This was meant for Nico’s bd (i did this months ago w my old art style 😭
Oii, como vai? Eu estava tentando continuar minha história atual, A Refulgente, mas sabe quando não está rolando? Aí comecei outra que deve ter no máximo umas 50 mil palavras (embora eu não saiba como escrever nada curto ou não tenha o controle mental para isso), outra Percy/Nico é claro. E como está fluindo bem, decidi dividir o começo dela por aqui antes de colocar em outros lugares. Na verdade, aqui é o único lugar onde ela vai estar até eu completá-la, se é que isso vai acontecer. Então, vamos ver como as coisas vão.
Para manter as coisas organizadas, vou reblogar o último capítulo conforme eu for atualizando o blog, assim fica mais fácil de acompanhar.
Ainda não tenho um sumário pronto, e em linhas gerais segue assim: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro e bem rápido! Nessa história vou tentar ser mais direta. Será que eu consigo? Boa leitura!
PS: Se vocês virem algum erro sobre quanto tempo Nico estive na Itália é porque mudei de cinco anos para dois. Texto sem muita revisão, mesmo assim, espero que vocês gostem.
— Olha quem voltou! O garoto italiano. — Nico apenas teve tempo de se virar antes de ser prensado contra ombros largos e braços fortes que o abraçaram com tanta força que o levantaram no ar, o deixando sem ar e fazendo com que seus livros e bolsa caíssem ao chão, a porta de seu armário sendo fechada com um estrondo barulhento.
— Perseu Jackson!
— Só a minha mãe me chama assim.
Mas Percy estava rindo, o girando no ar enquanto as pessoas ao redor olhavam para eles. Também, não era para menos. Eles estavam bem no meio do corredor onde havia vários armários, dando para a entrada das classes de aula. Nico não resistiu, ele envolveu os braços ao redor do pescoço de Percy e o abraçou tão forte quanto Percy tinha feito, enterrando o rosto contra o pescoço de Percy.
— Eu senti sua falta.
— Eu também senti a sua. — Nico murmurou de volta e se afastou, finalmente conseguindo ver o rosto de Percy.
Olhos tão verdes quanto ele se lembrava, nariz reto e empinado, lábios finos e largos sempre em um sorriso bonito. O que tinha mudado era a altura, quase dois metros, e músculos. Onde ele se lembrava de um garoto tímido e um pouco triste tinha se transformado nesse… nesse homem feliz e cheio de vida. Confiantes. Embora ele ainda pudesse ver a bondade e a amizade que eles costumavam ter, mas essa coisa entre eles… esses abraços todos eram algo novo. Ele não podia evitar a comparação com o passado, onde ele era jovem demais e Percy era… Percy era Percy, abrindo a porta de sua casa para um garotinho triste e solitário.
— Dois anos, hein? Eu pensei que você nunca ia voltar.
— Hm.
— Me deixe te ver melhor. — E o que ele nunca esperaria do garoto mais hétero e tímido que ele já tinha conhecido aconteceu, Percy levou uma de suas mãos a seu rosto e penteou seus cabelos para trás, expondo sua face por completo. E ele? Bem, Nico apenas encarou Percy de volta, tão focado no garoto quanto Percy se focava nele. Todas as ligações e vídeo-chamadas não se comparavam ao que a realidade lhe mostrava, o fazendo se questionar o que tinha acontecido nesse tempo todo para fazer Percy agir assim, tão… tão afetuoso, tão atencioso. Ele ainda namorava Annabeth, não? Ainda era o capitão do time de basquete? Esse devia ser o caso, pois Percy vestia a jaqueta do time.
— Hm… Percy? Me põe no chão, sim? — Nico fez o seu melhor para ficar sério.
— Por quê?
— Você não tem uma namorada?
— Eu tenho?
Então, Percy sorriu ainda mais e enfim o colocou no chão para em seguida afrouxar o agarre em seu rosto e em sua cintura, sem se afastar, porém se inclinando um pouco sobre ele, como se tivesse algo em seu rosto que ele precisava ver mais de perto.
— Como você tem estado? Por que você não me disse que chegava essa semana?
— Por quê? Você ia me buscar no aeroporto?
— É claro, meus amigos merecem o melhor.
— E o que seria esse melhor?
— Eu, é claro.
Nico jurava que estava tentando ficar sério. Pelo jeito que as coisas iam, Percy queria algo a mais e no momento ele não estava interessado. Mas não adiantou, Nico se segurou nos ombros de Percy e gargalhou; ele achava que essa era uma das piores cantadas que ele já tinha ouvido.
— Ei, não ri da minha cara. Eu sou um cara legal.
— E muito humilde, também.
— Muito. — Percy disse e enfim o soltou, se encostando a seu lado em frente aos armários e Nico suspirou em alívio, pegando suas coisas do chão e as guardando no armário. Às vezes Percy era um pouco demais para ele; era o que Nico tinha descoberto durante os anos nas milhares de conversas que eles tiveram nesse tempo todo. Ele não sabia quando Percy tinha mudado do garoto introvertido para essa pessoa esfuziante, mas ele gostava. E odiava ao mesmo tempo, fazendo seu estômago se revirar de nervosismo.
— Agora, de verdade, como as coisas têm estado?
— Você sabe, sempre iguais. — Nico deu de ombros e fechou o armário, tirando os livros que usaria naquele dia, os guardando na bolsa. — Bianca veio comigo.
— Faculdade? — Percy perguntou. — E você?
Nico deu de ombros mais uma vez e se encostou ao lado de Percy, voltando a encará-lo de perto, o olhando sobre os cílios, tentando não demonstrar como realmente se sentia. Achava que nunca se conformaria com a beleza do amigo, agora duplicada conforme os traços suaves da adolescência davam lugar a músculos definidos e um rosto angular e forte, o sorriso de canto, o olhar intenso, a atitude confiante… e… bem, tudo isso e muito mais.
— O que tem isso?
— O que te traz de volta?
— Eu senti falta de casa. — Nico acenou para si mesmo. — Por um tempo pensei que fosse em Verona, mas… eu sempre ficava me perguntando o que estava acontecendo por aqui.
— Então, você decidiu voltar? Simples assim?
— Por que não? Eu vou fazer dezoito em alguns meses. Queria aproveitar esse último ano e rever o pessoal.
Bem… ele queria rever algumas poucas pessoas e uma delas estava bem em sua frente, olhando para ele como se quisesse… como se quiser ver o que tinha dentro de sua mente. E como costumava acontecer, ele foi o primeiro a perder nesse joguinho para ver quem desviava o olhar primeiro.
— Então… você sentiu saudade e veio para ficar ou…
— Vim para ficar. Hades vai vir depois.
— Fico feliz. — Percy disse, ainda sorrindo, algo mais sincero e bonito, como se tivesse se cansado de flertar. — Quem sabe a gente pode se ver mais tarde. Comer alguma coisa?
— Mais tarde quando?
— Hoje. Depois da prática de basquete. Quer me ver jogar?
— Oh, não! Era isso o que eu temia! O clichê colegial! — Mas ele ria e Percy ria junto, o fazendo lembrar dos velhos tempos.
— Sabe, você não pode falar de mim. Você era todo bonitinho e tímido e voltou parecendo sair de um filme dos anos oitenta. Jaqueta de couro, calça rasgada e isso… é delineador? — Percy se aproximou mais uma vez dele e segurou suavemente em seu queixo, apenas mais uma desculpa para tocá-lo, disso Nico tinha certeza; não que estivesse reclamando. Percy podia fazer isso e muito mais. — Você é o perfeito garoto bonzinho que ficou rebelde.
— Eu ainda sou um bom garoto.
Isso fez Percy parar por um momento, ainda com as mãos sobre o rosto de Nico, e o encarar longamente apenas para um sorriso de canto aparecer junto a covinhas.
— É mesmo? O quanto você é um bom garoto?
— Acho que você nunca vai descobrir.
Mais um silêncio e mais um olhar que no passado o faria correr em busca de abrigo mais rápido que um foguete. Entretanto, esse Nico tinha ficado para trás junto com sua inocência.
— Hm. — Foi tudo o que Percy disse durante alguns momentos, e Nico jurava que ele estava se aproximando em direção a seu rosto quando o sinal tocou, os interrompendo.
— Certo. — Nico pigarreou, endireitando a coluna e olhando ao redor. — Acho que eu tenho que ir.
— Qual seu primeiro horário?
— Língua portuguesa. Preciso passar na secretaria primeiro.
— Eu vou com você.
Nico nem tentou negar, ele tinha sentido tanta falta de Percy que estender um pouco mais as coisas não faria mal. Ele se desencostou do armário e, de novo, aconteceu algo que ele não esperava. Percy pegou a mochila de seu ombro, a carregando para ele e com a outra mão, entrelaçou os dedos com os seus, o puxando suavemente pelo corredor quase vazio em direção à administração do colégio.
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Então, aceitável? Percebi que meus diálogos não são os melhores. Sua opinião ou feedback educado é sempre bem vindo^^
Obrigada por ler!
Oi, como vai? Estou passando para avisar que essa semana não vai ter novos capítulos. Estou montando um site, e infelizmente não consigo fazer tudo de uma vez. Ele já tem um endereço e conteúdo. Ainda está um pouco bagunçado e com tags e organização errada, porque estou importando alguns textos de outros lugares. Eu até pensei em já fazer um conteúdo pago para me ajudar a pagar a hospedagem, mas até o fim dessa história vou manter tudo livre. Se vocês puderem se inscrever e ajudar com as visualizações, eu ficaria agradecida; e claro, fique a vontade se você quiser dar uma olhada em algumas das coisas que eu escrevi nos últimos anos.
Obrigada pela compreensão.
Hi, how are you? I'm just dropping by to let you know that there won't be any new chapters this week. I'm setting up a website, and unfortunately I can't do everything at the same time. It already has an address and content. It's still a bit messy, with the wrong tags and organization, because I'm importing some texts from other places. I even thought about making some paid content to help me pay for the hosting, but until the end of this story I'm going to keep everything free. If you can subscribe and help with the views, I'd be grateful; and of course, feel free if you want to take a look at some of the things I've written over the last few years.
Thanks for your understanding.
This is the last part, I promise! Sorry for the mistake.
"Nico”
"Hm.”
"It's time to wake up.”
Nico grumbled and snuggled further under the covers. He was so tired that he felt like he would need a whole week to recover.
He moved again, about to put the blanket over his head when he felt strong arms surround his waist, but what made him open his eyes was the kiss on his neck, on that little spot near the nape of his neck that was now making him react more intensely than he thought he should. It was all Percy's fault, his fault for the way Percy had touched him the night before and all those words.
Gods! What had he done? Had Nico really said all that things to Percy? Nico couldn't believe it! He sat up and looked around. He was still in his room, and Percy? Well, the idiot was stillnext to him, leaning against the headboard and with such a satisfied smile on his face that it made him wonder: Had he said something he couldn't remember in the night before?
"So, do you like being spanked?”
"Percy!”
"I thought I was the only one you allowed to fu-"
"Don't you dare!" Okay, Nico admitted that he was panicking.
"I wonder where is the boy who wanted to take things slow, hmm?”
In another leap, Nico threw himself on top of Percy and covered his mouth with his hands.
"I take back everything I said. All of it!”
Percy licked his hand and kept smiling at him until Nico gave up and let Percy speak:
"It's a shame. We could’ve had so much fun…”
"I… I don't know." Nico had to look away, maybe he didn't want to take anything back, no matter how humiliating it was.
"Baby. Come here.”
Nico went, of course.
Percy grabbed him around the waist and made him lie down on his chest, one of Percy's hands immediately going to his hair. Nico didn't understand why that gesture calmed him down so much, or why this feeling of tenderness made him want to tell Percy everything he hadn't said the night before. It's just that... he felt conditioned to never to lie to Percy, and he had already said so much… Nico wished he had a time machine to make sure none of it had happened, because only then he would be sure that nothing between them would ever change.
"I'm so sorry.”
"Nico.”
"I shouldn't have left. But when you told me to meet other people, I thought... I thought we would never have a chance. So why wait for something that's never going to happen?”
"It's all right. It's my fault.”
"I don't care who's fault it is. I want you to say that you forgive me and that this won't affect things in the future.”
"I forgive you and that won't change anything.”
Nico knew that Percy was only saying this because he had asked, but even so, the knot in his stomach seemed to loosen a little bit.
"Promise?”
"I promise.”
Nico pulled away enough so he could look into Percy's face and touched him there gently, caressing the sides of his neck.
"You know I love you, don't you? For real?" Nico forced himself to say, seeing a small smile appear on Percy's lips.
"Why those words now?
"I realized... I thought I liked you because you were my first friend. But when I was in Italy, it felt like something was missing. I tried to find it in other people, you know?”
"What were you looking for?" That's when Percy touched his shoulder, trying to comfort him.
Ahg, he couldn't look at Percy when Percy acted so kind.
"I don't know!" It was a lie, of course. And Percy knew it. “It's hard to express how much you mean to me. So when I don't tell you things, it's because I can't, not because I don't want to.
"I know that. But I need you to tell me anyway. I need you to give me permission." Then, Percy touched the back of his neck, pulling his head up to face him. And yet, when Nico refused and kept his eyes closed, Percy insisted: "Beautiful. Look at me.”
Nico did it, he did it because it was impossible to resist when Percy spoke to him in that firm, and at the same time, reassuring tone.
"I understand. You don't have to force yourself.”
"I'm sorry.”
"No, Nico. It's not your fault.”
"I don't want to make you worry.
Because that was the truth. He'd always liked to go through life quietly and unnoticed, except that Percy had taken note of him and hadn't let him go ever since. No matter how much time passed, he would never get used to the attention Percy gave him and even after a decade, it still was strange, it was like he was in a dream and at any moment Nico would wake up, realizing that Percy had been his imagination playing tricks on him.
"This won't happen again.”
"What are you talking about?" Nico asked, not understanding.
" I won't force you. Just… just tell me if you need to. Anything.
"Anything?”
"Of course.”
"Then, tell me you love me.”
"I love you.”
"Again”.
"I love you.”
"Again.”
"Nico." Percy smiled and kissed Nico, interrupting him. "What's going on? It’s about last night?”
"It's nothing.”
"I promise I won't do that again.”
"That...?”
"I'm not going to be... so intense or... you know.”
Why did Nico felt his face getting hot? And since that was the case...
"Why not?”
This was the moment Nico feared the most. Percy remained silent and stared at him for long seconds, giving him no choice but to stare back. He dreaded these silences so much because this was the moment when he couldn't lie, and if he couldn't speak, then he'd have no way of diverting the attention away from the truth.
Yes, that was the reality, no matter how much he tried to hide it, Percy would always know everything in the end.
"Is this all because of shame? It’s the humiliation too much for you? Or is it because you like the feeling?
Nico didn't know how Percy managed to say all this in such a serious and composed way. Well, Percy was more right than he thought. However, when Nico got nervous, these feelings only came out in two ways: tears of anxiety or laughter. So imagine the scene where he started laughing out of nowhere while Percy remained serious and stern.
"Do you think I'm a joke?" Percy said and puffed out his chest, pretending to be offended.
"I would never think that.”
"I love you." Percy said, then hugged him tightly and stroked his back. “No matter what this thing is between us, we'll get through it together.”
That's what Nico expected.
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I hope it's not too confusing. If it is, please warn this poor writer who sometimes can't see certain things. I wanted to end the week by suggesting a blog post from tumblr +18, but in this specific post there's nothing explicit. It's the idea I used for Nico's thoughts. Here, it might be interesting.
See you next week!
Hello, how are you? I noticed that there was a part missing from the previous chapter. I've already put it in the full chapter, but it will also be here for those who have read the chapter before. It's a flashback to when Percy and Nico first met.
Happy reading!
Previous chapters: CHAPTER I / CHAPTER II / CHAPTER III / CHAPTER IV / CHAPTER V / CHAPTER VI / CHAPTER VII / CHAPTER VIII
Extra - Getting to know each other
Another scene from the past, when Percy and Nico first met.
Percy looked around, making sure no one was following him, and left the empty classroom. Ever since his family's restaurant had become five"star, the stalking had begun. People who had never spoken to him now wanted to be his friend, his best friends started treating him like royalty. No matter where he went, everyone knew his name, trying to get a reservation on behalf of other adults. He had learned very quickly how to avoid these people who were now almost everyone he knew. And you know what was worse? These people weren't interested in his mother's food, they were interested in who frequented the restaurant. It was so unfair! Even to go to the bathroom the crowds followed him without giving him a minute's peace. Tyson was so lucky! He’d already finished high school and was about to graduate from college. Percy had no choice but to deal with the gossip and greedy, self"centered people.
Looking once again at the empty corridor, he put his cell phone back in his pocket and went into the bathroom.
Ah, finally. Silence. Just him and the urinal. He unzipped his pants and...he heard a moan. Right next to him. Percy turned his face and there were three boys in a circle. He saw that one of them was unzipping his pants and the others were already without them.
Well, that was none of his business.
"No, please. I… I…"
"You what? Are you going to tell your little sister? Your Dad?"
"Please!"
Percy sighed and walked towards them. His mother hadn't raised him to watch someone being abused.
He stopped behind them, in front of the mirror, and saw what was happening. A boy with the softest, most feminine features he had ever seen was trying to cover his face and was cowering against the wall, he was so small that reacting against those boys would have been stupid. The problem was that he was so distracted by the boy's beauty that Percy ended up missing when one of the boys grabbed his own member and pointed it towards the boy on the floor.
"What are you doing?" Percy finally said. The boys were startled and jumped away, covering themselves as best as they could.
"We... hey, aren't you that rich kid?"
Just what he needed.
"I said, what are you doing?"
"It's not what it seems."
"Oh, is not? How do you explain that?"
The three boys and Percy looked at the little boy on the ground, who was hiding his face and crying pitifully.
"You know what? I don't want to know. If I catch you doing it again…"
"You have no proof!"
"Are you sure?"
The boys looked at each other and after a few moments, ran off. And Percy Finally could do what he needed to do and leave.
That is, if the little boy hadn't lifted his face and looked at him with those deep black eyes, swollen and shining from crying. Slightly curly black waves of hair and the most beautiful red lips he had ever seen. Percy admitted that he had frozen, enjoying the sight. He, who had never been interested in anyone in his eleven years of life, found himself enchanted. And even when the little boy bit his lips and looked at him, still lying on the bathroom floor, Percy couldn't stop staring.
"You didn't have to." The little boy mumbled, shrinking further against the wall near the sink.
"I... was the right thing to do." That was the truth, it was the right thing to do, but what wasn't right was to admire the beautiful little boy, especially in a situation like that. He felt like a monster. "What's your name?"
"Nico. Niccolas."
Hmm... Italian. They say it's the language of love.
"Percy Jackson."
"Oh." Nico said, looking him up and down, his high cheeks getting hotter. "You're not going to do what those boys wanted to do... are you?”
"What they wanted to do?”
Nico looked down and Percy followed his gaze.
Oh, actually, his zipper was still open, but now there was a certain... volume there.
"I'm nothing like those boys.”
"Aren't you?" Nico still looked doubtful, even though he himself had a bulge in his pants. A much smaller one that Percy seemed to be analyzing more closely than he should.
"I'm not." Percy turned around, trying to convince himself, and walked to the urinal again.
He pulled down his underwear and tried to concentrate. No one had warned him that it would be so difficult to relieve himself with an erection on the way. Percy took a deep breath, relaxing, and finally succeeded. When he returned to the sink, intending to wash his hand, he saw that the little boy was still on the floor, watching him get close.
Nico had been watching him... go to the bathroom? Since the area was wide open, it was impossible not to see.
"Do you need help?" He said as he washed his hands, staring at their reflections in the mirror. Nico looked scared and embarrassed, while he himself was serious and almost absent, showing no emotion.
"No! I mean, I'm fine. Thank you very much.”
"All right, then.”
Percy dried his hand and turned towards the exit. He had offered to help, hadn't he? From then on, it wasn't his responsibility what happened to Nico.
***
Percy had never realized how big that school was. Two indoor and two outdoor courts, fifty classrooms, ten laboratories. Swimming pools, jogging trails and even a forest with a variety of plantations. It was a good place for anyone looking for a well-rounded education, but also for anyone looking for a place to hide. Luckily, Percy had found just the perfect place; deserted and quiet, right in front of one of the open courts. Best of all, the view from the stands was very limited, preventing people from finding him easily.
He walked calmly through the school corridors and arrived at his favorite spot, determined to make a few baskets on the court and eat something quick before the next class. Percy intended to join the team and didn't want it to be out of sheer favoritism. That is, he was just about to enter the court when he saw a black head of hair on the far side of the bleachers. Now, he needed to know who it was, and only then would Percy know if it was still a safe place or not.
Percy hurried over and saw that it was the same little boy as last time. He had a cut in his lip and the right side of his face was purple. Percy had the impulse to ask who had done this to him, but remembered it was none of his business. Especially since Nico seemed to be fine, apart from his bruised face, and seeing that Nico was eating a small feast. Percy could see at least four different kinds of dishes, all arranged in little bowls, the sight warming his heart for some reason. It must have been the way Nico cowered, trying to hide from him, but he still stared at him, smiling.
Percy watched Nico pick up one of the lunchboxes and, as shyly as possible, offer it to him, saying: "Do you want some?”
Percy found himself walking the rest of the distance to Nico, abandoning his backpack and basketball at the foot of the bleachers, and sat down in front of Nico.
"I brought it too. My mother is a cook.”
"Ah." Nico muttered and shrugged, picking up his fork. "I always make a lot. See?”
Nico then opened the other two lunchboxes and showed them to him. Vegetable pie with cheese. Meatballs. Calabrian bread. Cake, too.
"Do you? And your mother?”
"I don't have one. She's dead.”
That's when Percy realized what he was doing. Like a weirdo, he watched Nico eat as if it were the most wonderful thing in the world while the boy ate alone, having to make his own food.
"Your father? You must have one, right?”
Nico denied it and stuffed another piece of pie into his mouth, ignoring all the other dishes. "Dad's always traveling.”
"So...?”
"I learned from Mama before she died. Her food was the best!" But Nico said it so happily that Percy felt better.
"Who looks after you?”
"I have a nanny. My sister, too! She's the best sister in the world." Nico continued eating happily and Percy felt something in his eyes. What was going on? This boy couldn't be so naive, could he? So... happy? How old was he? Nine? Ten? He must be younger than himself.
"You really don't want to? I did it all by myself!”
"Everything? Did you even reach the stove?”
"Yes, I did! The nanny just turned on the stove. I have a ladder near the table and…”
"Yeah?”
"You're very mean. I don't want to talk to you anymore!”
Percy couldn't stand it, he put his hand around his belly and laughed. It had been a long time since he had seen something so cute and funny. Nico's chubby cheeks inflating like a balloon, his arms crossed, his lips in an even cuter pout.
"How old are you, eh?”
"I’m eleven! What's the problem?”
"You're so short and small. Who's feeding you?”
And again, Percy couldn't take it. Laughing at his own joke, he let himself fall backwards onto the bleachers, laughing and laughing until his breath died away and then came back, a happy smile remaining on his lips long after his crisis had passed.
"Are you okay?” Nico asked in a small, soft voice, making his heart melt.
Percy opened his eyes to see that Nico had approached where he was laing, sitting on his knees, all worried, his black eyes wide and cheeks flushed.
"So…" Percy said, trying to stop smiling. "We're in the same year. Why haven't I see you around?
"I saw you.” Nico said and lowered his eyes to his lap. "It's hard not to when people only talk about you.”
"What they say?”
"You get the best grades. You're the best at sports. You have the best girlfriend. That sort of thing.”
"Who is that girlfriend?”
"I think… Annabeth Chase? I'm not sure. I arrived a few weeks ago.”
"That's good to know.”
"Know what?”
"That I have a girlfriend.”
"You… don't know?" Nico tilted his head like a confused puppy and that got another laugh out of him. This time, Nico laughed along. He seemed to be holding back his laughter, but when Percy didn't stop, Nico found himself with no escape, joining in.
"You're funny.” Nico told him.
"No, you are.”
And like third-graders, which they both were, they laughed again as they heard the bell ring. Percy hadn't even realized that half an hour had passed, which was more time than he usually spent with his old friends. And what that said about him, hm?
"We have to go." He heard Nico say.
They really did.
In a hurry, he helped Nico collect the lunch boxes and accompanied him to his next class, discovering that Nico was in fact in the same class as him. Was Percy so distracted by trying to hide that he couldn't see what was going on around him? Well, that would change from that moment on.
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Thanks for reading!
Oii, como vai? Capítulo um pouco adiantado. Espero que vocês gostem.
Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII
Nico não tinha certeza se devia estar fazendo isso.
Não podia negar que noite passada tinha sido boa, porém, na vez antes disso, tentou com ex e… bem, tinha sido tão ruim que tudo o que ele sentiu foi ansiedade, dor e vontade de vomitar. Assim que pôde, Nico saiu correndo e evitou falar ou se encontrar com Will durante o resto do tempo que ficou na Itália. Parte disso era vergonha por ter entrado em pânico, descobrindo no processo que não estava pronto para fazer certas coisas com meros desconhecidos, e a outra parte era… não queria admitir, mas era difícil para ele confiar nas pessoas. E daí se ele tivesse namorado outras pessoas depois de Will? Não era sua culpa se ele não conseguia relaxar ao redor do loiro.
Era por esse motivo que hesitava, mesmo sabendo ser injusta a comparação entre os dois. Ou entre qualquer outra pessoa e Percy. Will nunca tinha o convidado para comer em lugares que ele gostava ou o levado para conhecer, ou melhor, redescobrir a cidade como Percy tinha feito naquela noite. Eles tomaram sorvete, visitaram um parque natural e andaram de mãos dadas pelas ruas iluminadas sob a luz do luar. Tinha sido uma noite tão calma e agradável que Nico se esqueceu do que tinha acontecido na Itália ou mesmo toda a confusão com Annabeth que ele nem gostava de lembrar. Mas ali estavam eles, novamente em seu quarto, mochilas e roupas jogadas ao chão.
Eles nem tinham acendido as luzes na pressa de chegar ao segundo andar da casa, indo em direção a sua cama o mais rápido que puderam. Sua jaqueta e camisa vieram primeiro, em seguida, Percy fez o mesmo consigo mesmo, mais rápido do que Nico podia acompanhar.
Ele tinha arfado e suas pernas fraquejado, sentindo Percy o tocar com força, o puxando pela cintura e se moldando contra suas costas.
Pele na pele, braços em volta dele e respirações apressadas em sincronia, lábios contra seu pescoço, o beijando suavemente, indo e voltando por sua nuca e encontrando o lóbulo de sua orelha, a mordiscando devagar. As mãos grandes e quentes de Percy subiram mais uma vez, o tocando nos ombros e deslizando lentamente para baixo, chegando em seus quadris para enfim o massageando por cima do jeans. Os botões foram os próximos, Percy os abrindo e descendo o zíper, como se desembrulhasse um presente valioso. Ele ainda não tinha certeza, não sabia o que acontecia com ele; uma hora queria Percy o tocando com toda a força de seu ser e na outra, não tinha certeza de nada. Apenas sabia que queria que Percy continuasse a segurá-lo para sempre, mas que não o machucasse ou o forçasse como outras pessoas tinham tentado.
— O que foi? — Percy disse contra a pele de seu ombro, colocando mais um beijinho ali que o fez estremecer, seu corpo relaxando sem sua permissão.
— Eu não sei. Eu…
— Hm. — Percy murmurou, se movendo devagar com ele em direção a cama. — Você quer me dizer alguma coisa?
Sim, ele queria. Queria dizer que não estava bêbado o suficiente para ignorar seus medos e que tinha ignorado qualquer coisa sexual por mais de um motivo. Mas antes de chegarem à cama, Percy parou no meio do caminho e beijou seu pescoço mais uma vez.
— Sei que você tem medo. Sei que perdi o controle no passado. Mas você pode confiar em mim.
— Per. — Tinha sido apenas um beijo, um impulso descuidado no passado, e parece que aquele momento os perseguiria para o resto de suas vidas. — Não é isso. Eu...
— Então, me diga. E eu vou te dar. Não importa o que seja.
Por que isso era tão difícil?
— Eu...
— É sobre o seu ex?
— Ele... ele...
Percy parou de se mover e até o ar ao redor deles se tornou imóvel.
— O que ele fez com você?
— Nada! — Nico se apressou em dizer, ansioso. — Não foi nada.
— Nico.
— Quer dizer! Você se lembra do Jason, o amigo que eu te contei? Ele impediu que Will...
Foi quando Percy o virou de frente para ele e segurou forte em seus ombros, seus olhos dilatados e ferozes o encarando como se Percy quisesse arrancar a verdade dele dessa forma.
— Você mentiu para mim. O que mais esse garoto fez, hm?
— Percy!
Ele não queria acreditar que Percy era uma dessas pessoas. Ele o segurou pelos braços e o jogou na cama, prendendo suas mãos acima da cabeça.
— Me responda!
— Ele... ele me amarrou e... e tirou minha roupa... e quando... quando estava prestes a... Jason chegou, bateu em Will e me desamarrou! Feliz agora!?
Assim que ele disse isso, Percy o soltou e parou de tocá-lo imediatamente. Isso surpreendeu Nico, o ofendeu e o machucou na mesma proporção. Percy tinha nojo dele sabendo que outro homem o tinha tocado? Era isso?
Então, a cama se moveu e Percy o tocou no ombro suavemente.
— Não, bebê, não chora. Eu sinto muito.
— Você não me ama mais? — Nico perguntou e escondeu o rosto no travesseiro, tentando prender o soluço.
— Não, isso é impossível. Não quero que--
— Eu só… não gosto de ser amarrado e… — Outro soluço, — Foi horrível quando ele tentou… tentou me penetrar e…
— Shhh, está tudo bem. Prometo que não vou te tocar.
Ele não aguentava mais! Não era isso o que Nico queria.
Chorando feito um bebê, ele engatinhou até onde Percy estava deitado todo tenso e sentou no colo dele, o abraçando bem apertado pelo pescoço.
— Eu quero que você me toque! Quero que você me foda até que eu não consiga andar, mas… doeu tanto! Não quero que doa. Quero que só você me toque! Só você me beije! Só você… ah!
Nico gritou e curvou as costas quando Percy o puxou pelos cabelos, aproximando seus rostos.
— Eu devia te punir. Devia te mostrar como um bom garoto tem que se comportar.
— Eu--
— Não terminei. Não importa com quem você transou na Itália, você mentiu para mim. Escondeu algo importante por causa de vergonha? Por que um garoto qualquer te enganou e te humilhou? O que aconteceu? Eu quero a verdade.
— Estou dizendo a verdade. — Nico virou a cara para o lado e se calou, ele se negava. Não era da conta de Percy o que ele tinha feito.
— Vai ser assim? Desde quando você começou a mentir para mim?
— Eu... eu não menti sobre não gostar.
— Você concordou em fazer alguma coisa e se arrependeu?
Nico acenou, sentindo o rosto esquentar.
— Você não confiava nele?
Acenou de novo.
— Pensei que estava pronto... e... — Nico deu de ombros. — Aí, Jason me ouviu gritar e... preso na cama... ele bateu em Will e Will ficou furioso. Will veio atrás de mim, mas eu não quis explicar o que tinha acontecido, então, eu terminei com ele e Will ficou mais furioso ainda…
— Então, você brincou com o garoto, dispensou ele e deixou que as pessoas pensassem que esse Will era o culpado?
— Eu não queria fazer isso, eu só...
— Nico.
Percy o conhecia bem demais.
Ele odiava quando Percy falava assim com ele, sério e rígido, todo autoritário. Se sentia feito um garotinho repreendido e indefeso. O que o fez ver que faria de tudo para Percy perdoá-lo. Então, respirando fundo, disse:
— Sinto muito. Eu nunca faria isso com você.
— Você já fez. — Percy disse e o olhou de forma firme e dura, ainda o segurando pelos cabelos de um jeito doloroso que não doía de verdade. Mas Percy estava certo, ele tinha feito, tinha fugido sem uma explicação, e se arrependia muito. Se fosse necessário, passaria o resto da vida se desculpando.
— Como posso me redimir?
— Eu não sei.
— Por favor. Faço qualquer coisa.
— Qualquer coisa? — Então, Percy sorriu e soltou seus cabelos, se ajeitando contra o batente da cama. — Tire suas calças.
Nico fez o que Percy pediu. Ele se levantou, tirou as calças, cueca e meias e voltou para cama prestes a se sentar no colo de Percy quando foi parado.
Percy o segurou pelo ombro e com o mesmo sorriso malicioso, disse: — De barriga para baixo. No meu colo.
— Eu não entendo.
— Logo você vai entender.
Ainda confuso, Nico se deitou contra as pernas de Percy e esperou.
Momentos depois tudo fez sentido.
Primeiro, sentiu Percy se aconchegar contra a cabeceira da cama, depois, com uma das mãos segurou em seus cabelos e com a outra, deslizou por suas costas, chegando a sua bunda.
— Ainda está disposto a continuar?
— Per?
— Eu te mimei muito. Permitindo que você fizesse o que quisesse.
— Eu não quis...
— Você vai obedecer?
— Espera!
— Ultima chance. Sim ou não?
Ele não sabia, tá bom!? Era muita pressão para ele aguentar. Quer dizer, Nico sempre quis tentar isso com Percy, mas ele não queria assim, uma punição no lugar de diversão.
— Nico?
— Eu não sei. — Ele enfim disse, derrotado. — Confio em você.
E então, meros segundos depois, a mão pesada de Percy estalou contra sua nádega direita, lhe arrancando um gemido abafado.
— Você está gostando. Não acredito nisso. — Vieram mais duas, uma em seguida da outra e Nico não pôde se conter, se contraiu todo, esfregando uma perna na outra, tentando esconder o efeito que as palmadas causaram nele.
Ele ouviu Percy arfar e ajeitá-lo em seu colo, a calça jeans roçando em seu membro exposto, e tudo o que pôde fazer foi se segurar nos lençóis para não gozar com o tratamento violento.
— Você está pronto para conversar? — A voz de Percy soou baixa a seus ouvidos, o fazendo estremecer.
— Eu já disse tudo o que queria.
— Quem mais fez isso com você?
Merda! Como Percy sabia?
Percy mudou de lado e dessa vez o estalo reverberou no cômodo inteiro, o fazendo gemer de verdade, curvando a coluna. Quando ele não disse nada, Percy continuou, suas mãos batendo em sua pele e massageando o lugar até que ele quase... quase...
— Você disse para eu viver um pouco! Foi o que eu fiz! — Ele gritou, tentando se controlar, se contorcendo todo, sentindo o prazer vir mais rápido do que ele esperava. Até que Percy parou de repente, o mantendo no pico do êxtase para encerrar as palmadas sem avisar.
— Tudo o que eu quero é a verdade, Nico.
— Que bem isso vai trazer!? — Gritou mais uma vez, frustrado, tentando obedecer.
— Você pensa que pode mentir para mim? Quanto mais você esconde, mais eu quero saber.
— Percy! Não quero falar disso!
— Então, você não deve querer gozar.
— Você não vai fazer isso comigo!
— Quer apostar?
Percy o segurou pela cintura, o fez virar na cama e então o colocou sentado no colo dele, seu membro exposto para o ar frio do quarto, o mantendo imóvel com sua bunda ardendo contra o jeans de Percy.
— Percy!
— Eu não vou incentivar esse tipo de atitude.
— Que atitude?
— É por isso que eu sou tão ciumento, você sempre faz isso. Flertando com todo mundo e ignorando o problema quando a coisa fica séria.
— Eu não faço isso. Faço...?
— Você vai me enlouquecer!
— Eu não quis—
— Você nunca quer! Esse é o problema.
— O que você quer que eu faça?
— Seja sincero. É pedir muito?
— Eu... eu não sabia como te contar. Como eu poderia dizer: “Olha, Percy. Não fica bravo. Fiquei carente e deixei alguns garotos tocarem em mim de formas que tenho vergonha de admitir”.
— Não parece tão difícil agora. — Percy murmurou, o agarrando mais forte pela cintura. Ele até temia em saber o que aconteceria nos próximos dias. — Por que você faz isso comigo?
— Eu não queria que você pensasse que eu... que eu sou...
— Uma vadia que se oferece para quem te der atenção?
Nico olhou para fora da janela e tentou prender o que estava lutando para se libertar de seu peito.
— Nico, eu não me importo. Você pode ser meu doce Nico e pode ser esse ser sensual que gosta de provocar as pessoas. Fico triste que você sentiu a necessidade de esconder essa parte de mim.
— Eu não queria.
— Sei que não. Nunca pensei que você fosse um santo. Tudo o que eu peço é sinceridade.
— Eu sei.
— Não quero te machucar, mas também não quero te tratar feito um cristal. Não fuja de mim. Eu te amo.
— Eu também te amo. — Nico disse, relaxando contra o peito de Percy. — Prometo que vou ser a pessoa mais honesta desse mundo.
***
As coisas pareciam ter se acalmado. Nico sentia que enfim o peso do mundo tinha sumido de suas costas, se sentia leve e livre, sem mais nada a esconder. Quer dizer, não tinha contado tudo o que aconteceu, porém, Percy agora sabia de tudo, de sua… sobre sua libido que tinha surgido na ausência de Percy e que agora parecia estar mais acesa do que nunca.
Ele achava que tinha sido claro, não? Afinal, tinha gritado para quem quisesse ouvir. Sinceramente, estava feliz que após ouvir todas aquelas coisas Percy ainda estivesse a seu lado, no momento, debaixo das cobertas com ele, o abraçando pelas cintura e ombros, os mantendo colados um ao outro. Suas nádegas ainda doíam e seus olhos estavam inchados de tanto chorar. Não o entendam mal, ele estaria de joelhos se isso fosse melhorar sua situação, Percy apenas não estava no clima. Percy tinha tirado o resto das roupas que usava e tinha se deitado junto a Nico na cama, o abraçando e fechado os olhos em seguida. E Nico, como tinha ficado? Ainda excitado, mesmo com a dor das palmadas e a humilhação das confissões, tentando ficar imóvel entre os braços de Percy.
Por longas horas tentou fazer exatamente isso, obedecendo à vontade de Percy. Mas não importava o quanto tentasse, abria e fechava os olhos de tempos em tempos, vendo as horas passarem lentas e torturantes, o céu mudando de tonalidades de escuras para outras um pouco mais claras.
Ele não aguentava mais! Tocando na mão em volta de seu peito, Nico fez um esforço e tentou não acordar Percy, entretanto, o agarre em volta dele se apertou e os braços de Percy o puxaram de volta contra seu peito forte.
— Onde você pensa que vai?
— Eu preciso… hm…
— Você precisa?
Nico queria morrer, mas antes que esse fato se concretizasse, pegou uma das mãos sobre seu corpo e a levou para sua virilha.
— Entendo. — Percy murmurou, se aproximando mais.
Estava tudo bem, porque Nico enfim tinha o que desejou. Percy cobriu sua virilha inteira, engolfando seu membro e massageou devagar, bolas e falo, o apertando tão gostoso que em menos de um minuto estava ereto, como se a conversa anterior e as palmadas nunca tivessem acontecido. Aquilo era tão bom… por que era tão bom? Era por que Percy o estava tocando? Era algo mais emocional do que físico? Ou era a intimidade do meio da madrugada o fazendo se sentir leve e despreocupado, mas tão vulnerável que ele queria se esconder sob o corpo de Percy?
— O que você precisa? — Percy sussurrou contra seu pescoço, sua voz rouca de sono.
— Você pode me… você pode me foder? — Será que ele estava sendo claro o suficiente dessa vez?
— Você só precisa pedir.
Ele gemeu frustrado e escondeu o rosto no travesseiro, ansioso e sentindo a humilhação de ter que pedir, feito um garotinho carente, descendo por seu pescoço em forma do corar que o esquentava dos pés à cabeça. O bom nisso é que finalmente seu pedido foi concedido, Percy o inclinou um pouco para frente, abriu suas pernas e imediatamente sentiu dígitos molhados roçarem suavemente e sem pressa contra sua entrada. Ah… ele não sabia que esse gesto poderia ser tão relaxante e gostoso, massageando ao redor tempo o suficiente para que o orifício se abrisse e permitisse que os dedos de Percy o penetrasse, fácil e sem dificuldade, o abrindo com tanto cuidado que quando ele se viu estava deitado de bunda para cima e gemendo com três dedos dentro dele, mal sentiu Percy se deitar sobre seu corpo.
Com um ligeiro desconforto que imediatamente deu lugar ao prazer, a cabeça do membro de Percy entrou em contato com sua entrada e o penetrou devagar com uma leve pressão, o fazendo se sentir feito uma flor que desabrochava, mas foi quando Percy se forçou um pouco mais para dentro, deixando que o peso de seu corpo ajudasse no deslizar, que Nico realmente viu estrelas.
— Estou te machucando? Onde doí? Estou indo muito rápido?
Nico parou de respirar por um momento, muitas sensações ao mesmo tempo fritando seu cérebro. Ele… ele não sabia, estava relaxado demais para determinar se era o puro prazer, se tinha dor no meio ou sequer se precisava de uma pausa; Nico mal conseguia levantar a cabeça do travesseiro, quanto entender qualquer coisa que não fosse a necessidade de gozar.
— Bebê. — Percy suspirou, finalmente se encostando a suas costas, mantendo seus quadris parados, arfando. — Eu preciso.
— Hm. — Achava que tinha gemido, que estava prestes a gozar. Isso não podia ser normal. Não podia. Tão rápido.
— Fale comigo.
Então, Percy se acomodou melhor e aquela leve fricção dentro dele foi o suficiente para fazê-lo gemer, o fazendo apertar o membro dentro dele tão gostoso que Percy puxou seus cabelos, um aviso claro para Nico se comportar.
— Per!
Percy parou de novo, tentando recuperar o fôlego, e Nico derreteu mais uma vez na cama, procurando as palavras certas para dizer o que precisava.
— Per, eu… eu preciso… preciso…
— Vamos fazer assim, quando você não souber o que dizer e quiser continuar, diga “obrigado”. Quando estiver gostoso e mesmo assim quiser parar, diga “Por favor”.
— E se… e se eu não gostar?
— Diga pare e eu vou parar.
Parecia fácil o bastante, então, por que ainda tinha tanta dúvida? Esse era o momento que ele tinha a tendência de encerrar tudo. Era tão intenso que ele não conseguia continuar, mesmo quando ele usava seu vibrador favorito. Mas ele não queria parar, queria continuar e ver onde isso ia dar. Talvez se ele permitisse que Percy se movesse e o segurasse contra a cama, como exatamente como Percy estava fazendo poderia chegar ao fim.
— E, então? — Percy murmurou contra seu ouvido, o segurando firme pelos cabelos e cintura.
— Eu… tudo bem… obrigado.
— Esse é o meu garoto. Todo educado e obediente.
Nico… Nico não deixaria que aquelas palavras o fizessem se sentir mais à beira do precipício do que ele já estava. Mas quando Percy acariciou seu cabelo e os puxou, dizendo um rápido “Bom garoto”, Nico não conseguiu ignorar a reação que isso causava nele. Escondeu seu rosto no travesseiro ao mesmo tempo que um gemido foi arrancando dele e Percy enfim decidiu se mover.
Nessa noite, nada estava saindo como ele esperava, e ao invés de Percy fodê-lo rápido e forte, sentiu primeiro Percy girar os quadris, rebolando dentro dele para depois Percy se impulsionar para trás, devagar e gostoso, e voltar penetrá-lo mais devagar ainda, o fazendo curvar a coluna e gemer como ele nunca tinha gemido, sem deixar lugar para qualquer outro pensamento.
— Hmm. — Percy gemeu todo rouco, aumentando a velocidade e profundidade conforme os gemidos de Nico ficavam mais altos. — Sabia que você seria perfeito. Todo macio e cheiroso. O encaixe perfeito.
— Eu… eu… ah!
— Hm?
— Obrigado!
Nico achava que tinha gritado, que tinha se contorcido tanto que sentiu Percy segurá-lo pela nuca e forçar sua cabeça sobre o travesseiro, dizendo para ele respirar. Mas Nico não conseguia, Percy tinha acertado algo dentro dele que o fez apagar por um momento; estava gozando e gozando, cada vez que seu membro expelia, um choque de eletricidade atingia seu corpo, mas Percy ainda estava dentro dele, duro e pulsando, tão quente que Nico não sabia como não tinha sido queimado.
— Está tudo bem, assim. Eu vou cuidar de você.
Nico sentiu dedos contra sua virilha e em seu membro, o tocando suavemente. Ele gemeu de novo, pensando que iria morrer, sentindo seu orgasmo se estendendo até que não aguentou mais:
— Por favor! — Então, gritou mais uma vez, lágrimas se forçando para fora de seus olhos, sufocado pelo prazer: — Por favor!
— Bom garoto. — Percy gemeu em seu ouvido, sua voz firme e baixa, sentindo os quadris de Percy irem o mais profundo possível e gozar dentro dele, como Nico nunca havia permitido antes.
***
Percy admitia que não estava sendo justo com Nico. Não era nada planejado, ele nem pensava em transar com Nico tão cedo. Em um momento Nico estava todo excitado e no seguinte, o afastava, feito as milhares de vezes antes de tudo ir para os ares. Mas dessa vez… dessa vez Percy tinha decidido fazer exatamente o que Nico fazia com ele. Foi uma decisão de último minuto motivada pela frustração e desespero. Se ele fizesse Nico se sentir como ele se sentia, Nico pararia de torturá-lo, não?
Primeiro, tentou devagar e sem pressa, passeando pela cidade e parando na sorveteria favorita de Nico, depois, levou Nico para casa, o beijando apenas quando tiveram privacidade. Percy jurava que não pretendia fazer mais do que beijar Nico e ter uma noite tranquila, o problema apareceu quando Nico o beijou de volta, todo carente, e se virou de costas, esfregando aquela bundinha empinada contra sua virilha. Lá se ia seu autocontrole pelo ralo, Nico cheirava tão bem que Percy teve que beijar aquela pele macia, mordiscando a nuca e pescoço de Nico até encontrar a boca mordida e avermelhada, se perdendo nele, desabotoando os botões da camisa de Nico e então a sua própria para encontrar pele macia e sem pelos, o estômago liso e mamilos eriçados, pontudos, o forçando a brincar com eles longamente. Ele não conseguia parar de tocar, ouvindo gemidinhos arfados, Nico se enroscando contra ele até que bem… vocês podem imaginar, Nico ficou todo tenso e ele foi obrigado parar, tentando raciocinar no meio da densa névoa de excitação que percorria seu cérebro.
Tentou conversar e tentou se acalmar, mas aquela irritação continuava subindo por sua espinha. Ele não aceitaria ser feito de idiota mais uma vez. Percy não pensou, jogou Nico na cama, o prensou contra ela e segurou suas mãos acima da cabeça onde Nico não poderia usá-las para distraí-lo. O que pareceu ter sido um erro, embora a confissão e meias verdades tivessem escapado dos lábios de Nico feito uma cachoeira.
Agora, como ele sabia que Nico mentia? Nico desviou o olhar e tentou se soltar na tentativa de fuga. Nico nem percebia o que estava fazendo, ainda sem querer encará-lo. Por que era isso o que acontecia quando Nico sentia que não podia dizer a verdade, ele mentia, tentava distraí-lo ou fugir, como tinha feito há dois anos atrás e como fazia desde que eles eram crianças; quando o mundo ficava muito difícil para Nico lidar, ele se escondia, e sempre sobrava para Percy encontrá-lo e fazê-lo encarar a realidade. Estava tudo bem quando Nico fugia do resto do mundo, mas quando as coisas eram entres eles? Quem iria atrás de Nico para ter certeza que tudo estava bem?
Sinceramente? Ele não queria ouvir nada daquilo. Não queria saber quem tinha feito Nico decidir querer sexo ou quem tinha o traumatizado ao ponto de Nico se fechar tanto que ele foi obrigado a arrancar a verdade da unica pessoa que nunca precisou ter segredos. Percy estava tão cansado que… apenas decidiu se afastar, o vendo chorar na cama como se ele tivesse ofendido a mãe morta de Nico.
Foi demais para ele quando Nico disse um “Você não me ama mais?”. Como ele poderia não amá-lo? Alguns garotos e escapadas sexuais não seriam suficientes para destruir uma década inteira de dedicação e comprometimento. Entretanto, o pior de tudo foi ouvir “Eu só… não gosto de ser amarrado e… — Outro soluço, — Foi horrível quando ele tentou… tentou me penetrar e…”, sabe porque era horrível ouvir isso? Nico estava mentindo outra vez! Estava fazendo manha e seu rosto estava tão.. tão… excitado! Numa mistura de prazer e vergonha tão grande que nada que Nico dissesse no momento Percy seria capaz de acreditar.
Infelizmente, Percy não tinha muitas opções. Ele respirou fundo e disse a única coisa correta e racional que poderia, tentando acalmar Nico, o que pareceu piorar as coisas. Desesperado, Nico engatinhou para seu lado da cama e montou em seu colo, bem em cima de sua ereção e o olhou com aqueles olhos cheios de lágrimas de crocodilo que mais o excitava do que o preocupava, embora a forma ansiosa e angustiada que Nico agia fosse um indicador mais certeiro do que se passava na mente de seu doce e não mais inocente garotinho.
Ele estava tentando fazer o certo, não estava? Mas parecia que Nico não queria isso. Com eles era tudo ou nada, a próxima fala de Nico apenas deixava tudo mais claro: “Eu quero que você me toque! Quero que você me foda até que eu não consiga andar, mas… doeu tanto! Não quero que doa. Quero que só você me toque! Só você me beije! Só você!” e quem era ele para negar o que seu bebê dramático e manipulador queria? Ele não podia culpar Nico quando o garoto tinha aprendido com o melhor. Não que Nico estivesse enganando alguém ali, mas se isso era o que Nico precisava para dizer o que estava engasgado, ele faria o desejo de Nico se realizar; o que resultou em algo que ele nunca poderia prever: palmadas, gritos e confissões que dessa vez saíram bem mais sinceras, embora ele tenha a impressão que Nico ainda guardava coisas dentro do peito.
Bem, ele não estava preocupado. Arrancaria cada um desses segredinhos que Nico pensava poder esconder dele. Não porque quisesse saber, mas porque Nico parecia tão aliviado enquanto cada mísera palavra escapava da própria boca que sabia que o relacionamento deles nunca estaria perfeito enquanto Nico não confessasse tudo para ele, exatamente como sempre tinha sido. Admitia que não estava pronto para o que veio em seguida e admitia que queria fazer Nico sofrer um pouco, o que não chegava perto do que Nico fez com ele, mesmo que espalmar aquela bundinha empinada tenha sido eficaz. Agora ele entendia porque Nico tinha fugido de sexo por tanto tempo, o garotinho era tão sensível que em poucos toques ele estava gemendo como se estivesse prestes a morrer e tão apertado que ele enfim acreditou quando Nico dizia ser virgem. Percy foi paciente e cuidadoso o fazendo relaxar para então… bem, fazer seu melhor para não gozar enquanto deslizava para dentro daquele canal apertado e quente.
A partir desse momento foi rápido. Nico apenas conseguia gemer e mal conseguia completar o que falava, arfando e choramingando, estatelado na cama. Não que ele tivesse melhor, segurou nos cabelos de Nico, o mantendo no lugar quando sentiu Nico estremecer dos pés a cabeça, quase o jogando para fora da cama. Percy não tinha conseguido se mover muito, tentando pensar no conforto de Nico, mas tinha sido o suficiente. Alguns momentos depois foi sua vez, gozando fundo dentro da pessoa mais importante de sua vida.
***
— Bom garoto. — Percy tinha dito, ainda dentro de Nico. Ele se permitiu curtir o momento, mas quando a sensitividade chegou, foi obrigado a deslizar para fora, observando o sêmen escorrer pela pele morena.
Ele ainda estava irritado, levemente incomodado pela forma que Nico o fez perder o controle. Mas agora vendo Nico estatelado no colchão como se tivesse corrido uma maratona e ainda com lagrimas descendo de seu olhos negros, Percy tinha se decidido, nunca mais deixaria que seus sentimentos interferissem em seu relacionamento com Nico; ele amava seu pequeno mentirosinho que preferia esconder o que realmente queria se isso fosse garantir que as pessoas gostassem dele.
Percy respirou fundo e deixou que suas mãos abandonassem os cabelos de Nico, se deitando ao lado dele, prestes a sair da cama em busca de algo para limpar Nico. Isso é, ele teria se levantado se Nico não tivesse choramingado, segurando em seu braço.
— Onde você vai? Eu estou perdoado? — Nico piscou lentamente, parecendo que iria cair no choro se não escutasse o que queria.
O que ele podia dizer? No fim, as lágrimas de crocodilo sempre funcionavam.
Ele sorriu, porque sabia que isso sempre acalmava seu doce bebê, e se aproximou, o beijando suavemente nos lábios.
— Não há nada a perdoar.
— Per.
— Lindo. — Percy o beijou de novo e de novo até que Nico voltou a relaxar na cama, ainda de barriga para baixo.
— Não me deixe.
— Nem pra ir no banheiro?
Nico negou, afundando o rosto no travesseiro. Mas ele pegou na mão de Percy e a trouxe para o próprio cabelo, no exato lugar onde ele tinha o segurado momentos atrás.
Percy entendeu tudo e começou a acariciá-lo ali, devagar e suavemente, ouvindo Nico ronronar feito um gatinho manhoso.
— Nós não terminamos de conversar ainda.
— Desculpa. — Nico murmurou, sua voz saindo abafada.
— O que você esconde que te faz hesitar tanto?
— Como você pode me amar depois disso? Como alguém poderia? — Nico enfim levantou a cabeça e o encarou todo choroso.
— Nico.
— Eu me sinto uma vadia suja que não precisava cobrar por sexo, mas faz porque gosta.
— Qual o problema em gostar?
— Eu sou uma farsa! Todo mundo acha que eu sou esse… esse ser puro… e olha pra mim agora! — Nico voltou a enterrar o rosto no travesseiro e reclamar, mas parecia que suas lágrimas estavam acabando. Ele devia estar muito relaxado para conseguir ficar irritado.
— Nico! — Ele acabou rindo e Nico choramingou de volta, indignado. Ele então acariciou as costas desnudas de Nico e Nico se rendeu, derretendo em suas mãos.
— Isso não é justo! Você nunca me leva a sério. — Nico se virou de costas para a cama e o encarou fazendo uma careta adorável, e percebendo seu estado, tentou puxar as cobertas para cima de si. Ele teria conseguido se Percy não o tivesse parado, o segurando pelo ombro, deslizando suas mãos até elas chegarem na nuca de Nico, e se aproximou dele, juntando suas testas.
— Eu levo, juro que levo. Na verdade, queria pedir desculpas. Não devia ter te tratado assim.
— Me tratado como?
— Você não vê o problema?
— Hm?
— Nico, eu bati em você, te joguei na cama. Fiz algo que você não queria.
— Eu… — Nico piscou lentamente, e o surpreendeu, não desviando o olhar do seu. — Eu gostei. Só… não foi uma boa experiência quando tentaram me amarrar. Eu não me importo de tentar com você. Eu me assustei, você nunca foi violento comigo. Eu gostei. Gostei muito.
— Não faz isso comigo. — Percy implorou, tentando impedir que aquelas ideias se formassem em sua cabeça.
— Eu quero que você me bata de novo. Pode me jogar na cama quantas vezes quiser. Só me promete que sempre vai me amar. — Nico disse, sua expressão toda aberta e vulnerável, e infelizmente Percy soube, Nico não estava mentindo.
— Eu te amo. Sempre. Mesmo quando você me deixa louco.
Nico desviou os olhos dele por um instante e quando voltou a encará-lo, mordia os lábios, como se não tivesse certeza de algo.
— Eu quero… quero te satisfazer… e se… e se me fazer chorar ou me fazer gritar é o que te agrada… eu não me importo.
Percy arfou, tentando não demonstrar como seu corpo estava reagindo com essas palavras, mas como resistir quando Nico falava daquela forma quase inocente e na voz mais doce e afável?
— Eu não quero te fazer chorar.
— Mentiroso. — Nico disse, um sorriso começando a surgir em suas suaves feições. — Eu não quero que você se reprima por minha causa.
— Você tem que fazer o mesmo.
Nico mordeu os lábios e pareceu pensar sobre o assunto, suas mãos pequenas vindo parar sobre os ombros de Percy.
— Eu não sei se consigo. Como eu poderia dizer essas coisas?
— Você parece não ter problemas no momento.
— É porque estou… estou flutuando nas endorfinas. Não sei quanto tempo vai durar.
— O que te faria sentir melhor?
— Eu amo quando você me toca em qualquer lugar.
— Onde?
— No pescoço. Na mão. No pulso. Na… na cintura.
— Assim? — Percy deslizou os lábios pelo rosto de Nico e o beijou no lado do pescoço, aplicando uma leve pressão ali.
— Hmhmm. — Nico suspirou, fechando os olhos. — Eu amo quando… quando você me diz o que fazer, quando… quando toma o controle.
Percy parou por um momento e deixou o ar sair. Com Nico sempre era difícil saber, se ele fazia o que queria ou se Nico fazia o que os outros esperavam dele. Era melhor ir com calma.
— Eu quero que você saiba. Você pode me contar qualquer coisa. Vou ficar com ciúme, mas nunca vou te julgar.
Nico soltou uma risadinha toda feliz e manhosa, e se virou em direção a Percy, encostando a cabeça em seu ombro.
— Só se você me contar também.
— É um trato, então.
Ele beijou o rosto de Nico, se levantou e foi até o banheiro. Quando voltou com uma toalha quente e umedecida, Nico finalmente estava dormindo, todo encolhido em seu lado da cama e com um doce sorriso nos lábios.
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Ahhhhh esse capítulo foi tãoooo cliche! Serio! Não sei o que aconteceu, pelo menos espero que tenha sido divertido. Comentários são sempre bem-vindos. E obrigada por ler. Na sexta tem um capítulo traduzudo, e para quem está lendo a versão em inglês quero avisar que teve mudanças mínimas, como o Percy nunca ter namorado com Annabeth e uma frase ou outra.
Até logo.
Hi! We are back. I tried my best, so I hope is acceptable.
Good Reading^^
The bell rang just as Nico yawned, making him bringing a hand to his mouth.
“Do you want to go home?” Percy asked, pausing to write on the physics question sheet momentarily, seeming to think seriously about something to hurriedly get back to writing, without taking his attention away from the task, all while holding it in one of his hands, as if Nico were going to leave any minute now. running in case Percy wasn't there to stop him. It was almost funny, both of them sitting in a circle of six or seven people on the library floor while he watched Percy do all the heavy lifting.
He wanted to tell Percy that he wasn't tired, that it was just jet lag. Even though he arrived two or three days ago, he still hadn't got used to it and he’d barely been able to sleep the previous nights, not to mention the climate which was much milder than in Italy, the cold weather making him sleepy and slow. The problem was, Percy said that it would be ten minutes that turned into thirty and now, an hour and half later, sitting in the middle of his classmates, they were solving the questions that the teacher had given them. He knew he should be helping Percy with the task, just like the others were doing, working in pairs, but as Percy seemed happy to write alone, Nico let Percy enjoy himself, watching the serious and concentrated expression on his friend's face that finally raised his face and looked at him, smiling, as if only at that moment Percy had remembered Nico's presence.
"Sorry. I always end up doing these things by myself. I don't have the patience to wait around.”
Percy was right. The people around were writing, but they were also talking in low voices, discret but obvious.
"I promised. Let's go.”
“You can finish, I don't care.”
"I have finished.”
Percy was right once again, Nico peeked at the sheet in Percy's lap and saw that all the questions were filled with complete answers.
"Do you want to take it home and study?"
“No, thank you.”
So he got to his feet, Percy behind him, and supporting him from behind, Percy put the sheet into his bag. Nobody seemed to see them leave, only the librarian greeted them on the way out and finally they were free; the late afternoon sun was still shining, bringing some of the humidity and warmth that he missed so much. Satisfied, Nico took a few steps out of the halls towards the open courtyard and closed his eyes, letting the sun's rays gently warm his skin. Of course, soon Percy was at his side, holding his hand, as he always had. Percy's presence was always comforting, even if he could feel his friend's gaze on him.
"What?” Nico had to ask, eyes still closed.
"I held you captive, didn't I?"
"Don’t be ridiculous.” Nico nearly rolled his eyes in impatience, wanting to get out of there, but felling content in spending a few more minutes in the sun.
"Don’t get mad at me.”
“I'm not.” He almost didn't care about what Percy said, feeling the teasing tone returning with force. Because, in the end, he knew that what Percy wanted was attention.
“Hmm, no. It can't stay like this.”
Nico opened his eyes and saw that, without realizing it, they were already in the school's parking lot. That had been his biggest mistake, while he was distracted by the clear skies and nice weather, he'd missed the moment when Percy had cornered him against the wall of the parking lot and lifted his own hands and… and shoved them against his belly and abdomen, starting a tickle war. He couldn't remember the last time someone had the nerve to do that to him. In fact, Percy had been the last one, two years ago, before he traveled far away. Back then, when Nico was quiet for too long this was Percy's favorite tactic to get him to talk or react; he had to admit, he didn't miss this humiliating torture, but the touch was welcome. Contradictory, no? It seemed that anything Percy did at that moment would be welcomed.
"Percy Jackson!” He squeaked and uncoiled himself from Percy's grasp, running away from those long restless fingers. Of course he would have no peace! Percy came running after him, laughing like a maniac and with legs twice as long as his. Percy in mere minutes reached him, holding him by the waist.
"Ni-coo…" And okay, now that he analyzed things… they didn't have the most innocent banter, because the way Percy held him tight, back to chest and mouth right next to his ear… that was exactly how things used to happen in the past.
"I forgive you! I forgive you.”
"Realy? You're not saying this to then get back at me in slow and cruel ways?”
"I would never do that!”
“Liar.” Percy said in the same sweet, quiet way against his skin, looking like he wasn't going to let go of him anytime soon.
“Percy! We are not children anymore!”
"That’s very true. I don’t feel like a kid.” Percy murmured again and gave a dry chuckle that made the hairs on the back of Nico’s neck stand up. That is, before Percy turned him around and walked even closer to him, touching his forehead his own. And maybe, this gesture would be something common when they were away from prying eyes, under the covers, in the thousands times he slept at Percy's house, since only the maids and Bianca would be waiting for him at home. When they were little, it seemed kind of affectionate and innocent, but now… well… it still seemed affectionate. "Do you want dinner? The restaurant is still open.”
But how could he think about food when they were so close, breathing each other's air? When Percy's hands were on his waist and in his hair, not allowing him to look away? When Percy hugged him so tight? Their bodies pressed together and even through their clothes he could feel Percy's heat.
"Nico… Niccolas…" Why did Percy have to whisper his name like that? Why did he have to touch him like that? So strong and steady, as if he feared he was going to disappear at any moment. He… he didn't know if he was ready.
So close now... Percy's head came towards his and... and... and he let out a breath, closing his eyes.
"Food. Food is good. Right?” He swallowed hard for a moment, but when Percy did nothing but keep hugging him without moving any closer, Nico opened his eyes, seeing his intense eyes on him, burning like flames.
"You are afraid of me.” It was a statement, the light in Percy's eyes seeming to fade along with his playful smile.
"No… I don't… I'm just… not ready?"
"That's right? Or is it something else? I don't want to be one of those people.”
He understood what Percy meant. Percy would never do something to abuse his trust even if he tried. He trusted Percy, it was himself that Nico didn't trust. If he was already like this in less than twenty four hours around Percy, what would happen if he got carried away? He feared… that the obsession would return even more intense than before.
"Can we take it slow?" Nico finally managed to spit it out, feeling himself shudder.
"Sure. Everything you want.” And Percy seemed to mean it.
Percy watched him for a few more moments, as if deciding something important and took a step back, just enough to grab his waist and guide him to the car that was parked near the exit of the parking lot.
Percy opened the door for him, grabbed both of their backpacks and placed them in the backseat, quickly coming around to sit beside him, looking anxious. It wasn't that anxiety of the kind of person who was angry or irritated, it was more… someone who was full of energy and didn't know what to do with it. All Nico could do was to relax against the car seat and rest his head on the window, maybe by the time they arrived at the restaurant the tension he felt would have run off.
***
"What do you think?”
It was a very warm and welcoming place, the decor was done simply and in comfortable red tones, like something he would have seen in his deceased grandmother's house a few years ago. He felt like sitting in one of the armchairs near the reception, making himself a hot chocolate and sitting by the fireplace with a blanket over his shoulders.
"I liked.”
“I have a reservation.” Percy said all proud. It was six o'clock sharp, which meant that Percy had planned this whole thing, killing time at school to get him there on time.
"What do I do with you, huh?"
“How about saying, 'Thanks, Percy. You are so generous.”
"Is this how you hit on people?"
"It's working?”
Nico sighed and accepted the hand Percy offered, guiding him towards the maitre. The place was too specific. Other people their age probably wouldn't like the place as much as Nico had. The worst part was that he didn't hate it at all, Nico appreciated the effort Percy had put into finding something so… so like him, like he'd found a little piece of Italy just to make him feel better.
“You didn't have to.”
“I wanted you to feel welcome.” He didn't need to look at Percy to understand what those words really meant, because what Percy really meant was "I want you to feel at home so you never have to leave me."
He didn't know since when everything was so obvious. Every word and every gesture. It was like they were dancing, as if they knew each step and were just waiting for the music to end before finally… yeah, okay. He then lifted his head and faced Percy who at that moment seemed like the most perfect man in the whole world, the one Nico had always dreamed of having; kind, understanding, handsome, well dressed, so tall and strong he knew he'd never have to worry about defending himself again. But Percy had always been like that, the perfect prince. In the end, it really was obvious, wasn't it? That was the reason for his problem. No matter who he looked for, Nico would always end up in this same place, looking for Percy in every face. Maybe he should just… stop looking elsewhere.
"We can go home if you want." Percy told him, now stopping in front of him. He must have been making a fool of himself again, looking at Percy without saying anything.
“No, we can eat.” When the smile returned to Percy’s face, he knew he had made the right choice.
They followed the maitre down the row of tables until they climbed a pair of stairs and then entered a room that was larger than the floor below but emptier, filled with small round tables and more private ones at the back of the room next to large windows that let in daylight, but as night began to fall, aromatic candles were already lit out in the middle of the table.
"I hope you gentlemen approve the seats?" They waved and were soon offered the menu.
The truth was, Nico wasn't interested in food, that wasn't why they were there. Or was it? So he had decided, he would let Percy tell him.
"What do you want?” Percy asked, hands gripping the menu, but his eyes were on his, eyes that looked greener than ever under the candlelight, the dim night making the atmosphere even more intimate and personal.
"I don't know, a wine? You choose.”
Percy stared at him for a moment, seeming to consider the answer, and moved a little closer, putting an arm around his shoulder and closing the rest of the distance between them.
“I wanted to talk about us.”
“I know that.”
“I just…need to know.”
"I know that.”
“It's been ten years in this. I need to know.”
And Percy was right. They were so little and innocent back then, and then... then they were still little, but not so innocent until... until he freaked out and then Percy freaked out and he left without telling anyone. So, out of nowhere, and just as he did, out of nowhere, Percy had called him, so different from what Nico knew and so familiar at the same time that it left him confused for a long time. He remembered that for long months he only had the energy to fulfill his obligations and cling to these daily calls until he knew what to do. And here they were, practically in the same place, the difference was that now they understood what the consequences would be, no matter what the decision at the end.
"I like you.” Nico dicided for the simpler answer. He admitted that he wasn't the most assertive person or make the best choices.
“That's not what I asked.”
"I don't know. I miss you. That's enough?”
" No.” Percy said it all so seriously that he kind of... wanted to laugh. Or moan. Maybe it was a little bit of both. Nobody could blame him for that.
“So, it's up to you.”
“Nico! You said you weren't ready!”
"I'm not. I will never be. I don't want to destroy what we have. I really don't want a relationship. But…”
"Why do you have to be so confusing!"
“It's not about sex. That's the easy part.”
“Nico, I know. What can I do for you to--"
"Gods, Percy! I am the problem. I'm very unstable. You don't want to walk around with a time bomb in your pocket, do you?”
“Baby, you can explode whenever you want, as long as you explode with me.”
Nico moaned and put his hands to his face, this was ridiculous! They both knew why he was gone and they knew perfectly well why he had come back. Nico was still getting used to the idea that this time he had nowhere to run when his feelings erupted everywhere, forcing Percy to pick up the pieces.
"Can you be serious for five minutes?"
“I know all that, darling. Every little thing you think you can hide from me.”
"It will be worse than before!"
“You said I could decide.”
"Yes, but-- I want to take it slow."
"Then, let me decide. I just need your permission.”
“Permission to do what?”
Nico watched in slow motion as the hand that had been around his shoulder traveled to the back of his neck, massaging the spot, and gently pulling him closer, tilting his head until it reached just the right position for Percy's lips to finally come down against his in the sweetest, most innocent kiss he'd ever tasted.
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What did you think? I already warn you that the surprises will keep coming and that Percy and Nico are not exactly nice. Like, they're rich and that will become clearer later on. I hope it's been fun. Comments are always welcome. See you next week.
Oii, como vai? Capítulo na hora prometida. Nesse capitulo vamos entender mais um pouco sobre a relação deles. Devagar vai chegar lá, e desde já obrigada pela presença e apoio^^
Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II
O sinal bateu bem na hora em que Nico bocejou, levando a mão à boca.
— Você quer ir pra casa? — Percy perguntou, parando de escrever na folha de questões sobre física, momentaneamente, parecendo pensar seriamente sobre alguma coisa para voltar a escrever apressadamente, sem desviar sua atenção da tarefa, tudo isso enquanto segurava em uma de suas mãos, como se Nico fosse sair correndo no caso de Percy não estar lá para impedi-lo. Era quase engraçado, eles sentados em uma roda de seis ou sete pessoas no chão da biblioteca enquanto ele observava Percy fazer todo o trabalho pesado.
Ele queria dizer para Percy que não estava cansado, que era só o fuso horário. Mesmo que ele tenha chegado há dois ou três dias, ainda não tinha se acostumado e mal tinha conseguido dormir nas noites anteriores, sem mencionar o clima que era bem mais ameno do que na Itália, o clima frio o fazendo ficar com sono facilmente. O problema era que Percy disse que seriam dez minutos que viraram trinta e agora, uma hora e meia depois, sentado no meio dos colegas de classe, eles resolviam as questões que o professor tinha entregado, valendo nota. Ele sabia que devia estar ajudando Percy com a tarefa, igual os outros estavam fazendo, trabalhando em pares, mas como Percy parecia feliz em escrever sozinho, Nico deixou que Percy se divertisse, observando a expressão séria e concentrada no rosto do amigo, que enfim, levantou o rosto e o encarou, sorrindo, como se apenas naquele momento tivesse lembrado da presença de Nico.
— Desculpa. Eu sempre acabo fazendo essas coisas sozinho. Não tenho paciência para ficar enrolando.
Percy estava certo. As pessoas ao redor estavam escrevendo, mas elas também conversavam em voz baixa, discretas, porém óbvias.
— Eu prometi. Vamos.
— Você pode terminar, eu não me importo.
— Eu terminei.
Percy estava certo mais uma vez, Nico espiou a folha no colo de Percy e viu que todas as questões estavam preenchidas com respostas completas.
— Você quer levar para casa e estudar?
— Não, não precisa.
Então, ele estava se levantando, Percy atrás dele, o apoiando pelas costas e guardando a folha dentro da bolsa. Ninguém pareceu vê-los sair, apenas a bibliotecária os cumprimentou na saída e finalmente eles estavam livres, o sol de fim de tarde ainda brilhava, trazendo um pouco da umidade e calor que ele tanto sentia falta. Contente, Nico deu alguns passos para fora dos corredores, indo em direção ao pátio descoberto e fechou os olhos, deixando que os raios de sol o esquentassem suavemente. É claro que logo Percy estava a seu lado, segurando sua mão, como sempre havia sido. A presença de Percy sempre acalentadora, ele até podia sentir o olhar do amigo sobre ele.
— O que foi? — Ele teve que perguntar, ainda de olhos fechados.
— Eu te mantive em cárcere privado, não foi?
— Não seja ridículo. — Nico quase revirou os olhos de impaciência, querendo sair logo dali, se contentando em passar mais alguns minutos sobre o sol.
— Não fica bravo comigo.
— Não estou bravo. — Ele quase não deu importância ao que Percy falava, Nico conseguia sentir o tom brincalhão retornando com força. Porque, no fim, o que Percy queria era atenção.
— Hmm, não. Isso não pode ficar assim.
Nico abriu os olhos e viu que sem perceber, já estavam no estacionamento do colégio. Esse tinha sido seu maior erro, porque enquanto ele estava distraído com o céu limpo e o clima agradável, perdeu o momento em que Percy o encurralou contra a parede do estacionamento e levantou as próprias mãos e… e as enfiou contra sua barriga e abdome, começando uma guerra de cócegas. Ele não se lembrava da última vez que alguém tinha tido a coragem de fazer aquilo com ele. De fato, Percy tinha sido o último, dois anos atrás, antes dele viajar para longe. Naquela época quando Nico ficava quieto por muito tempo essa era a tática favorita que Percy tinha para fazê-lo falar ou reagir; ele tinha que admitir, não sentia saudade dessa tortura humilhante, mas o contato era bem-vindo. Contraditório, não? Parecia que qualquer coisa que Percy fizesse naquele momento seria recebido de boa vontade.
— Percy Jackson! — Ele guinchou e se desenrolou das mãos de Percy, correndo para longe daqueles longos dedos incansáveis. É claro que ele não teria paz! Percy veio correndo atrás dele, gargalhando feito um maníaco e com pernas medindo o dobro das suas, Percy em meros minutos o alcançou, o segurando pela cintura.
— Ni-coo… — E tudo bem, agora que ele analisava as coisas… eles não tinham as brincadeiras mais inocentes, porque a forma que Percy o segurava apertado, costas contra peito e boca bem perto de seu ouvido… era exatamente como as coisas costumavam acontecer no passado.
— Eu te perdoo! Te perdoo.
— De verdade? Você não está falando isso para depois se vingar de mim de formas lentas e cruéis?
— Eu nunca faria isso!
— Mentiroso. — Percy disse na mesma forma doce e baixinha contra sua pele, parecendo que não iria soltá-lo tão cedo.
— Percy! A gente não é mais criança!
— Não é mesmo. — Percy voltou a murmurar e deu uma risadinha seca que fez os cabelos em sua nuca se arrepiarem. Isso é, antes de Percy o virar de frente e se aproximar mais ainda dele, encostando sua testa a dele. E talvez, esse gesto seria algo comum quando eles estavam longe de olhares curiosos, debaixo das cobertas, nas milhares de vezes que ele dormia na casa de Percy já que apenas as empregadas e Bianca estariam o esperando em casa. Quando eles eram pequenos parecia algo afetuoso e inocente, mas agora… bem… ainda parecia afetuoso. — Você quer jantar? O restaurante ainda está aberto.
Mas como ele podia pensar em comida quando eles estavam tão próximos, respirando o ar do outro? Quando as mãos de Percy estavam em sua cintura e em seus cabelos, não permitindo que ele desviasse o olhar? Quando ele o abraçava de volta? Seus corpos prensados juntos e mesmo através das roupas ele podia sentir o calor de Percy.
— Nico… Niccolas… — Por que Percy tinha que sussurrar seu nome daquele jeito? Porque ele tinha que tocá-lo daquele jeito? Tão forte e firme, como se temesse que ele fosse desaparecer a qualquer momento. Ele… ele não sabia se estava pronto.
Tão perto agora… a cabeça de Percy veio em direção a sua e… e… e ele deixou o ar sair, fechando os olhos.
— Comida. Comida é uma boa ideia. Certo? — Ele engoliu em seco por um momento, mas quando Percy não fez nada além continuar o abraçando sem se aproximar mais, Nico abriu os olhos, vendo seus olhos intensos sobre ele, queimando feito labaredas.
— Você está com medo de mim. — Tinha sido uma afirmação, a luz nos olhos de Percy parecendo sumir junto com seu sorriso brincalhão.
— Não… eu não… eu só… não estou pronto?
— É isso mesmo? Ou é outra coisa? Eu não quero ser uma dessas pessoas…
Ele entendia o que Percy queria dizer. Percy nunca faria algo para abusar de sua confiança mesmo que tentasse. Ele confiava em Percy, era em si mesmo que Nico não confiava. Se ele já estava assim em menos de vinte e quatro horas perto de Percy, o que aconteceria se ele se deixasse levar? Temia que… que a obsessão retornaria ainda mais intensa do que antes.
— A gente pode ir devagar? — Nico enfim conseguiu cuspir para fora, se sentindo estremecer.
— É claro. Tudo o que você quiser. — E Percy parecia falar sério. Percy o observou por mais uns momentos, como se decidisse algo importante e deu um passo para trás, apenas o suficiente para segurar em sua cintura e o guiar até o carro que estava parado perto da saída do estacionamento.
Percy abriu a porta para ele, pegou ambas suas mochilas e as colocou no banco de trás, dando a volta rapidamente para se sentar a seu lado, parecendo ansioso. Não era aquela ansiedade do tipo de quem estava bravo ou irritado, era mais… alguém cheio de energia e que não sabia o que fazer com isso. Restou a Nico relaxar contra o assento do carro e encostar a cabeça no apoio, quem sabe quando eles chegassem no restaurante a tensão que ele sentia teria se dissipado.
***
— O que você acha?
Era um lugar bem aconchegante e acolhedor, a decoração era feita de forma simples e em confortáveis tons vermelhos, como algo que ele veria na casa de sua avó já falecida há alguns anos. Ele sentia vontade de sentar em uma das poltronas perto da recepção, fazer um chocolate quente e se sentar perto da lareira com um cobertor sobre seus ombros.
— Eu gostei.
— Tenho uma reserva. — Percy disse todo orgulhoso. Eram seis horas da tarde em ponto, o que significava que Percy tinha planejado tudo aquilo, matar tempo na escola para trazê-lo ali na hora certa.
— O que eu faço com você, hein?
— Que tal dizer “Obrigado, Percy. Você é tão atencioso”.
— É assim que você dá em cima das pessoas?
— Está funcionando?
Nico suspirou e aceitou a mão que Percy oferecia, o guiando em direção ao maitre. O lugar era específico demais. Provavelmente outras pessoas da idade deles não gostariam do lugar tanto quanto Nico tinha gostado. O pior era que ele não odiava nenhum pouco isso, Nico apreciava o esforço que Percy tinha feito para encontrar algo tão… tão a sua cara, como se tivesse encontrado um pedacinho da Itália apenas para que ele se sentisse melhor.
— Você não precisava.
— Eu quis que você se sentisse bem vindo. — Ele não precisava olhar para Percy para entender o que aquelas palavras realmente significavam, porque o que Percy realmente queria dizer era “Eu quero que você se sinta em casa para nunca mais precisar ir embora”.
Ele não sabia desde quando tudo era tão óbvio. Cada palavra e cada gesto. Era como se eles estivessem dançando, como se soubessem cada passo e só estavam esperando a música acabar para enfim… certo. Ele, então, levantou a cabeça e encarou Percy que naquele momento parecia como o homem mais perfeito do mundo, aquele que Nico sempre havia sonhado em ter; gentil, compreensivo, bonito, bem vestido, tão alto e forte que ele sabia que nunca precisaria se preocupar em se defender. Mas Percy sempre tinha sido assim, o perfeito príncipe. No fim realmente era óbvio, não era? Esse era o motivo de seu problema. Não importava por quem ele procurasse, Nico sempre acabaria nesse mesmo lugar, buscando por Percy em todos os rostos. Talvez ele apenas devesse… parar de procurar em outros lugares.
— A gente pode ir pra casa se você quiser. — Percy disse a ele, agora parando a sua frente. Ele devia estar fazendo papel de bobo de novo, olhando para Percy sem dizer nada.
— Não, a gente pode comer. — Quando o sorriso voltou para o rosto de Percy, ele soube que tinha feito a escolha certa.
Eles seguiram o maitre pela fila de mesas até que subiram um par de escadas e então entraram em um salão que era maior que o andar de baixo, mas que estava mais vazio, cheio de mesas redondas e pequenas e outras com mais privacidade ao fundo do cômodo ao lado de grandes janelas que deixavam a luz do dia entrar, mas como a noite começava a cair, velas aromáticas já estavam acesas.
— Espero que os senhores aprovem os acentos? — Eles acenaram e logo lhes foi oferecido o menu.
A verdade é que Nico não estava interessado em comida, não era por isso que estavam ali. Ou era? Por isso tinha decidido, deixaria que Percy lhe dissesse.
— O que você quer comer? — Percy perguntou, mãos segurando o cardápio, mas seus olhos estavam sobre os dele, olhos que pareciam mais verdes do que nunca sobre a luz das velas naquele restaurante, a penumbra da noite deixando o ambiente ainda mais intimista e pessoal.
— Não sei, um vinho? Você escolhe.
Percy o encarou por um momento, parecendo refletir sobre a resposta e se aproximou mais um pouco, colocando o braço sobre seu ombro e desfazendo o resto da distância entre eles.
— Eu queria conversar sobre a gente.
— Eu sei disso.
— Eu só… preciso saber.
— Eu sei.
— São dez anos nisso. Eu preciso saber.
E Percy estava certo. Eles eram tão pequenos e inocentes naquela época, e depois… depois eles ainda eram pequenos, mas não tão inocentes até que… até que ele surtou e depois Percy surtou e ele foi embora sem avisar ninguém. Assim, do nada, e tão do nada quanto ele tinha partido, Percy tinha ligado para ele, tão diferente do que Nico conhecia e tão familiar ao mesmo tempo que o deixou confuso por um longo tempo. Ele se lembrava que durante longos meses ele só teve energia para cumprir suas obrigações e se apegar a essas ligações diárias até que ele soubesse o que fazer. E ali estavam eles, praticamente no mesmo lugar, a diferença era que agora eles entendiam quais seriam as consequências, não importava qual fosse a decisão no final.
— Eu gosto de você. — Nico se decidiu pelo mais simples. Admitia que não era a pessoa mais assertiva ou que sequer fazia boas escolhas.
— Não foi o que eu perguntei.
— Eu não sei. Sinto sua falta. É o suficiente?
— Não. — Percy dizia tudo aquilo tão sério que ele meio que… queria rir. Talvez já estivesse um pouquinho. Ninguém podia culpá-lo por isso.
— Então, você decide.
— Nico! Você disse que não estava pronto!
— Não estou. Nunca vou estar. Não quero destruir o que a gente tem. Na verdade, não quero um relacionamento.
— Porque você tem que ser tão confuso!
— Não é sobre sexo. Essa é a parte fácil.
— Nico, eu sei. O que posso fazer para você--
— Deuses, Percy! Eu sou o problema. Sou muito instável. Você não quer andar com uma bomba relógio no bolso, quer?
— Bebê, você pode explodir quando quiser, contanto que exploda comigo.
Nico gemeu e levou as mãos ao rosto, isso era ridículo! Ambos sabiam porque ele tinha ido embora e sabiam perfeitamente porque ele tinha voltado. Nico ainda estava se acostumando com a ideia de que dessa vez ele não tinha para onde correr quando seus sentimentos irrompessem por todos os cantos, obrigando Percy a catar os pedaços.
— Será que você pode falar sério por cinco minutos?
— Eu sei de tudo isso, querido. Cada coisinha que você acha que consegue esconder de mim.
— Vai ser pior do que antes!
— Você disse que eu podia decidir.
— Sim, mas-- quero ir devagar.
— Então me deixe decidir. Eu só preciso da sua permissão.
— Permissão para fazer o quê?
Nico observou em câmera lenta a mão que estava em volta de seu ombro viajar para sua nuca, massageando o lugar, e o puxando suavemente para mais perto, inclinando sua cabeça até alcançar a posição certa para os lábios de Percy finalmente descerem contra os seus no beijo mais inocente e doce que ele já tinha provado.
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Obrigada por ler! Comentários são sempre bem vindos^^
Always!
If you write romance, do your characters flirt in your head while you’re trying to sleep, or is it just me?
Oii, como vai?
Você pode me chamar de Ana ou Aurora, meu pseudônimo. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e originais. Aqui colocarei minhas ideias e histórias, trazendo o que eu puder de interessante para esse pequeno cantinho de criatividade.
> Spirit Fanfiction
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>Dreame (Uma das minhas histórias completas. Se você puder dê uma olhada^^)
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Tudo o que eu escrever estará sob o link mywriting
Os posts sobre as dicas de escrita estarão sob o link aurora ajuda para escritores
Todos os posts reblogados não terão tags.
Agora que tiramos isso da frente, podemos começar!
Eu escrevo desde o início dos anos 2000 e já passei por milhares de fandons, porém escrevi para poucos. O primeiro em que escrevi foi o de Naruto, depois Supernatural por uns bons cinco anos e lá pelos anos 2010 Percy Jackson, lugar que não saí desde então.
A verdade é que eu escrevo originais com a imagem que eu tenho dos personagens de Percy Jackson, e como os aspectos dessas histórias não são completamente originais (apenas uns 85%) eu considero minhas histórias fanfiction. Por exemplo, sempre imagino Percy com quase dois metros de alta, cabelos castanhos e levemente clareado do sol, pele bronzeada e olhos verdes, a personalidade tende mais para o lado rebelde e ligeiramente obscura dependendo do enredo. Já o Nico é alguém que tem o exterior vulnerável e doce, mas que por dentro é o mais forte e inteligente, principalmente na parte mental. Imagino ele com cabelos lisos e ondulados, pretos, olhos negros, nariz fino e arrebitado e pele cor oliva-escura, não exatamente chegando a ser uma pele negra. Os enredos, também, são os mais variados. Já escrevi sobre máfia, vampiros, a/b/o e outros que eu nem me lembro mais.
A questão aqui é que encontrei no Percy e no Nico meus modelos perfeitos de personagens para escrever, eu confesso, também os modifiquei bastante durante os anos, suas personalidades e histórias de vidas, para se adequarem ao que eu precisar dependendo da história que eu estiver contando.
O que eu realmente quero dizer é: eu criei uma versão deles, com motivações e objetivos tão diferentes dos livros que eles na maioria das vezes são bem OCC e fora do caráter original, sabe? Embora eu tente manter a essência deles viva. Isso me permite criar mundos e enredos que do contrário eu não me sentiria inclinada a escrever.
Imagine dessa forma, eles são os meus brinquedos favoritos para brincar, mesmo que eu tenha milhares de outros tão bons ou até melhores; eles ainda são os meus favoritos e sou apegada a eles. Dessa forma, não espere que eu vá escrever enredos canon, são bem raros para mim. A razão disso? Bem... me sinto muito limitada e eu não quero lidar com Will Solace.
Sou Anti-solangêlo? Pode se dizer que sim. É simples, não gosto de personagens jogados e que aparecem miraculosamente para ser o par de um personagem só porque ele se tornou popular. Eu, como demisexual, não aceito o fato de não ter desenvolvimento em como um romance acontece. Bons exemplos de casais, Reyna e Percy já que eles têm um bom tempo para se conhecer em cenas, Percy e Rachel já que eles também passam um tempo juntos e não simplesmente começam a namorar, Percy e Annabeth, e até Annabeth e Reyna eu aceitaria já que elas passam um tempo juntas, mesmo que seja desconfiando uma da outra. É tudo o que eu tenho a falar sobre o assunto. Então, vocês não me verão escrever boas coisas sobre eles.
Já sobre o blog de dicas de escrita, é um projeto que tenho há cinco anos. Sou alguém que precisa aprender algo novo de vez em quanto, por isso fiz um blog de escrita criativa. Com o tempo ele foi se tornando algo mais parecido com um trabalho, então decidi movê-lo para um lugar que me permita uma remuneração por isso. Vocês estão convidados a participar dele também; logo teremos posts interessantes sobre como melhorar nossas histórias por lá.
Bem, é isso. Sou uma escritora lenta e por vezes metódica, não sei como lidar muito bem com o fandom, principalmente pela agressividade que eu costumava ver. Também não sei trabalhar com pedidos, sabe? Eu preciso seguir meus pensamentos e não o que as pessoas me pedem, o não me impede de tentar encaixar sugestões nos meus textos. Estou fazendo o meu melhor para me enturmar mais. Então, sugestões são sempre bem-vindas, porém o que me dá vida é receber feedback e comentários. Também quero avisar que ao encerrar das minhas histórias é provável que eu as transforme em originais, elas podendo ou não sair do ar quando chegar essa hora. Então, se divirtam e se vocês se sentirem a vontade, comentários me incentivará a escrever ainda mais.
Obrigada por ler!
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Hi, how are you?
You can call me Ana or Aurora, my pseudonym. I write Pernico/Nicercy and original fanfics. Here I will put my ideas and stories, bringing whatever I can of interest to this little corner of creativity.
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Now that we got that out of the way, we can get started!
I've been writing since the early 2000s and have been in thousands of fandoms, but I've written for very few. The first one I wrote for was Naruto, then Supernatural for a good five years and back in the 2010s for Percy Jackson, a place I haven't left since.
The truth is that I write originals with the imagery that I have of Percy Jackson's characters, and since aspects of those stories are not completely original (only about 85%) I consider my stories fanfiction. For example, I always imagine Percy as almost six feet tall, brown hair and slightly bleached from the sun, tanned skin and green eyes, the personality tends more towards the rebellious and slightly dark side, depending on the plot. Nico, on the other hand, is someone who has a vulnerable and sweet exterior, but who inside is the strongest and most intelligent, especially in the mental part. I imagine him with straight, wavy black hair, black eyes, a thin, upturned nose and dark olive-colored skin, not quite a black skin. The plots, too, are varied. I've written about mafia, vampires, a/b/o and others I can't even remember anymore.
The point here is that I found in Percy and Nico my perfect models of characters to write about, I confess, I also modified them a lot during the years, their personalities and life stories, to fit whatever I need depending on the story I'm telling.
What I really mean is: I've created a version of them, with motivations and goals so different from the books that they're mostly pretty OCC and out of the original character, you know? Though I try to keep their essence alive. This allows me to create worlds and plots that I otherwise wouldn't feel inclined to write.
Imagine it this way, they are my favorite toys to play with, even if I have thousands of others just as good or even better; they are still my favorites and I am attached to them. In that way, don't expect me to go writing canon plots, they are quite rare for me. The reason for that? Well… I feel very limited and I don't want to deal with Will Solace.
Am I anti-solangêlo? You could say that. It's simple, I don't like characters who miraculously appear and became the love interest of a character, and just because they became popular. I, as a demisexual, do not accept the fact that there is no development in how a romance happens. Good examples of couples, Reyna and Percy since they have a good time getting to know each other in scenes, Percy and Rachel since they also spend time together and don't just start dating, Percy and Annabeth, and even Annabeth and Reyna I would accept since they've spend time together, even if it is in distrusting each other. That's all I have to say on the subject. So you won't see me writhing nice things about them.
About the writing tips blog, it's a project I've had for five years (in Portuguese). I'm someone who needs to learn something new from time to time, so I made a creative writing blog. Eventually, it became more like a job, so I decided to move it to a place that allows me to get paid for it. You're invited to join it too; soon we'll have interesting posts on how to improve our stories there.
Well, that's it. I'm a slow and sometimes methodical writer, I don't know how to deal with fandom very well, mostly because of the aggressiveness I used to see. I also don't know how to work with requests, you know? I need to follow my thoughts and not what people ask me, which doesn't stop me from trying to fit suggestions into my texts. I'm doing my best to get along more with all of you. So, suggestions are always welcome, but what gives me life is receiving feedback and comments. I also want to let you know that when I finish my stories, I'll probably turn them into originals, and they may or may not go off the air when that time comes. So have fun and if you feel like it, comments will encourage me to write even more.
Thanks for reading!
Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing
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