele percebia só agora ser o colo de Percy. O que mais o irritou foi o fato de Percy nem ter tentado se defender, rindo, estatelado na cama como se fosse o dia mais feliz de sua vida.

— Percy!

— Deuses! Acho que vou morrer. Eu voltei no tempo por acaso? Eu ainda me lembro--

— Não se atreva! Quantos anos você tem?

— Dez. Quer brincar de casinha como a gente costumava? Eu vou construir um forte com cadeiras e cobertores e a gente pode--

— O que deu em você hoje, hein?

— Eu estou feliz. Você não está?

Nico parou no meio de outra reclamação, percebendo que estava pelado e ainda sentado no colo de Percy, exatamente como em outras milhares de vezes, mas que dessa vez, significava muito mais.

— É claro que eu estou. Você não precisa voltar para o maternal.

— Por que não? Era mais divertido do que fingir ser um adulto responsável.

— A gente não está fingindo… está?

— Nico. — Foi o que Percy disse antes de se sentar e o abraçar forte pelo meio das costas. — Eu posso fingir muitas coisas, o que eu sinto por você não é uma delas.

— Eu não entendo porque logo agora. O que mudou?

— Tudo mudou. Você foi embora.

— Per… eu não sabia que você se importava tanto, pensei que… era melhor se você não tivesse uma sombra te seguindo pelos cantos.

— Nico. — Agora Percy parecia estar em dor. — Quem te disse isso? O que te faria pensar assim?

— Bem… é que… você sabe… ela disse aquelas coisas e eu me perguntei “e se for verdade?”. Pensei que um pouco de distância ia ser bom.

— Pra quem? Pra mim ou pra você?

Era uma boa pergunta. Ele só não queria se sentir tão mal a cada vez que via aquelas pessoas no corredor do colégio, murmurando em suas costas, coisas que ele nem queria saber o que era, mas que fundo já suspeitava o que poderia ser.

— Me responda. — Então, Percy segurou em seu rosto e o fez encará-lo. — Do que você estava fugindo?

— Faz diferença agora? O que você vai fazer? Ir atrás dessa pessoa e dizer como ela é horrível? Do que… do que adianta ficar olhando para o passado?

— Quando foi que você cresceu tanto? — Percy não parecia feliz com isso, no máximo resignado.

— Quando eu tive que deixar para trás a coisa que eu mais amava.

Isso finalmente fez Percy se calar, olhando para ele de forma tão triste que parecia que Percy cairia no choro a qualquer momento.

— Eu sei quem fez isso, eu precisava ouvir da sua boca. Não queria acreditar que ela faria algo assim.

Nico se pegou sorrindo, embora fosse um sorriso murcho e triste. Essa era a verdade, pessoas eram más e algumas delas fariam o impossível para conseguir o que queriam. O segredo era não ser inocente e se proteger, ou tentar ficar longe da ira delas. O que eles poderiam fazer além de tentar? Ele abraçou Percy bem apertado e colocou a cabeça sobre o ombro dele. Já que eles estavam atrasados, não tinha porque apressar as coisas.

***

Quando eles enfim desceram as escadas de banho tomado e cabelos penteados, o café da manhã já estava na mesa; ovos, bacon, café e suco. Algo simples, mas que eles raramente tinham tempo para fazer. Por que eles não tinham? Ah, agora ele lembrava. Ter que correr de Will ou explicar para o pai porque ele não queria passar tempo na empresa de fato tinha tomado todo o seu tempo e o de Bianca também, que corria de Hades tanto ou mais que ele. Mas, aqui? Na quietude sem pessoas os perseguindo era o paraíso, era um peso que finalmente tinha saído de suas costas. Provavelmente não ia durar muito, infelizmente. Era por isso que Nico queria ir devagar, e talvez assim, ele tivesse um tempo para organizar a mente e decidir o que fazer a partir daquele momento.

— Tudo bem? — Percy disse no corredor, assim que eles saíram do quarto, indo em direção às escadas para chegar no andar térreo. — Você está muito quieto desde que entramos no banho.

— Hm. — Ele era tão óbvio assim ou Percy apenas prestava atenção? — Eu estava pensando…

— No quê?

— Eu… eu só quero terminar o colégio sem drama, sabe? Me formar e tentar fazer algo útil da vida.

— Isso é sobre a gente?

— Falei sério quando disse que não queria um namorado.

— Tudo bem. — Percy acenou, todo sério, embora ele tivesse as mãos sobre os ombros de Nico enquanto eles desciam as escadas, perto demais para falar a verdade. Mas era um perto que Nico gostava, mesmo que soubesse que isso tornava as coisas mais complicadas. — Você vai parar de falar comigo ou é sobre o sexo?

— Eu… — Era outra boa questão. Ele queria se afastar de Percy?

— Então, não há motivo para colocar rótulos no que a gente é. É só um nome. Nunca vou pedir algo que você não está interessado em oferecer.

Nico sabia disso, Percy nunca tinha feito isso antes e não era agora que o amigo começaria a forçá-lo a algo. De fato, Percy tinha sido tão paciente que ele tinha confundido cuidado com desinteresse durante todos esses anos. Agora, ele entendia. Bem, ele entendia por causa do dia anterior. Era revelador. De verdade.

— Percy, olha--

— Eu entendo mais do que ninguém, mas isso não muda nada entre a gente. Não estou com pressa e não vou a lugar algum.

— Você promete?

— Eu prometo. Sou o mesmo velho Percy e você é o meu doce Nico. Nada vai mudar.

Nico piscou lentamente e se viu perdido nos olhos de Percy, preso em cada palavra e em cada sussurro proferido. Ele sabia de tudo isso e odiava como o apelido agora soava sexual, “Meu pequeno Nico” ou “Meu doce Nico”, saindo dos lábios de Percy num tom tão possessivo e quente que ele devia correr para bem longe enquanto ainda podia. Sabia que devia, e esse era o problema, a vontade e a compulsão de se aproximar de Percy eram maiores do que qualquer racionalização que ele pudesse ter. Quando percebeu o que acontecia, se viu prensado contra a parede ao pé das escadas, Percy colado a ele, mãos em sua bunda, quadris se roçando aos seus e os dedos de Percy o puxando pelos cabelos naquele tipo de beijo indicado para a privacidade de quatro paredes.

Ele não se lembrava de Percy ser assim, tão intenso. Tudo isso realmente era porque ele tinha ficado longe por dois anos? O garoto que ele conhecia era doce, gentil e bondoso. Agora, na maioria das vezes, ele mal conseguia se controlar quando Percy decidia que falar não era o que eles deviam fazer. Como nesse momento, sentindo o quadril de Percy se esfregando contra o seu, quase o fazendo gozar nas calças feito um adolescente à flor da pele, algo que ele nunca tinha sido.

Reunindo forças de onde ele nem sabia que tinha, Nico arrastou seus lábios para longe dos de Percy e respirou fundo para em seguida o empurrar para longe, apenas o suficiente para desgrudar seus corpos, segurando Percy pelos ombros numa distância segura.

— Você não pode fazer isso. Eu não consigo. Você disse que não me forçaria.

— Não estou te forçando. — Então, Percy pensou de novo e completou: — Me desculpa. Não vou fazer de novo.

Nico não sabia se acreditava. Aqueles olhos verdes sobre ele, tão intensos que pareciam queimá-lo onde quer que pousassem e o respirar rápido e arfado lhe diziam outra coisa, lhe diziam que se Percy pudesse decidir eles não estariam parados no meio das escadas.

— Percy, acho que isso não vai dar certo.

— Eu disse que sinto muito. Tive que esperar por muito tempo. É só isso. Não sou um monstro, não importa o que as pessoas digam.

— Ninguém disse nada. — Bem, não desde que ele foi para o exterior. Ele se lembrava de como Lou e Alabaster insinuaram que Percy estava esperando o momento certo para atacar. E tudo o que ele tinha pensado na época era “E daí se Percy estivesse? Eles estavam com inveja?” No fim, ele tinha ido embora com o coração partido e outro trauma para a coleção.

— Hm, lindo. — Percy sorriu e dessa vez Nico estava prestando atenção. Percy deu um passo para a frente e ao contrário do que ele esperava, Percy não tentou beijá-lo, quer dizer, não nos lábios. Percy segurou em suas mãos e as levou aos próprios lábios, beijando cada dedo separadamente. — Eu nunca faria qualquer coisa que pudesse te machucar. Espero que você saiba disso.

— Eu sei. — Nico achava que sabia, mas ele tinha descoberto que pessoas boas podiam fazer coisas ruins e depois de seu último relacionamento, ele não tinha certeza de nada. — Só… vamos devagar, sim?

— Claro, Nico.

Percy sorriu mais uma vez e deixou que ambas as mãos se separassem apenas para segurá-las em um aperto reconfortante, enquanto os dois olhavam para suas mãos entrelaçadas. Hm, era uma cena que ele nunca se deixou visualizar antes, ele e Percy, um lugar tranquilo, natureza ao redor deles, talvez algumas cadeiras estiradas ao sol e eles dois juntos, segurando um na mão do outro enquanto observavam o sol se pôr. Talvez… talvez se ele tivesse sorte o suficiente. Num futuro não muito distante. Talvez se eles conseguissem--

— Aqui estão vocês. Quanto tempo vão ficar sussurrando no escuro?

Era Bianca. Quem mais poderia ser?

***

Por algum motivo, Percy queria rir, embora a experiência estivesse sendo mais estranha do que ele tinha previsto. Ao invés de encontrar Hades que tinha dito para ele que chegaria naquela manhã, era Bianca que tinha os recebido noite passada e aberto a porta para eles; ela não havia perguntado nada e apenas dito: — O quarto do Nico está no mesmo lugar.

Dando de ombros, ele tinha pegado Nico no colo e subido as escadas nem um pouco desanimado pela presença de Bianca. Percy admitia que estava indo rápido demais, ansioso demais, porém, quem podia culpá-lo quando assim que entraram no quarto Nico tinha gemido suavemente e o beijado mais doce ainda, começando a tirar as próprias roupas e se deitando no meio da cama com as pernas abertas? Ele era humano, e como o ser fraco que era, fez o que Nico não tinha coragem de pedir, mas que dizia com o olhar e toda aquela pele exposta. Percy tinha se ajoelhado na cama, beijado desde as pernas de Nico até seu pescoço para enfim tocar onde ele mais queria. Talvez ele tenha se deixado levar um pouco, tocado muita força e quando viu Nico estava gozando em sua boca, em seu rosto, gemendo como se doesse e se contraindo tanto que por um momento achou que Nico fosse ter uma crise de epilepsia, o único motivo dele não se preocupar foi a expressão de puro êxtase no rosto moreno e delicado, o suspiro arfado quando Nico relaxou na cama e fechou os olhos, calmo e contente.

Ele nem tinha se importado com o resultado, ele excitado e frustrado, e Nico dormindo tranquilamente. Era sua culpa, além de que Nico não tinha nenhuma obrigação de retribuir, eles sendo namorados ou não. Respirando fundo, tudo o que Percy fez durante longos minutos foi observar Nico dormindo confortável na cama, braços estirados em cima da cabeça, agarrando os travesseiros, pernas abertas e membro agora flácido, pequeno e recolhido no caminho de pelos negros e ralos que iam desde a parte baixa de seu umbigo até sua virilha, ainda molhados por saliva e sêmen. Percy queria voltar a tocá-lo naquele mesmo instante, excitar Nico mais uma vez e ver quanto tempo ele demoraria para gozar de novo.

No fim, fazendo esforço para se afastar, Percy saiu da cama devagar para não acordar Nico, entrou no banheiro que ficava dentro da suíte e abaixou as calças, seria mais seguro se ele cuidasse das coisas longe de Nico, apenas para ter certeza que conseguiria se comportar o resto da noite; sabia como Nico era desconfiado quando se tratava de sexualidade e confiança, principalmente quando um ano atrás Nico tinha terminado com o namorado e não contado a ele qual o motivo. E mesmo que ele suspeitasse o que tinha acontecido, isso também não era de sua conta. Se Nico não queria contar a ele, Percy devia respeitar sua decisão. Por enquanto.

Dessa forma, ele tinha cuidado das coisas mecanicamente, encontrado uma tolha limpa, a umedecido com água morna e tinha limpado Nico para logo em seguida tirar as roupas e se deitar na cama com ele. Percy mal tinha deitado a cabeça no travesseiro quando Nico o abraçou pelo pescoço em seu sono, se acomodando contra ele. Pernas contra pernas e peito contra peito, praticamente o beijando, estirado contra seu corpo.

— Senti sua falta. — Nico tinha murmurado, suspirando contente e voltado a relaxar em seu sono que se aprofundava uma vez mais. 

Percy achava que aquele tinha sido um dos momentos mais felizes de sua vida, Nico depois de tanto tempo se deixava ficar vulnerável perto dele quando Percy pensava que essas cenas nunca mais se repetiriam.

Sentindo um aperto no coração como se ele fosse explodir a qualquer momento e querendo chorar, Percy enfim se permitiu fechar os olhos e aceitou seus sentimentos. Ele amava Nico, nem o tempo ou outras pessoas fariam com que essa mesma sensação de completude se instalasse; ninguém o fazia se sentir tão bem e tão poderoso como Nico fazia, ninguém o fazia rir ou chorar com tanta facilidade, ou gerava essa vontade louca nele de ser o melhor só para ter certeza que seria capaz de dar tudo o que Nico precisasse.

— Eu também senti sua falta. — Percy acabou murmurando de volta antes de cair no sono, puxando Nico para mais perto e enfim se deixando levar.

Agora eles estavam sentados à mesa da cozinha, Bianca sentada em frente a ele enquanto Nico se sentava a seu lado, enchendo um prato com comida e uma xícara com café puro e sem açúcar, entregando a ele.

— Você ainda se lembra. — Ele murmurou e pegou a xícara, tomando um gole e inalando a fragrância de café recém feito e recém-moído, não tão forte como ele gostava, mas era de qualidade exemplar. Era tudo tão familiar que Percy se pegou sorrindo, observando Bianca sorrir e Nico fingir que não estava encabulado pelo elogio. Nico nunca foi muito bom em recebê-los.

— Eu não fiz nada.

— Hm. — Ele murmurou, tentando não provocar Nico ainda mais. Porém ele não podia evitar, seguiu Nico com o olhar, o vendo finalmente se sentar e pegar um copo com suco de laranja, dando um longo gole antes de se concentrar em seu prato, quando Bianca o encarou e perguntou:

— Percy Jackson, o que te traz aqui?

— Nico. — Ele disse e sorriu para Bianca. Entre eles nunca houve espaço para nada além de sinceridade sem rodeios. Afinal, ela tinha permitido que Nico praticamente se mudasse para sua casa naqueles longos e magníficos anos e ele não faria nada que pudesse quebrar a confiança entre eles.

— É sério dessa vez?

— Sim.

— Tudo bem.

Bianca acenou, satisfeita. Ela se voltou para sua comida e levou uma garfada de ovos aos lábios.

— O que foi isso? — Nico perguntou, largando seu garfo. Ele cruzou os braços e os encarou.

— Eu queria saber. — Bianca deu de ombros. — Ontem vocês chegaram tarde.

— Não pode ser! — Nico cobriu o rosto e gemeu, ansioso. — Você viu a gente?

— Eu vi tudo.

O silêncio se fez, porém, não por muito tempo. Nico empurrou sua cadeira para trás e se levantou, cambaleando.

— Eu preciso… preciso pegar minha bolsa. 

O que era apenas um motivo para ele se esconder durante algum tempo ou até que o rubor sumisse. Percy observou Nico se arrastar para fora da cozinha e se virou para Bianca.

— E, então? — Ele perguntou. Sabia que Bianca queria falar algo, mas não queria que Nico escutasse.

— Você parece diferente.

— Como?

— Mais… decidido. 

— Algumas coisas aconteceram.

Quando Bianca não disse mais nada, ele deu de ombros e continuou:

— Nico foi embora e eu descobri algumas coisas.

— Sim?

— Nada demais. 

Bianca levantou as sobrancelhas e Percy se rendeu.

— Parece que eu era muito bonzinho e inocente. Então, decidi não ser mais.

— Não me diga.

— Ninguém me conta essas coisas! Pensei que Nico não pensava em… em…

— Sexo?

— Aparentemente, eu estava errado e ele pensou que eu não estava interessado.

— Hm… — Bianca olhou por mais alguns momentos para ele e teve misericórdia. — Não é sua culpa, era aquela garota loira que vivia atrás de você.

— Porra, eu nem gosto de mulher!

— É? Eu tomaria mais cuidado se fosse você.

Percy sabia que aquilo não era uma ameaça e sim um aviso, pois Bianca nunca faria nada para ficar no caminho da felicidade de Nico.

— Você acha que eu devia fazer algo mais drástico?

— Eu acho que o Nico faria algo drástico se ele pensar que está atrapalhando.

Percy parou de respirar por um momento e percebeu a gravidade do problema, só agora ele via que Bianca parecia preocupada. Ela não estaria em casa quando a responsabilidade sempre veio em primeiro lugar para os Di Angelo; ela não estaria perdendo aquele precioso tempo se Bianca não pensasse que fosse extremamente importante.

— Eu vou cuidar de tudo. Você não precisa se preocupar.

— É o que eu espero.

Com isso, ambos baixaram a cabeça e continuaram a comer até que Nico voltou, mais calmo e composto. Ambos terminam de comer o resto da comida, e apressado, Nico logo o puxou pela mão e em direção ao carro estacionado em frente a casa dos Di Ângelo.

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Obrigada por ler!


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1 month ago

I'm currently in an H50 rabbit hole, so here is my thought about McDanno. Danny never panics about his sexuality it doesn't matter whether identified as queer before meeting Steve or not, he just goes "Huh ok" maybe an additional "Fuck" because it's Steve but that's it. Steve, on the other hand, always panics. He's just a panicked gay.

1 year ago
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“That wasn’t very subtle.”

Stiles shrugged and walked closer to him, sitting on his desk. “Wasn’t meant to be.”

“Stiles.”

“What? It’s not like everyone doesn’t know I have a crush on my history teacher. They just don’t know the good part.”

Derek sighed, raising his hand to run his fingers through Stiles’ hair. “You’re gonna get me arrested.”

Stiles scoffed and leaned forward, throwing a quick glance at the closed door. “That’s okay, I’ve got a double of the keys.”

Rolling his eyes, Derek put his hands on Stiles’ hips and used them as leverage to push his chair forward, placing his body between Stiles’ thighs. “Why does that not surprise me.”

“Besides, my dad already knows and he doesn’t care.”

“What?!”

TBC

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auroraescritora - Aurora Escritora
Aurora Escritora

Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing

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