Esse meu cupido merece uns murros.
Kamilla Rocha (via resfloriar)
Quem nunca pensou em desistir? Quem nunca sentiu medo? Quem nunca pensou em agir, mas voltou atrás? Pois é, na beira do abismo até a águia sem experiência tem medo de bater suas asas, e a vida é assim, um eterno abismo, daqueles que assustam de verdade, daqueles que a gente tenta e muitas vezes não vê o outro lado, então relaxa, pois é complicado mesmo e quem diz que existe fórmula mágica para passar por isso, está mentindo, a única verdade é que para aprender a voar é preciso cair algumas vezes.
Não saber o peso de suas palavras. O quão assustadora pode ser uma pessoa que fala duramente
K-drama W
Do you hear me yeah
It is impossible not to hear it twice!
Quando ainda se é uma criança, a maior dor é ralar o joelho, o maior medo é de arrancar o dente que ficou mole, a maior certeza é que a mãe vai resolver qualquer problema, a maior preocupação é com o trabalho de ciências sobre o sistema planetário, a melhor expressão é: “quando eu crescer…”, o maior desafio é planejar o futuro.
Na infância, a inocência é a maior e mais inédita fantasia que um ser humano é capaz de usar.
Até que… a gente cresce e…..
E crescendo a descobre mais um monte de coisa.
Descobre que existe dor maior que o machucado do joelho e que, por muitas e muitas vezes, essa dor vai ser invisível, não vai haver ferida, mas que, ainda assim, vai machucar para um senhor caralho … E que mesmo maltratando tanto, não vai ser possível gritar e chorar, somente suportar.
A gente acaba por desvendar que há medos maiores e mais terríveis, que alguns vão nos acompanhar por grande parte da nossa vida, e que o pior medo que pode existir é o medo de confiar nas pessoas, mas que em algumas ocasiões ele será essencial.
Envelhecendo a gente percebe que o colo da mãe também não dura para sempre.
As certezas são poucas e mudam muito.
São tantas preocupações que surgem… E olha que eu ainda nem envelheci tanto.
A melhor expressão agora é: “quando eu era criança…”.
O desafio de planejar o futuro não mudou em nada.
Contudo, se querem saber outras conclusões que eu tirei, aqui estão elas…
Aprendi que o amor é meio louco, ás vezes ele aparece feito viajante que: veio, mostrou um mundo novo e foi embora. Ele também gosta de ser poesia, música, chocolate, lembrança, fotografia… O amor é eclético. Já o vi pintando de roqueiro e, enquanto dançava numa trilha sonora eletrizante sincronizou a batida do coração com a melodia da musica, já vi ele dançando sertanejo enquanto tocava poesia cantada de amor abandonado. Ah… Já vi o amor pulando carnaval vestido do arco-íris enquanto a neblina ameaçava cair.
Não sei…
Descobri que os simpáticos sabem como conquistar, mas é dos sábios a capacidade de se afastar sem fazer com que a casa desmorone e, principalmente, a sensatez do momento certo de voltar, ou quem sabe, a delicadeza de julgar ser necessário não voltar, mas, simplesmente, cuidar de longe.
Entendi que amizade tem mais haver com respeito do que com conceitos compartilhados e que solidão não é estar sozinho, mas perdido de si mesmo.
O difícil foi perceber que nós não amamos certas pessoas, nós só amamos certos momentos que elas nos proporcionaram e nessa vontade descarada de voltar ao mesmo porto, aprendi e sofri ao perceber que um pôr-do-sol nunca é visto duas vezes.
Constatei que é possível se apaixonar várias vezes pela mesma pessoa, no entanto, o amor só nasce uma vez e, se for verdadeiro, ele nunca vai morrer. Vai mudar, se transformar e se adaptar, mas não vai morrer.
Talvez essa seja minha crença mais precipitada, mas não importa. No momento, eu quero e vou acreditar em pessoas que foram feitas umas pra outras, na tampa da panela e na azeitona da empada, por isso mesmo escrevo, porque se amanhã isso mudar, ao menos terei a certeza que tentei.
My new manager since I started working from home.
You just have to stop and contemplate :)
Nos últimos dias tudo o que faço é sentar e ler os livros da faculdade, usando playlists específicas pra estudar. Coisas que me divertiam antes, agora não são mais tão engraçadas.
Estou insatisfeita comigo, academicamente falando. É estranho dizer isso quando se tem só 20 anos.
Desde que me entendo por gente, eu sempre amei música e videogames. Quando entrei na faculdade de Design de Games, eu resolvi que uniria minhas duas paixões e cuidaria da parte sonora dos jogos que temos que produzir todos os semestres. Mais pra frente eu descobri que a faculdade não se importava muito com a parte musical e, se eu quisesse me especializar nessa área, teria que buscar outro curso.
Eu não tinha tempo e nem dinheiro pra outro curso, então comecei a procurar por tutoriais e pesquisar programas de áudio, me desafiei a compor uma trilha sonora de verdade esse semestre.
Bom… as coisas não saíram bem como eu esperava, acabei descobrindo que meu conhecimento vago sobre música, que eu aprendi com as centenas de professores de piano que tive, não era o suficiente. O sonho de trabalhar com uma mesa enorme de mixagem começou a parecer um engano.
Talvez eu só estivesse fazendo isso pra seguir os passos da minha mãe, uma pianista incrível.
Passei alguns dias irritada, me perguntando “no que eu sou boa de verdade?”. Comecei a estudar sem parar, passei a visitar mais a biblioteca e resolvi que programação não vai mais ser um problema pra mim. Isso me satisfez (pra ser sincera, estava estudando antes de escrever esse texto), mas a tal pergunta continuou a me rondar.
A resposta estava praticamente na minha cara. Me lembrei que eu era a responsável pelos roteiros também e que, depois de alguns brainstormings e processos de decupagem, com pouco mais do que 10 páginas, fui capaz de fazer o professor de narrativa sentir algo.
Bom, eu sempre gostei de escrever. É por isso que tenho esse tumblr… talvez esse seja realmente o meu caminho. Não parece tão ruim, “Isa, a roteirista”, é… pode ser que sim.
Eu não sei bem como encerrar esse texto, é a primeira vez que escrevo sobre algo de forma mais pessoal, mais direta. Eu só queria contar isso pra alguém e aqui pareceu um bom lugar pra fazer isso.
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