Claro que não tinha 'escondido' o livro depressa o suficiente para que o filho de Melinoe não reparasse no título. Sabia como a julgavam pelos livros que lia, alguns dos próprios irmãos mesmo o faziam e era algo que detestava. Não que tivesse vergonha de romances e fantasias, não era nada disso, mas acabavam muitas vezes a ridicularizando, e isso era algo que Daphne dispensava. Ao ouvir o comentário alheio, a loira mostrou um pequeno sorriso entre o sarcástico e o travesso. "Como sabe que é um livro de fadas?" Perguntou com as sobrancelhas arqueadas já que nem o título nem a capa aludiam muito ao tema, talvez ele simplesmente conhecesse. "Ah sim, as coisas do nosso mundo são muito fantásticas sim, mas eu apenas leio pelo smut, as cenas picantes são maravilhosas." Não era exatamente apenas por isso, mas decidira provocar o moreno.
⠀⠀✗⠀⠀Não era muito fácil encontrar um local onde ficasse majoritariamente sozinho para praticar seus poderes. Primeiro, porque não queria que ninguém o taxasse de louco por estar falando sozinho antes mesmo que pudesse explicar o que fazia. E também, porque algumas poucas pessoas sabiam que ele não deveria exatamente praticar a mediunidade, mas o que podia fazer se bater papo com fantasmas era extremamente interessante? Então, procurava algum lugar onde pudesse fazer isso em paz, mas não se surpreendeu ao encontrar o coreto de Afrodite já ocupado, aquela era de fato uma de suas piores opções. — Você está lendo um livro de fadas? — perguntou, mas não pareceu ser ouvido até que ela tivesse fechado o livro. — Perguntei se está lendo um livro de fadas. As coisas que acontecem no nosso mundo já não são fantásticas o suficiente para você?
Agora que pensava nisso, Daphne não se lembrava de alguma vez ter visto Brooklyn treinando combate com um saco, ou sequer se o havia visto treinar no geral, mas não colocava as culpas nele, mas sim em si, normalmente estava quase sempre desligada do mundo ao seu redor quando ela mesmo treinava. "Não tem muito que me consiga surpreender, por isso não se preocupe." A loira disse com uma pequena careta, afinal, como instrutora de combate corpo a corpo, os semideuses iniciantes eram apenas terríveis, por isso sentia que já tinha visto de tudo. "Ele volta, mas tem apenas que tentar socar de volta." Dito assim parecia fácil, mas sabia como podia ser mais complicado do que dava a entender. "Alguma habilidade que descobriu conseguir fazer?" Perguntou curiosa, sem saber porque raios o filho de Dionísio não desembuchava logo o que era. "Você tenta ser mais rápido que ele." Apontou simplesmente, dando mais um passo atrás para que Brooklyn tentasse.
⭑🍇ʿ uma risada escapou do semideus que entrou mais na arena já balançando a cabeça em negação. “ ━━━ na verdade, acho que você vai ficar surpresa com minha incapacidade." disse e nem era uma brincadeira, apesar de soar como. brooklyn era péssimo na parte do combate, fracassava de maneira esplêndida nisso. “ ━━━ provavelmente esse saco vai voltar na minha cara no meu segundo soco." e estava sendo otimista em arriscar o segundo porque facilmente poderia ser no primeiro. iria parecer ridículo na frente da filha de ares, mas se conseguisse arrancar um sorriso dela já iria valer a pena. “ ━━━ hm, sim. descobri um dia desses uma coisa, nunca tinha tentado fazer então não sei se é algo novo ou só... nunca percebi." comentou enquanto tirava os sapatos porque gostava de ter os pés descalços em contato com o chão ao treinar ali, tudo por causa da dança, mas acabou pegado esse hábito. “ ━━━ então... como eu bato nisso sem ele bater em mim de volta?"
FLASHBACK
Se ela estava tentando se distrair da dor de forma a que não fosse a única coisa em que conseguisse pensar, a menção do filme da Disney tinha sido o truque perfeito. Olhando para o mais velho, Daphne semicerrou os olhos, mas não de maneira intimidante nem nada do gênero, apenas estava confusa. "Nunca assisti esse filme." Murmurou, talvez estar toda a infância no acampamento tivesse afetado um pouquinho, afinal, não era muito conhecedora de filmes infantis, talvez se lembrasse de assistir um ou dois, e a Bela e a Fera não era um desses. "Ok... Ok, loja de poções então." Falou assentindo com a cabeça, talvez tivessem alguma pomada que a loira pudesse aplicar no dedo apenas para aliviar na dor. "Algo divertido será voltar para o acampamento." Murmurou com uma expressão de dor enquanto caminhava ao lado do mais alto.
Se compadeceu, em especial porque não sabia como funcionavam ferimentos feitos por plantas carnívoras, o que, para ele, era a criação mais cartunesca que alcançaria em sua realidade. Em um nível racional, porém, imaginava que não seria tão grave assim, já que estavam jurados pelo Rio Estige. Mesmo assim, isso não a salvava da dor, e, se tratando de plantas, era mais propenso a inflamação. ❛ Foi assim que a Princesa Belle acabou presa com a Fera no filme da disney, sabia? ━━━━━ Comentou, e deixou escapar um riso nervoso, pela preocupação. ❛ Podemos ir na loja de poções, pra ver se tem alguma coisa pra curar o seu dedo, ou pelo menos aliviar a dor. Você é mulher, não acho que vai sair envenenada de lá. ━━━━━ E já começava a seguir na direção proposta. ❛ Depois, te deixo escolher algo divertido de verdade. Enfermos tem prioridade de escolha.
"Compreendo perfeitamente, a minha sorte é que já tinha esta ideia faz tempo." Apontou com uma careta, e só se lembrava porque realmente era a única coisa que desejava acrescentar a um dos braços neste momento, se não, iria ter o mesmo problema que a amiga. "Já sabe? Ótimo! E o que é?" Questionou curiosa antes de cair no riso ao ter Yasemin voltando atrás e afinal sem ter certezas novamente. Parou no caminho, como que se parando de andar a ajudasse a pensar melhor. "Hm... Relacionado com o mar e com a música. Realmente essa é difícil, se eu fosse tatuadora acho que não iria ter imaginação para os pedidos." Murmurou, olhando para a barraquinha e depois para a semideusa. "Pode sempre fazer uma sereia tocando um instrumento!" Não sabia se a ideia era demasiado rebuscada para a filha de Deimos, mas não podia dizer que era uma péssima ideia.
❝ ― Sempre que chega o momento e a oportunidade de fazer algo, parece que dá um branco terrível! ❞ — Chegou a brincar porque tinha ideias sim do que fazer, mas não iriam fazer todas de uma vez. Mesmo que a dor fosse algo que quisesse sentir. ❝ ― O machado é uma boa ideia! Talvez eu eternize o meu também, mas... Acho que já sei o que quero. ❞ — Por um momento Yasemin encarou a tatuagem já feita em seu antebraço, que carregava tantos significados. Pensou a respeito da que faria naquele momento. ❝ ― Ok, talvez eu esteja na dúvida! ❞ — Confessou, encarando a barraquinha já ao fundo. ❝ ― Quero fazer algo em relação ao mar por conta da benção que Poseidon me deu, mas também quero algo relacionado a música. ❞
Estava agachada com a arma em riste, esperando mais algum semideus do time branco passasse ali sem reparar nela. Tinha funcionado nas últimas duas vezes, como era pequena, era fácil se esconder ali e apanhar os membros do time oposto e rapidamente disparar contra eles. Ao ouvir seu nome, rapidamente se virou para olhar para a amiga, fazendo sinal com a mão para ela se aproximar. "Acho que deixaram de passar por aqui." Murmurou, tinha deixado de ouvir passos depois do último semideus que tinha eliminado. Ao ouvir as sugestões de Natalia, repensou em qual seria a melhor estratégia, se ficassem ali muito mais tempo, os outros iriam saber. "Temos que nos mover, já eliminei dois ficando aqui, eles vão começar a reparar. Sabe para que lado eles foram?" Embora não se importasse de ficar ali mais um pouco, já não deveriam restar muitos elementos do time branco, por isso mais valia elas começarem a se mover atrás deles.
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໋ "Daphne!" sussurrou Natalia após um assobio para chamar a atenção da filha de Ares. Ela havia acabado de eliminar seu primeiro semideus na rodada e agora estava tomada por uma dose bem-vinda de adrenalina. Ao se aproximar da amiga, a filha de Hécate se colocou em postura agachada enquanto olhava ao redor, mesmo que a escuridão e as luzes incandescentes dificultassem a visualização. "No primeiro ruído, atacamos," sussurrou, controlando a própria respiração. Natalia poderia ser ruim nos outros jogos, mas ali, ela sentia uma necessidade intensa de vencer. Se dependesse dela e de seu ego competitivo, o jogo terminaria apenas quando o time rosa, para o qual ela estava jogando, saísse campeão. "Acha que devemos ficar aqui ou nos mover? Atacar de surpresa?"
O entusiasmo de Brooklyn fez com que um sorriso se abrisse nos lábios da loira. Era idiota estar preocupada com aquilo apenas por causa do nome, era uma cabine de fotos, e apenas isso importava na verdade. No entanto, o sorriso que se abrira virou uma expressão vazia ao ouvi-lo falar que iria necessitar de um banquinho, a fazendo cruzar os braços sobre o peito. "Espero que o banquinho seja para você se sentar porque está demasiado cansado!" Apontou, os olhos revirando ao ter o semideus colocando a mão sobre sua cabeça, como que para zoar dela ainda mais. "Você vai se arrepender disso um dia." Avisou com um sorriso e lhe piscando o olho. Pelo menos tinha ajudado a amenizar o ambiente, isso Daphne não podia negar. Entrando, a loira olhou pelo vários acessórios, tentando escolher um para usar também. "Acho que esse combina com você na perfeição." Riu bainho, pegando no que tinha uma auréola de anjo e colocando também. "Assim, bem indicado para nós!"
⭑🍇ʿ brooklyn nem hesitou em assentir porque sim, queria recordações. aquele dia estava sendo muito bom e embora tivesse suas ressalvas por causa do luto recente, o semideus estava se divertindo. sem contar que não havia nada mais legal e interessante do que passar um tempo com daphne, fazia um tempo que não se sentia confortável com alguém como se sentia com ela então queria sempre prolongar isso. dessa vez, porém, não parecia que a coisa estava tão confortável assim. não com a loirinha parecendo pensar três vezes antes de concordar que podiam entrar. para tranquiliza-la, abriu um sorriso, movendo-se para ficar na frente dela. a diferença de altura era gritante o que lhe fazia sorrir mais. “ ━━━ sim, vamos tirar muitas fotos pra guardar lembrança de hoje. tomara que tenha um banquinho lá ou vou ficar com minhas costas doendo pra nos enquadrar na foto." não pôde deixar de brincar, levando a destra para o topo da cabeça dela para ressaltar a altura. o sorriso divertido acabou continuando nos lábios quando começou a andar na direção da cabine. “ ━━━ e acho que vai ser divertido, tem acessórios!" anunciou assim que entrou e viu a quantidade de coisas que poderiam usar. “ ━━━ vai ser muito bom, tem chifrinhos." ja foi logo pegando para colocar na própria cabeça a tiara vermelha com chifres. “ ━━━ agora eu vou ter que ser o diabinho e você o anjinho, ou dois diabinhos?"
𝐬𝐭𝐚𝐫𝐭𝐞𝐫 𝐜𝐚𝐥𝐥
escolha uma frase daqui, aqui ou deste post para um starter relacionado (6/10)
𝐦𝐮𝐬𝐢𝐜𝐚𝐥 𝐩𝐫𝐨𝐦𝐩𝐭 𝐬𝐭𝐚𝐫𝐭𝐞𝐫 𝐜𝐚𝐥𝐥
[ one 🔥 ] além de raiva, uma das coisas que Daphne mais sentiu nesses últimos tempos é frustração. primeiro porque não conseguiu sequer desvendar quem era o traidor, e muito menos supor que eram três, depois porque se sentiu inútil como patrulheira durante o fechamento da fenda, não tendo conseguido matar os 'montros' e por fim, por ter tido o irmão e o amigo caindo na mesma. com tudo isto, treinar tem mais uma vez sido a forma que Daphne tem de descarregar sua raiva e MUSE tem sido seu parceiro nesses dias. inspo song (0/1)
[ two 💢 ] não é a primeira nem a segunda vez que Daphne quebra o nariz, estava treinando com um campista bem maior que ela quando levou com o cotovelo dele bem na cara. por ela, continuava treinando, mas IAN preocupado, quase a arrasta até à enfermaria. inspo song (1/1)
[ three 💕 ] além dos treinos, algo que a ajuda a relaxar são seus livros. normalmente apenas lê romances, e no chalé sempre os esconde de todo o mundo, porém, MARK a encontra lendo sentada nos degraus do coreto de afrodite e não perde a oportunidade de a perturbar sobre isso. inspo song (1/1)
[ four 💤 ] desde a névoa e da visão que teve antes da ida para a ilha de circe que Daphne tem acordado sobressaltada a meio da noite. normalmente tenta apenas voltar a adormecer, mas dessa vez foi impossível, decidindo apanhar um pouco de ar, saiu do chalé e se sentou nas escadas em frente ao mesmo. e, pelos vistos não era a única não conseguindo dormir já que RAYNAR passava por ali àquela hora e decidiu lhe fazer companhia. inspo song (1/1)
[ five 🚬 ] não tinha por hábito fumar, na verdade os cigarros que tinha estavam guardados desde sua última missão, e os havia guardado para quando precisava de clarear a cabeça, e agora parecia o momento certo para os pegar. EVELYN encontra Daphne deitada na areia da praia com música tocando perto de ti e fumando seu cigarro, os dois acabam por o partilhar e ficar conversando sobre o que os assusta sobre o futuro do acampamento. inspo song (1/1)
"Acho que não há sessão de terapia que nos salve." Murmurou com o olhar distante ainda sobre a estante com as armas. Não queria terapia nenhuma, naquele momento, tudo o que a loira queria era encontrar quem quer que fosse aquele traidor entre eles e matá-lo com as próprias mãos, sequer se dar ao luxo de usar uma arma para o fazer, apenas isso iria satisfazê-la, e curar o que quer que fosse que estivesse sentindo. Ao sentir o joelho alheio contra sua perna, erguer os olhos para o mais alto, tomando atenção no que ele dizia sobre a recaída. "Mas porque foi beber isso tudo?" Perguntou, embora não fosse ninguém para julgar, para quem não está habituada a beber mais que dois copos, Daphne passou essa marca, sentindo os efeitos do álcool como não era nada comum para si. Não tinha sido o suficiente para a deixar incapaz de lutar, mas para a deixar um pouco mais lentificada sim. "Também não havia muito que pudéssemos fazer." Lutar contra aqueles ursinhos de pelúcia era quase inútil, pelo menos nisso não tinha como ajudar muito. Ao ouvi-lo dizer esquisitão, o olhar de Daphne endureceu sobre o mais velho a fazendo levantar da poltrona. "Esse tal de esquisitão era meu amigo, Aidan. Posso não ter muitos, mas acredite que ele era dos melhores, e fez mais por mim que a grande maioria dos idiotas neste acampamento! Por isso não quero ouvir uma palavra má sobre ele saindo de sua boca." Falou entre dentes, o indicador apontando para o irmão, a raiva sendo palpável nela.
Se aproximou da irmã com uma feição esquisita. Um cansaço emocional desenhado em seu semblante, um misto de todas as emoções que havia presenciado horas antes. "Eu não estou nada bem. Nada. Eu fiz tudo que não deveria, passei por todos os infernos disponíveis nesse lugar." Capturou uma das armas da estante com as mãos e usou a lâmina prateada como espelho, vendo os ferimentos e tocando a pele ferida. "Vamos fazer uma sessão de terapia em grupo?" Sugeriu desviando rapidamente os olhos para a direção da loira mais baixa, usando o joelho para cutucar a perna dela, numa tentativa sutil de incentivo. "Eu... tive uma recaída feia." Iniciou em um murmúrio quase inaudível. "Joguei oito meses de sobriedade no lixo, tudo por medo." A sinceridade casual que traçava com Daphne, sem usar de qualquer disfarce. "Bebi o suficiente pra não conseguir arrancar um ursinho de pelúcia demoníaco da minha cara. Sem amigos, sem paixão e sem honra. Posso me mandar para o Cassino de Lótus para esperar a próxima geração de campistas?" Listava seus problemas contabilizando-os nos dedos. "Sem falar na morte do esquisitão. Foi um final de festa assustador, um clima terrível no acampamento como se todos estivessem com indigestão, um osso cruzado na garganta. Igual a sua cara nesse exato momento."
"Irei lembrar sempre, não se preocupe." A loira murmurou, o olhar se voltando do mais velho para a vista à sua frente. "Não estou iludida, só acho que há castigos e vinganças melhores que essa." Claro, também já tinha tido a vontade de matar alguém, especialmente nos últimos tempos mais recentes, mas sabia que não era a forma certa de fazer as coisas. No entanto, não queria falar mais sobre isso, não valia a pena, e com certeza não mudaria nada do que havia acontecido, por isso, agradecia mentalmente pela rápida mudança de assunto. "Tem que ser um dos filhos dela, não vejo outra opção. E sinceramente, não sei se esses treinos com Circe não irá apenas ajudar esse verdadeiro traidor a ser mais forte."
Não, ele não buscava fazer amizades com os filhos de Ares e muito menos pedir perdão pelo o que fez. Ainda mais para os teimosos que, sem saber de toda a história, abraçaram um lado apenas porque o irmão de um deles ali estava. Aquela pose de vítima deixada por Chris era irritante, mal sabiam a sua verdadeira personalidade. De qualquer modo, independente se estava na ilha ou não, seu foco atualmente não era aquela prole. Na verdade, nunca foi, as provocações eram apenas um divertimento à parte. — Não precisa esquecer, até prefiro que lembre. — Comentou no mesmo instante em que debruçava sobre a sacada um pouco mais distante da mulher. — Só acho engraçado o quanto você se ilude com o ocorrido, assim como você eu também jurei que o conhecia, mas águas passadas. Cada um colhe o que planta. — Deu de ombros, ele mesmo já havia colhido demais. — Alguma suspeita sobre o verdadeiro fantoche de Hécate?
𝐃𝐚𝐩𝐡𝐧𝐞 𝐆𝐫𝐚𝐜𝐞𝐰𝐨𝐨𝐝Daughter of 𝕬𝖗𝖊𝖘; cabin counsellor born from 𝒘𝒓𝒂𝒕𝒉 𝒂𝒏𝒅 𝒓𝒂𝒈𝒆
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